sábado, 13 de dezembro de 2008

A propósito das últimas faltas dos deputados à sexta-feira, Almeida Santos, presidente do PS, apareceu ontem e hoje nos telejornais da RTP - televisão pública - a defender os deputados dizendo que à sexta-feira é penoso estar na Assembleia da República a efectuar votações. Isto é uma afronta a todos os portugueses que trabalham à sexta-feira até porque é um dia útil de trabalho.
Além disso, referiu ainda que muitos deputados não eram de Lisboa e, por isso, teriam que se deslocar, mais uma afronta, porque um número relevante de trabalhadores portugueses tem de emigrar para encontrar um posto de trabalh9 logo não vão todos os fins-de-semana a casa, outros sendo do norte trabalham no sul e vice-versa, muitos do Continente trabalham nas ilhas, portanto não podem, até por razões económicas ir todos os fins-de-semana a casa.
Porém, a maior afronta foi quando ele disse que os deputados ganhavam pouco (3700,00€) logo tinham justificação para trabalharem noutras actividades. Então e os trabalhadores que ganham quinhentos ou mil euros e que estão pura e simplesmente impedidos de exercerem outras actividades? Este senhor veio defender uma corporação, a dos deputados que muitas vezes já não nos representam como deviam, sobretudo alguns deputados dos dois maiores partidos que faltam e votam decretos que lesam aqueles que os elegeram.
Esse senhor fala assim, mas esquece-se que é presidente de um partido que desde o vinte e cinco de Abril fez os maiores atentados à democracia e aos direitos dos trabalhadores. Basta ver o código de trabalho, a lei das carreiras, vínculos e remunerações na função pública, o estatuto da carreira docente. Além disso, tem sido o governo mais neoliberal e mais insensível que temos tido desde sempre, pois até aumentou impostos às pessoas com deficiência, negando-lhe ajudas técnicas e uma integraçãon profissional mais favorável.
Talvez esse senhor julgue que ainda estamos no tempo anterior a mil novecentos e setenta e quatro em que só meia-dúzia podia, mandava e detinha os privilégios, enquanto o povo era oprimido.
Lamento que os órgãos de comunicação social, sobretudo os do Estado, dêem permanentemente carta branca a essas pessoas que julgam que podem falar e escrever sobre tudo e sobre nada.
é

domingo, 7 de dezembro de 2008

professores

A guerra entre o Ministério e os sindicatos parece que continua, quando irá terminar? Será difícil até porque tuda esta intransigência do Ministério da Educação tem como base não apenas o PS, mas a pressão de forças ocultas de natureza económica, os grandes grupos económicos e determinadas organizações de grandes empreários como o compromisso Portugal, que governam Portugal e que pretendem obter do Estado privilégios especiais, nomeadamente a descida de impostos para eles, ora para isso, o Estado terá que baixar a despesa, porque a carga fiscal já é muito elevada.
A classe profissional dentro da função pública com maior peso são os professores, logo de duas uma ou privatizam-se as escolas ou reduz-se drasticamente o número de docentes e o seu salário, por isso, arranjou-se um Estatuto da Carreira Docente que ridiculariza, pune, reprime e infantiliza os docentes e um sistema de avaliação que visa impedir que a maioria suba de escalão e obrigue alguns a deixar a carreira.
Quanto ao PS pode beneficiar, pois poderá eventulamente receber apoio de grandes grupos económicos, talvez parte da população apoie estas medidas antiprofessor que levarão a médio prazo ao colapso da escola pública. Além disso, esta geração "Magalhães" e "e-escolas" possa no futuro alistar-se no PS.
No entanto existe um contra, o PS é o único partido socialista europeu que não assenta na luta sindical, preferindo aliar-se às grandes confederações sindicais, o que ainda lhes poderá causar a curto e/ou médio prazo uma grande surpresa que lhes trará enormes dores de cabeça talvez acompanhados por lágrimas de corcodilo.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

As goleadas do Benfica e do Sporting na semana passada nas competições europeias e a recente derrota estrondosa da selecção no Brasil, a escassez de medalhas nos jogos Olímpicos e para-olímpicos vieram demonstrar a decadência e as fragilidades de Portugal agora também no campo desportivo.
Desde dois mil e um que temos uma grave crise económica que se irá agudizar agora em dois mil e nove devido à forte crise internacional.
Estamos a ser governados por políticos muito fracos que têm uma visão tão reduzida em relação ao presente e ao futuro como aquela que podemos ter num dia de nevoeiro em cima da ponte sobre o Tejo. Estes políticos que nos governam limitam-se a apoiar bancos, banquitos e banqueiros, a diabolizar e sobrecarregar os professores da escola pública, a acentuar as desigualdades sociais, a implementar leis laboras na função pública e no privado através do Código de Trabalho, etc. A fome e a pobreza estão a aumentar em todo o país, nas cidades grandes e de média dimensão é ver os sem-abrigo que dormem junto às lojas e nas arcadas disponíveis, o banco alimentar contra à fome apoiava duzentos mil, mas esse número subiu para duzentos e quarenta e cinco mil e já apareceram mais treze mil, felizmente que os portugueses são generosos e contribuíram este fim-de-semana para dar a essas pessoas um prato de comida quente. Entretanto o pessimismo, a descrença e a decadência vai-se instalando e Portugal vai-se tornando cada vez mais um país atrasado e subdesenvolvido. Para já vale-nos o Natal que se aproxima.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Negócio

Já exerci muitas coisas na vida, entre as quais a de gerir alguns negócios pessoais. Entre 2001 e 2004 fui proprietário de uma pequena papelaria, mas como não era um negócio viável, devido à concorrência das grandes superfícies e à quebra do poder de compra dos portugueses, decidi encerrar.
No entanto, desde 1999 que tenho um pequeno negócio de venda multinível que é a venda directa a pessoas sem ser pela Internet ou em loja, isto é, eu mostro os produtos reais ou em catálogo e as pessoas, se quiserem compram.
Que produtos vendo? São cosméticos para limpar, tonificar e hidratar a pele, máscaras e exfoliantes, produtos que estimulam e protegem a pele, uma colecção de bem-estar - SPA -, produtos antirugas e antienvelhecimento, cosméticos de cor (bases, batons, verniz e outros produtos para embelezamento do rosto e olhos.
Shampoo e condicionadores, escovas para o cabelo, secadores. perfumes para homem e senhora, cosméticos para homem, artigos de higiene pessoal - géis de banho, loções corporais, sabonetes, desodorizantes -, artigos de higiene oral, artigos de bem-estar (vitaminas, minerais e outros suplementos alimentares), tren de cozinha, filtro de água e detergente de limpeza para a cozinha, o pavimento, o automóvel, casa de banho, roupa e loiça.
Todos eels são produtos de reconhecida qualidade, são bio degradáveis logo não agridem o ambiente, altamente concentrados pelo que duram mais tempo. O seu preço é competitivo, é verdade que é superior aos da sua concorrência aí dos suppermercados, porém as suas qualidades e a sua durabilidade são bem superiores.
É um negócio que surgiu há quase cinquenta anos, sendo efectuado na generalidade dos países desenvlovidos do mundo. Com este negócio as pessoas podem ganhar as margens de comercialização dos produtos que vendem, adquirir os produtos mais baratos em cerca de trinta por cento, obter bónus de desempenho pelas compras feitas à empresa e construindo redes de negócio, "metendo" nele novas pessoas.
O bónus de desempenho dependem do que adquirir à empresa para vender ou consumir e das compras que as pessoas que "meter" no negócio possam adquirir à empresa.
É um negócio que vale a pena, nem exige muito trabalho, exigindo no entanto algum para poder progredir, não tem que deixar o emprego ou o negócio que já tem, podendo assim acumular. Vale a pena, até porque nos dias de hoje muitos negócios tradicionais estão em crise e infelizmente o emprego já não dá as garantias que dava até às uns anos atrás devido às actuais políticas económica.

domingo, 9 de novembro de 2008

Ministra

Após a manifestação dos mais de cem mil professores - cento e vinte mil segundo os sindicatos - a ministra da educação diz que não vai ceder. A sua teimosia vai sair muito cara ao país e no futuro até os pais se háo-de revoltar.
Não vale a pena a sua substituição se for para lá alguém pior e que mantenha as mesmas políticas.
Ela está refém: refém de quem, do primeiro-ministro que tem nesta avaliação dos professores a par do Tratado de Lisboa uma dos seus objectivos a cumprir para poder garantir a sua "carreira política; ela está refém de economistas, banqueiros e algumas organizações empresariais que pretendem este modelo de avaliação para que assim poucos subam e muitos até sejam forçados a ter de abandonar a carreira dado que desta forma o Estado poderia reduzir a despesa com a educação, possibilitando assim a descida de impostos sobre os lucros e o IRS nos escalões mais altos, ainda me lembro de um prós e contras na RTP em Junho 2005 em que um ex-gerente do Montepio disse que os professores deveriam trabalhar mais um bocado, metado devia ser retirada e reciclada e deveriam ser avaliados por objectivos, o que também já tinha sido defendido por outros gestores; finalmente a ministra está refém de organizações internacionais - OCDE e UE entre outras -verdadeiras forças ocultas não eleitas pelo povo português que pressionam o nosso Estado a adoptar determinadas medidas no sentido de reduzir os custos com os docentes e aumentar a escolarização dos portugueses.
No fundo o que fica importa agora para o governo e seus adjuvantes é a+somente formar uma grande quantidade de mão- de-obra em pouco tempo e sem grande espírito crítico. Como dizia o primeiro-ministro numa entrevista, os actuais alunos irão falar inglês e manobrar melhor as novas tecnologias, pelo que deduzo que o resto é acessório. Por isso, no futuro talvez Portugal só precise de professores de Informática e de Inglês já que nem a Matemática, Biologia, Físico-química, etc. interessa e muito menos a nossa língua o Português.
Por último gostaria de perguntar: Será que são portugueses que nos estão a governar? Serão serres humanos?

sábado, 8 de novembro de 2008

Obama

Será que a vitória de Barack Obama irá mudar o mundo? Muitos esperam que sim ou até acreditam piamente, no entanto eu não estou assim tão ciente que a vitória dos democratas nos EUA traga ao mundo assim tanta mudança na medida em que a indústria militar e grande parte do mundo financeiro se concentram na América do Norte e pressionam qualquer governo dos EUA e não só a governar segundo um determinado modelo.
As pessoas estavam tão cansadas de Bush e da sua administração que proporcionou terrorismo de Estado sobre povos estrangeiros (Iraque e Afeganistão) e sobre o povo americano, desinvestindo em áreas tão essenciais como a educação e a saúde que votaram em massa em Barack Obama.
Ainda assim julgo ser melhor ter uma administração democrata do que uma administração republicana nos EUA, pois esta última é sempre demasiado conservadora, incentiva as guerras e o neoliberalismo extremo agora posto em causa com a actual crise financeira.
Congratulo-me ainda por ter sido eleito um negro para a presidência, finalmente as pessoas estão a chegar à sã conclusão que os negros ou membros de outras minorias étnicas ou não são tão capazes como os brancos e perfeitos.

sábado, 1 de novembro de 2008

Escola

Chegou ao meu conhecimento via e-mail que a plataforma de sindicatos de professores e os movimentos independentes dos mesmos chegaram a acordo para uma magamanifestação em Lisboa no próximo dia 8 de Novembro.
O governo Português continua a insistir num modelo de avaliação com alguns critérios dúbios e subjectivos para além de ser uma avaliação muito burocrática.
Este modelo de avaliação decalcado do Estatuto da carreira Docente visa mais colocar os professores fora da carreira ou pelo menos impedir que eles progridam do que promover e melhorar as suas práticas pedagógicas,corrigindo o que na verdade possa não estar bem.
O Ministério não aprendeu nada com a última manifestação de cem mil docentes, não só continua com a avaliação e com o novo modelo de gestão das escolas como pretende que a avaliação conte para os concursos de mobilidade e recrutamento de docentes, já agora porque não obrigar os docentes a colocarem ao peito um cartaz com o resultado da sua avaliação.
Estes governantes e não só querem que os professores sejam acéfalos, que hajam maquinalmente, que sejam corpos ambulantes e estejam sempre trancados nas escolas ou em casa a trabalhar para ela, estando ainda encurralados na sua própria avaliação. Neste caso os únicos prejudicados são os alunos e um pouco os familiares dos professores e a saúde física e mental deles.
O que se pretende é que os docentes dos ensinos básico e secundário não possam de modo algum participar na sociedade (partidos políticos, associações, organizações cívicas ou de apoio social, etc.). Pretende-se que os docentes vivam isolados da sociedade, que não tenham tempo para ler um livro, ver um filme, ir a um teatro, visitar a família, conhecer outras regiões ou nações, etc.No entanto a restante sociedade pode condicionar a vida escolar.Isso não é mais que passar um atestado de minoridade, infantilidade e mediocridade aos docentes deste país.
Tenho recebido e-mails de raparigas que são professoras e que estão de baixa por não aguentarem mais estar na escola com este ambiente e sobrecarga de trabalho. Muitas pensam em não acabar os seus dias na escola. Assim poderemos continuar a assistir a uma enorme sangria de docentes das escolas públicas nos próximos anos. Acho bem que as pessoas abandonem o ensino, caso não se sintam bem e não se consigam adaptar até porque este modelo de avaliação, associado ao modelo de gestão escolar que aí bem, à pressão do governo e de outras pessoas, poderá a prazo dar cabo das pessoas.
As escolas portuguesas estão a ser remodeladas e apetrechadas de novas tecnologias, por isso, a médio prazo iremos ter escolas novas ou pelo menos com aspecto disso, quadros interactivos, salas com Internet e computadores portáteis, contudo não sei se iremos ter muitos docentes para trabalhar lá e se os tivermos poucos serão portugueses.
Uma das possibilidades de acabar ou pelo menos travar esta política será em Outubro de 2009, retirarmos do poder ou não darmos a maioria absoluta ao PS, pois José Sócrates já disse que era bom ter a maioria absoluta para que o interessa geral se sobrepusesse ao interesse das corporações e é claro uma destas é a classe docente. Temos que apostar em políticas alternativas, mas que defendam a escola pública e os restantes serviços públicos, dado que estas políticas, sobretudo, no que se referem aos docentes poderão colapsar a escola pública, o que é tão mau como a sua privatização, aliás o colapsar e a confusão na escola pública pode mesmo ser, no futuro, um pretexto para entregar totalmente ou parcialmente à iniciativa privada as escolas.
Uma coisa me parece óbvia, existe por parte do governo e dos seus seguidores uma tentativa de descredibilizar os docentes perante a opinião pública, crianddo mesmo as condições para a sua destruição enquanto profissionais e cidadãos. Corremos o risco de um dia os professores serem vistos como bandidos logo alvo de todos os ataques e de não terem qualquer direito.
Nos últimos anos, foi fácil ver as pessoas na rua, cafés, autocarros, etc. a criticar dos docentes e mesmo dos funcionários públicos em geral. O governo é que fez isto e como Portugal é um país onde a inveja e a mesquinhez ainda abundam, talvez pelo baixo nível cultural, é fácil verem-se estas coisas. Uma vez até fui ofendido por um psicólogo por causa dos professores, por isso, é normal o que se diz dos docentes um pouco por todo o lado.
Muitos poderão perguntar por que razão eu defendo tanto os professores, para já sou licenciado em Linguística, tenho a formação inicial no ramo de formação educacional - ensino da Língua Portuguesa - e já dei aulas.
No entanto, sou um dos muitos que no futuro poderei dizer não a essas escolas que se irão tornar um inferno para trabalhar com conflitualidade, arrogância do director e sem que tivesse um só minuto para continuar a escrever não só nos meus blogues, mas também livros, afinal não poderei abdicar do que gosto e quero uma vida inteira apenas porque sou professor.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Mamma Mia!
Mamma Mia é o título de um filme, actualmente nas salas de cinema portuguesas e que tem feito enorme sucesso não só em Portugal, mas por todo o mundo.
Para mim este filme valeu sobretudo pelo cenário e pela banda sonora, toda ela constituída por músicas dos suecos Abba.
Ainda hoje as músicas dos Abba gozam de enorme popularidade. Desde que este grupo ganhou o eurofestival 1974 para o seu país, a Suécia que este grupo se imortalizou. Os seus discos tiveram tanto êxito que na segunda metade dos anos setenta os discos desta banda contribuíram decisivamente para as exportações deste país.
Era uma música melodiosa e harmoniosa da qual todos gostavam, mesmo quem não sabia nada de inglês. As letras focavam conteúdos relacionados com a amizade, amor, alegria, etc. Velhos tempos que eu vivi ainda em criança. Nesse tempo ainda se podia ter alguma esperança no futuro. Na altura ainda se pensava nas pessoas enquanto seres humanos e na sua qualidade de vida e não apenas no trabalho sem contrapartidas,no dinheiro, no sucesso e na imagem como acontece actualmente.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Segurançअ Social

Nos últimos tempos têm-se falado que o fundo de estabilização financeira da segurança social perdeu, nos primeiros nove meses de 2008 3,14% do seu valor, 267 milhões de euros.
é caso para perguntar o que se está a fazer com o dinheiro que os trabalhadores e as entidades empregadoras estão a descontar para a segurança social.
Numa altura em que se tem estado a retirar benefícios sociais e a aumentar a segurança social com o argumento que é para salvar a segurança social da ruptura não prercebo por que motivo o governo investe nos mercados de acções, sabendo todos nós que estes são muito vulneráveis, sobretudo nos tempos que correm. Investir esse dinheiro sim, mas em poupanças mais seguras que não ponham em risco o dinheiro dos trabalhadores.
Mis uma vez o PS está a imitar o PSD, invistindo o dinheiro da segurança social na bolsa. Só que o PSD quer privatizar a segurança social, obrigando os trabalhadores a descontar trinta por cento para investir na bolsa. No entanto, para nós isso é normal, na medida em que o PSD possui uma filosofia neoliberal que está agora a cair por terra, é por isso, que os membros do PSD defendem a privatização de tudo, isto é, o desmantelamento do Estado social, ficando este apenas com a gestão das questões de soberania como a segurança, a defesa, a justiça e a diploacia.

domingo, 19 de outubro de 2008

As pessoas com deficiência em Portugal ainda têm algumas dificuldades de integração devido a barreiras arquitectónicas, à falta de ajudas técnicas em número suficiente para todos e à discriminação que muitos ainda sofrem no local de trabalho ou nas comunidades onde vivem, por vezes são rejeitados pelas pessoas da terra onde nasceram e pela própria família. Além disso têm despesas adicionais com a sua deficiência, devido ao elevado custo de cadeiras de rodas, canadianas, aparelhos auditivos, bengalas para cegos, óculos graduados, etc. etc. Por conseguinte. foi de mau tom o aumento do IRS para as pessoas com deficiência que o governo decretou a partir de 2006 e que ao contrário do que se diz nos órgãos de comunicação social não irá baixar em 2009, aconselho as pessoas a lerem o manifesto do movimento dos trabalhadores com deficiência que está algures na Internet e cujo nome do site não me recordo, pedindo por isso, as minhas desculpas.

sábado, 18 de outubro de 2008

Protesto

Na entrada anterior em que falei do casamento dos homossexuais, parece ter causado alguma polémica. Um senhor que se identificou por Paulo, poderia ser o Manuel, protestou dizendo que o casamento é um sacramento logo sagrado e abençoado por Deus.
Ora eu não falei do casamento de homossexuais enquanto sacramento religioso, apenas como um contrato.
Para que não pense que eu sou um ateu e revolucionário no sentido de fazer uma guerra, tenho a dizer que tive uma educação cristã e que continuo a acreditar em Deus. Até aos vinte e cinco anos ia à missa quase todos os domingos, cheguei a ser aspirante a padre e fui catequista. Afastei-me, porque vi muita hipocrisia à minha volta.
Pelo facto de eu ter uma deficiência visual, fui posto de lado em muitos lado, incluindo na igreja onde nem me deixaram ser escuteiro, ora uma pesoa doente ou deficiente nunca pode ser posta de lado, muito menos na igrja que diz ser de Deus..
às vezes ainda vou à igreja sozinho e em silêncio rezar e reflectir no real sentido da vida e foi por isso que eu também decidi começar a escrever livros e blogs. Aliás a minha escrita reflecte a minha religiosidade e o sentido da vida humana, além de ser uma reflexão sobre a injustiça que paira sobre o mundo. Apesar de eu dificilmente vir a ter mérito em Portugal, dado que a comunicação social só considera quem quer, acredito que a médio prazo, irei escrever coisas que irão chamar À atenção e talvez indignar muita gente.
O que eu não posso ver é cenas como a que vi recentemente numa cidade portuguesa em que um deficiente físico, provavelmente sem emprego e excluído da sociedade pedia junto da igreja, milhares de pessoas passaram, muitas das quais foram lá dentro bater com a mão no peito, porém aquele filho de Deus, nosso irmão foi visto com indiferença, exceptuando por três ou quatro pessoas que lhe deram esmola, como eu.
Na igreja aprendi que Deus ama todos os meus filhos, seja branco ou negro, mais velho ou mais novo, forte ou fraco, contudo muitos católicos são elitistas, julgando-se donos da verdade, lembre-se da parábola do farise e do publicano e de qual deles saiu justificado perante Deus.
Muitos políticos e gestores de bancos pertencem ao Ópus Dei, no entanto se olharmos para aquilo que fizeram nos seus cargos, vemos que se pautaram por uma grande dose de desumanidade, além disso, sao elitistas e só falam com os da elite e na comunicação social.
Politicamente sou independente, mas sou de esquerda, em tempos já fui do PSD porque eles diziam-se católicos, mas no poder defendem quem? Os ricos, os banqueiros e agora quando chegarem ao poder querem privatizar a segurança social e obrigar-nos a descontar trinta por cento para um fundo para aplicar na bolsa.E depois se as coisas correm mal, como é? De quem é a responsabilidade? Como é que ficam os descontos das pessoas? Mas a verdade é que o PSD, tal como os outros partidos de direita, é um partido de ricos e para ricos. Não sou contra aos ricos desde que estes enriqueçam à custa do trabalho e do investimento e nunca à sombra da fama, da exploraçao, da especulação, etc. Por exemplo, se eu enriquecesse devido a um livro que tinha escrito, bom seria à custa do meu trabalho, do meu esforço.
O que eu abomino é a injustiça, o privilegiar sempre os mesmos, o excluir os mais fracos, o racismo, a xenofobia, etc.
Tal como o fundador dos irmãos de Emaús, um padre Francês recentemente falecido, não é justo que alguns seres humanos vivam em manções de luxo, por vezes através da corrupção, da expeculação financeira, da exploração dos trabalharores, enquanto milhões de seres humanos vivem em barracas onde os ratos vêm roer os dedos dos bébés, isso não é justo, tal como não é tanta gente sem teto para dormir, tanta criança no mundo sem amor de pai nem mãe. Milhões de pessoas a vive rcom menos de um dólar por dia. A importância que se dá ao dinheiro em detrimento do ser humano e d restante natureza. Vinte e cinco mil pessoas que morrem de fome todos os dias em todo o mundo, etc. para já não falar do flagelo da droga, da violência, etc.
E agora pergungo a quem acredita em Deus: será que ele está contente com tudo isto? Não será que nós homens e mulheres que habitamos este planeta estamos a condenar-nos a nós próprios devido aos nossos egocentrismos e ganâncias. Secalhar todos nós temos que reflectir no que andamos cá a fazer neste mundo, incluindo aqueles que por pertencerem a uma religião (qualquer uma)se julgam serem os donos da verdade.Somos todos filhos de Deus e pertencemos todos à mãe terra.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Homossexuais

Recentemente discutiu-se na Assemblei9a da República o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Sou favorável, aliás outra coisa não seria de esperar de quem quer o progresso da humanidaden em todos os sentidos e recusa todas as formas de discriminação.
Moralmente ou eticamente podemos ser contra ou a favor, mas o Estado não pode impedir ninguém de usufruir dos seus direitos logo não pode obstaculizar os homossexuais dos seus direitos e deveres conjugais.
Impedir dois homens ou duas mulheres que vivem juntos dos seus direitos enquanto cônjuges poderia ser o mesmo quie impedir dois cegos de se casarem, dois ciganos, um branco e uma mulher negra, etc, etc.
Temos de deixar de ser conservadores e passar a ser mais humanistas e solidários, lamentável foi a atitude do PS, mas infelizmente desse partido que se intitula de esquerda, mas que usa o Estado para reprimir as pessoas ja se espera tudo.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Sub-prime

Sobre este assunto não tenho nada de especial para dizer, uma vez que muito se tem dito sobre a crise financeira mundial. Os únicos dois apsectos que conbém realçar são:
1 -andavam os assionistas e gestores dos bancos - verdadeiros pivilegiados - a dizer nas televisões que tinhamos de fazer sacrifícios, os funcionários públicos eram osiosos , muitos e o Estado deveria ser reduzido, isto é privatizar escolas, hospitais, segurança social, etc. que os professores deveriam trabalhar mais e ganhar menos, deveria liberalizar-se os despedimentos. Eles exigiam o Estado mínimo que não poderia intervir na economia, isto é, o neoliberalismo. No fundo deabolizavam o Estado.
2. os "miseráveis" dos gestores bancários que se meteram com ganâncias desmesuradas, vêm agora pedir ao seu inimigo - o Estado - que os ajude a salvar âs insittuições que que eles não souberam dirigir, daí serem uns miseráveis que pareciam saber tudo e ser detentores da razão absoluta.
O capitalismo não acabou, até porque ele se consegue regenerar e o Estado deu uma mãozinha, no entanto foi um duro golpe no neoliberalismo que para mim é o sistema político-económico mais duro e mais injusto que existe para o ser humano. Foi contra esse neoliberalismo que eu escrevi alguns contos que estão nos meus primeiro e terceiro livro que irá sair em Fevereiro ou Março.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Tributo aos Beatles é um grupo Britânico, constituído por quatro elementos. Esta banda toca apenas músicas da autoria dos Beatles.
As melodias dos Beatles além de possuírem uma sonoridade harmoniosa, têm como temáticas o amor, a alegria, o sol, etc. tudo ideais que já não existem e que raramente ouvimos falar e se ouvimos não é com o ideal e a convicção dos Beatles (anos sessenta).

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Professores

Numa altura em que se deu início a um novo ano lectivo, assistimos a uma propaganda desmesurada do governo português que diz ter melhorado o sucesso escolar, diminuído o abandono escolar, aumentado o número de alunos no ensino Secundário e diminuído o número de professores em muito devido ao aumento de alunos por turma.
Certo é que continuamos a ter professores em Portugal que estão a ser trocidados enquanto pessoas e profissionais. O governo português continua a promover essa política, basta ver o que disse o Sr. primeiro-ministro no dia um de Setembro, "as facilidades acabaram". Basta também ver o que disse o ministro do Trabalho a doze de Março na TSF quando respondia a uma professora que falava dos professores que iriam ser injustiçados com o novo Estatuto da Carreira Docente. "o governo está a trabalhar para o sucesso escolar, diminuir o abandono, promover a exceleência, isso é que importa".
Professores, este governo odeia-vos, tal como odeia escritores e outros intelectuais, pois neste capitalismo desenfreado não interessa pensar muito, interessa sim servir os senhores do poder e do grande capital.
Dedico a todos os docentes a música do último álbum de Madona "geven to me". Tal como dedico a minha novela "os doze rapazes" das edições Ecopy.
Transcrevo aqui parte da mensagem que escrevi no final de Abril sobre os professores.
Numa altura em que está prestes a ser lançado o meu segundo livro, que é uma novela sobre o ensino, gostaria de partilhar convosco algumas reflexões sobre a recente polémica da avaliação dos professores.

Ao contrário do que por vezes é dito para confundir a opinião pública, os docentes sempre foram avaliados, só que o sistema de avaliação era ineficaz, pois baseava-se somente na auto-avaliação dos docentes, na assiduidade e na frequência de acções de formação. Além disso é normal que os docentes sejam avaliados, na medida em que qualquer outro funcionário é avaliado pelo seu desempenho profissional. Eu também serei avaliado pelos meus leitores.
O receio dos docentes em relação ao modelo de avaliação inicialmente imposto pelo governo é o da avaliação de pares, pois existe sempre o receio de no futuro virem a ocorrer injustiças, ajustes de contas antigos, invejas, tráfico de influências, acções persecutórias, discriminação, etc. Desta forma muitos poderão nunca conseguir progredir na carreira ou mesmo ter de deixá-la, independentemente de terem ou não sido competentes.
Foi lamentável o que se passou nos últimos três anos em que os membros do Ministério da Educação e outros governantes criticaram tanto os docentes ao ponto de terem atingido a sua dignidade profissional e pessoal.
O Ministério da Educação tem demonstrado enorme insensibilidade perante os docentes, esquecendo que estes são pessoas e que têm uma vida para além da escola.
Foi lamentável o que fez o Ministério recentemente. Colocar em mobilidade especial os cerca de dois mil docentes que tinham dispensa da componente lectiva por motivos de doença ou os que tinham horário zero. Enquanto esses professores serviram para andar de escola em escola, de terra em terra com enormes sacrifícios pessoais e até profissionais, eram bons profissionais, agora que estão doentes, muitos deles por causas ligadas à profissão são colocados em mobilidade, correndo o risco de poderem vir a ser colocados noutro serviço longe de casa, o que pode agravar a sua doença ou irem para a rua, o que poderá significar no futuro novos pobres de mão estendida.
Se existem horários zero, então por que é que os puseram no quadro? Há uns anos atrás facilitava-se o ingresso na função pública por motivos eleitorais, agora para reduzir a despesa público vale tudo.
O Ministério impediu que professores com dispensa parcial ou total da componente lectiva pudessem ingressar na categoria de professor titular, o que felizmente se veio a declarar inconstitucional. É caso para dizer que muito gosta o governo de pegar com quem já tem problemas.
Os problemas do governo em relação aos docentes são três:
1. O ficarem muito dispendiosos ao Estado, pois são mais de cento e quarenta mil e auferem um vencimento médio que oscila entre os novecentos e os dois mil e poucos euros;
2. O insucesso escolar que envergonha Portugal na União Europeia e na OCDE, por isso, havia de arranjar culpados e o mais fácil era culpabilizar os docentes. O Problema do insucesso escolar e da iliteracia em Portugal é sobretudo cultural, as pessoas pensam que não é importante saber, ler, escrever, contar, ter formação e cultura, etc. Enquanto não houver uma educação que terá de vir desde casa e que vise a importância do conhecimento, da cultura, do trabalho e do esforço, de nada valerá o esforço e o mérito dos docentes porque os alunos se recusam a aprender.
Como a população ouviu a Ministra da educação, os Secretários-de-Estado, outros governantes e deputados a culparem os professores do fracasso do sistema de ensino, muitas pessoas acabaram por acreditar, pois se a Ministra e outros governantes o diziam é porque em princípio era verdade. Por isso, diz-se mal dos professor nos autocarros, no centro de saúde, no café, etc. qualquer dia o professor é considerado um bandido que só sorve dinheiro e não faz nada em prol dos alunos e da sociedade.
Se os professores não recebessem salário ou recebessem só cem ou duzentos euros, passassem todo o tempo na escola e todos os alunos transitassem de ano, os governantes nunca diriam o que disseram dos docentes visando denegrir a sua imagem junto da opinião pública.
3. Tratar mal os professores e os restantes funcionários públicos, quer por via legislativa, quer pela via do discurso político dá aos governos popularidade e atribui-lhes dividendos eleitorais, na medida em que muitos dirão que foram governos de coragem que mexeram nos privilégios dos professores e funcionários públicos.
Muitos professores portugueses são obrigados a deslocarem-se centenas de quilómetros para poderem exercer a sua profissão e terem um emprego, mas pelo menos estão em Portugal, no entanto são muitos os que se deslocam para locais difíceis onde, por vezes,as condições de vida são duras, algumas pessoas tratam mal esses docentes, estão sujeitos a doenças, as raparigas ficam velhas ao ponto de já não poderem ter filhos, são maltratados pelos chefes portugueses, etc. e tudo porque não encontram emprego em Portugal nem como professores nem em qualquer outro serviço público ou privado. Ao contrário do que se diz, são poucos os docentes que trabalham onde querem e que se podem intitular de privilegiados.
Este modelo de Estatuto da Carreira Docente (neste momento o pior da Europa)e por consequência da avaliação nela previsto foram decalcados de outros países, sobretudo da Inglaterra e dos EUA que causaram enorme instabilidade nas escolas e nos quadros docentes. Em Portugal isso não irá acontecer para já, uma vez que não existem outras saídas profissionais e porque existe a ideia generalizada segundo a qual um docente é um incompetente que só foi para professor porque não sabia fazer mais nada na vida. Porém a médio prazo irá haver falta de professores dado que os mais velhos vão saindo, outros serão expulsos e os mais jovens seguem outros caminhos, não indo para cursos que dão acesso à docência. No entanto, nessa altura os actuais inquilinos do Ministério já lá não estarão.
Em Portugal e em todos os sectores segue-se a política neoliberal Anglo-saxónica que se baseia apenas em critérios economicistas. O actual Estatuto dos Docentes surge nesta linha e só será revisto, por muito que se lute, quando houver falta de docentes em Portugal, dado que os dois principais partidos portugueses concordam no essencial com este Estatuto, na medida em que ele contribui para o desinvestimento na Educação.
Por fim será mau para o funcionamento das escolas o novo modelo de gestão que irá permitir o aumento da repressão, discriminação e o excesso de poder do todo-poderoso Director, o que contradiz as aprendizagens que a escola deve ter que é a do ensino de valores como os da democracia, cidadania, democracia, igualdade de oportunidades e tolerância.
A indisciplina e a violência na escola condicionam as aprendizagens e criam nos docentes e em outros funcionários da escola ainda mais dificuldades para poderem exercer o seu trabalho, para além destas contribuírem para o insucesso escolar, infelizmente só muito recentemente se começou a actuar nesta área, quando o problema já era antigo.
Saúdo o acordo entre a plataforma sindical e o Ministério, só lamento é que tivessem de ter vindo cem mil docentes para a rua manifestarem-se para que finalmente houvesse diálogo e cedência por parte do governo. Desta forma, acabou-se ou atenuou-se o mau-estar nas escolas pelo menos para já, o que só irá beneficiar os alunos. Não é tratando mal que fará com que as pessoas trabalhem mais e melhor. Não é pela via da repressão que se resolvem os problemas estruturais do país.
Diz-se mal dos docentes, porém o Estado e a sociedade precisam deles para trabalharem nas escolas públicas ou privadas.
Curiosamente só se criticam os professores do ensino público e os do ensino privado onde estão? Muitos são os mesmos e são todos formados nas mesmas Universidades e Politécnicos. Espero que isto não seja mais uma manobra política com vista a descredibilizar não só os docente como também a escola pública, para mais tarde se proceder à sua privatização com o argumento que a escola pública é má porque existem maus resultados e a escola privada é boa porque tem excelentes resultados.
Alguns gostariam que a escola pública acabasse, mas a escola pública não pode acabar. Ela faz parte do património nacional que é de nós todos e desempenha um serviço público. As escolas privadas não o desempenham, porque seleccionam os seus alunos e, por isso, conseguem melhores resultados nos exames nacionais. Além disso, não concordo com o financiamento das escolas privadas, concordo que se apoiem os alunos quando a escola pública, por qualquer motivo não lhes consiga dar resposta e o aluno tiver que frequentar uma escola particular. Além disso os pais (se tiverem dinheiro) podem sempre colocar os alunos numa escola particular.
Desde 2002 (sobretudo entre 2002 e 2005) que Portugal tem tido governos de índole neoliberal (teoria que defende o Estado mínimo e regulador e a supremacia do mercado que é encarado como algo supremo e, por isso, tudo resolve). Esta teoria nasceu nos Estados Unidos da América nos anos oitenta do século XX e deveu-se à crise petrolífera causada pelo choque petrolífero, uma consequência da guerra Irão-Iraque. No entanto, as bases do neoliberalismo têm por base o liberalismo dos séculos XVIII e XIX, ora se na altura causou enormes lutas e desigualdades sociais, tendo estado na base dos regimes onde imperou o socialismo de Estado e por oposição a este o fascismo e estando mesmo na origem de guerras no século XIX e início do século XX.
Em Portugal existem partidos políticos, todos de direita, porém estão a arrastar o PS, que defendem a privatização da escola pública, a passagem de recursos desta para a escola privada, a privatização dos hospitais e centros de saúde e a privatização parcial ou total da Segurança Social.
Sempre que um político ou partido falar e fizer políticas que apontam para a redução do peso do Estado na economia, redução da despesa pública, de privatizações, de redução dos funcionários públicos estamos na presença de um político ou partido neoliberal. que não tem preocupações sociais, pois se as tivesse nunca privatizaria serviços públicos essenciais, nem promoveria despedimentos ou a redução das prestações sociais. Uma coisa é a eficiência e o combate ao desperdício nos serviços públicos, outra é o destruir esses mesmos serviços e entregá-los a privados.
Então e nesse caso o que faz o Estado? O Estado neoliberal limita-se a cobrar os impostos que até poderão descer para as empresas maiores e para os mais abastados, com o pseudo-argumento que é para dinamizar a economia; o Estado diz-se regulador, contudo como diz não poder intervir no mercado não faz nada; temos um Estado mais pequeno, mas forte para manter a autoridade, mantendo a polícia para "bater" e a tropa para "matar", os ministros falam "à duro". São governos que criam leis cujo objectivo é defender as elites e proibir quase tudo à maioria; liberalizam-se os despedimentos nas empresas e no Estado; precariza-se ainda mais o emprego; reduz-se as despesas com as prestações sociais como o subsídio de desemprego, o rendimento de inserção, o subsídio de doença; o Estado desresponsabiliza-se do combate à pobreza, cuidados de saúde, educação, protecção ambiental, cultura, etc. que passaria a ser tudo feito por empresas privadas. O Estado apenas faria as leis e mantinha as funções de soberania (Polícia, forças armadas, justiça e negócios estrangeiros), eventualmente talvez fizesse alguma caridade aos marginalizados pela sociedade e pelo próprio Estado.
Depois seria ver o número de pobres e de excluídos duplicar ou triplicar; mulheres ou homens a morrer de cancro com imenso sofrimento porque não tinham dinheiro para se tratar; um grupo económico por sector que dominaria o mercado cilindrando a concorrência, logo aumentando os preços a seu belo prazer; haveria mais desigualdades sociais; a classe média desaparecia; haveria cada vez mais conflitos sociais, podendo mesmo haver manifestações de racismo; xenofobia; e discriminação.
No caso da educação o que poderíamos vir a assistir era a imensos meninos serem impedidos de frequentar a escola não só porque não tinham dinheiro, mas principalmente porque seriam excluídos por serem pobres, indisciplinados, negros ou deficientes, enquanto agora a escola pública aceita todos os alunos. Muitos professores poderiam ser impedidos de exercer pois as escolas privadas dificilmente os aceitariam porque eles tinham os olhos tortos, ou a cor da pele mais escura ou porque se fosse uma mulher e tivesse a sorte de engravidar seria logo despedida.
Muita gente iria deixar de ter protecção social com a privatização da segurança social que agora é do povo. A Segurança Social, a saúde e a educação passariam a fazer parte da especulação em bolsa, por isso, apenas o lucro interessaria.
Eu discordo dessa política, na medida em que ela é contra à natureza humana, concentra a riqueza em meia-dúzia e marginaliza e asfixia financeiramente e psicologicamente a maioria da população.
O neoliberalismo é uma ditadura económica em que o Estado e meia dúzia de empresas dominam tudo e todos, sendo por isso tão mau como uma ditadura política.
Esses políticos que defendem o neoliberalismo pretendem é pôr em Portugal uma ditadura económica em que o Estado seria o principal opressor e estaria sempre ao lado dos mais fortes que são uma ínfima minoria.
O nosso país não aguentaria uma política neoliberal, uma vez que o país é pequeno , a economia é muito débil, a maioria das pessoas têm pouca formação e preparação para viverem num tipo de sociedade assim; a corrupção aumentaria;a maioria da população e das empresas dependem do Estado e os problemas sociais abundam. Seria uma catástrofe social e económica, seria o regresso ao século XIX ou mesmo à Idade Média.
Temos de estar atentos aos discursos dos políticos, pois eles prometem e não cumprem; cuidado com os discursos que auguram facilidades como descida de impostos e mais emprego,pois roçam a demagogia e o populismo e apenas têm interesses eleitorais;temos de ter em atenção os programas eleitorais dos partidos todos; temos de estar atentos, uma vez que, dois partidos políticos PS e PSD com ou sem o CDS pretendem tomar conta do Estado e daí determinar a nossa vida. O Estado não é do PS nem do PSD, nem das elites políticas que lá estão, também não é de qualquer outro partido, não é dos empresários nem dos trabalhadores; o Estado somos nós todos cidadãos contribuintes.
O que os políticos não podem é mentir nas campanhas eleitorais apenas para obterem votos. Devem dizer a verdade, sempre a verdade ao povo. Se o PSD quer desmantelar (destruir) o Estado social com o argumento que é para reduzir o peso do Estado na economia, então que diga isso aos portugueses. Se o PS quer continuar a retirar direitos e a reprimir os funcionários públicos, sobretudo os professores, então que diga isso aos portugueses. Assim o voto é livre e ninguém se pode queixar do governo, a não ser quem nele não votou.
Respeito todos os partidos enquanto instituições, logo não tenho nada contra ao PS, ou ao PSD, aliás reconheço que esses partidos têm feito um bom trabalho nas autarquias, também reconheço que nesses e nos restantes partidos existem pessoas capazes, cultas e sérias,porém sou contra é às orientações neoliberais que eles (sobretudo o PSD) praticam quando estão no governo, depois desculpam-se com a União Europeia, a globalização, a economia de mercado, mas o que esquecem é as pessoas porque são essas é que sofrem.
O Estado desempenha uma função social, é claro que instituições como a igreja católica, outras igrejas, IPSS, ONG.s, também podem colaborar e sei que colaboram no apoio aos mais desfavorecidos. É claro que as empresas se devem preocupar com o ambiente, com os direitos dos seus funcionários, etc, mas a principal função social compete ao Estado, é para isso que pagamos impostos.
É verdade que as empresas é que criam a riqueza, mas não compete a elas distribuí-la. Elas apenas têm de cumprir as suas obrigações legais, fiscais, para com os funcionários e meio ambiente.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

As estatísticas na educação

O novo ano escolar está a começar e temos assistido a um ilimitado número de estatísticas que nos dizem que o insucesso escolar reduziu muito no passado ano lectivo.
Muitas pessoas e organizações vieram logo dizer que os exames foram mais fáceis, a burocracia que é reprovar um aluno e a pressão que alguns conselhos executivos fazem sobre os professores no sentido de passarem os alunos contribuirão para esta aparente melhoria. Sem querer dar razão a uma das partes, apenas gostaria de perguntar: será que o insucesso escolar é uma problemática que se consegue inverter assim tão rapidamente? Sempre pensei que seria uma questão de tempo, pois o insucesso escolar tem a ver com a sobrecarga horária dos alunos, com factores culturais, etc, por isso, não são as medidas do governo ou a pressão dos conselhos executivos que por si só fazem melhorar as aprendizagens. No entanto, o insucesso escolar irá continuar a diminuir dado que um dos itens da avaliação dos professores é o sucesso escolar dos seus alunos, logo qualquer docente irá atribuir aos seus alunos boas notas, quer eles saibam, quer não saibam, uma vez que o docente pensa é na sua carreira e na manutenção do seu posto de trabalho e não na qualidade daquilo que faz.

एस्तातिस्तिकास

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Setembro

Após o Verão e as férias, eis que voltámos à totina quotidiana do trabalho. Mais um ano de trabalho9 que se prevê muito duro, uma vez que as novas leis laborais quer na função pública, quer nas empresas com o novo código de trabalho irão piorar as condições de trabalho e da restante vida. alguns dirão na televisão que isso é inevita´vel, não é, para tudo na vida e na política existem soluções, alternativas e outros caminhos. Para aqueles que dizem que não pode ser diferente, apnes lhes digo, não lhes convém que as coisas mudem para melhorar a vida de quem trabalha.
Para todos um bom ano de trabalho, solidarizo-me ainda com todos os desempregados ou vítimas de trabalho preca´rio ou mal remunerado.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Blog

Além deste blog onde falo de assuntos pessoais e comento alguns assuntos da actualidade, incluindo a referência a alguns livros, possuo um outro - http://falandodalingua.blogspot.com. Esse blog apenas inclui mensagens sobre o funcionamento da língua portuguesa. É um bom instrumento de trabalho para as escolas e para os jovens poderem estudar a estrutura da língua portuguesa.
Para além desse blog tenho uma pequena página: www.osdozerapazes.page.vu onde falo dos meus dois livros já lançados no mercado e de um negócio que eu tenho, a venda de produtos de cosmética da empresa Vegas.
Dentro de alguns meses irei remodelar a página para incluir a referência ao meu terceiro livro, imagens e uma breve referência a um negócio que eu tenho com uma empresa internacional a AMWAY que vende por catálogo, detergentes, cosméticos, etc.
A minha intenção ao lançar estes blogs e sites é divulgar parte das minhas actividades literária e de negócios, visto que a Internet é a melhor maneira de o fazer dado que chega a cada vez mais pessoas e não tenho que andar a incomodar ninguém com os meus interesses em termos de negócios, de venda de livros da minha autoria ou e mesmo de manifestação das minhas opiniões relativamente ao mundo que nos rodeia. Cada um lê, pensa o que quiser e não tem que me dar conhecimento de nada. Afinal vivemos num mundo livre e que se diz democrático.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Temos assistido nos últimos meses a uma onda de violência e assaltos em Portugal.
Em qualquer sociedade e com qualquer regime político existem crimes. Sempre houve e sempre haverá actos criminosos.
Ao contrário do que se diz a violência não se resolve exclusivamente com policiamento, se assim fosse nos Estados Unidos não haveria crimes.
O facto de estarmos a passar por uma crise económica, financeira e social com muito desemprego, precariedade no emprego, baixos-salários, grupos de jovens sem qualquer controlo, endividamento de muitos cidadãos, leis agressivas sobre os trabalhadores, bairros sociais para onde se mandam todas as pessoas que necessitam de habitação social, etc. podem ser algumas das causas destes crimes. Por outro lado, a cultura consumista e o apelo ao consumismo, atraem sobretudo a juventude que vendo-se sem dinheiro pode fazer com que parte dos jovens enveredem por vias mais fáceis como as do roubo e da violência.
Finalmente, estamos numa fase em que não se dá valor a nada, isto é, com muita facilidade se dispara um tiro, mata-se uma pessoa que muitas vezes está a trabalhar, destrói-se um automóvel, etc. Estou de acordo com os inúmeros comentadores que dizem estarmos numa fase em que não se valoriza a vida humana, aliás até se despreza ao ponto de se matar com toda a facilidade.
Concordo que os praticantes e os mandantes destes crimes sejam castigados por aquilo que fizeram, no entanto, se não se combater as causas do crime, (por exemplo falta de ocupação)este tenderá a aumentar.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Livro

As ameaças do mundo actual é um livro escrito por três autores britânicos - Chris Abbott, Paul Rogers e John Sloboda - editado em Portugal pela editorial Presença. Não é um livro de ficção, fala de assuntos bem reais que são uma ameaça presente e que podem comprometer o futuro.

sábado, 2 de agosto de 2008

Sugestão

Estamos em pleno mês de Agosto, para muitos época de férias, pelo que muitas pessoas aproveitam para colocar a leitura em dia. Uma das minhas sugestões é: o bestseller mundial - Uma verdade inconveniente - livro da autoria de Al Gore (candidato às eleições presidenciais pelo partido Democrata nos EUA nas eleições de 2000.
Trata-se de um livro que nos alerta para as graves alterações climáticas provocadas pelo aquecimento global. O livro está editaDO em Português pela editora Gradiva.
Para quem ainda não leu o livro ou não viu o documentário (equivalente), sugiro a leitura e a consequente reflexão sobre o conteúdo lido, uma vez que se trata de um assunto muito sério, ao qual ninguém pode ficar indiferente. É o nosso futuro e o dos nossos descendentes que está em cuasa.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Cesário Verde

Um poeta lisboeta da segunda metade do século XIX (1855-1886). Na maioria dos seus poemas predomina o cenário urbano, mas há excepções como no pema - Verão - em que o poeta descreve e narra a vida no campo em tempos de Verão.
A sua poesia caracteriza-se por dar atenção ao pormenor espacial e temporal; ex: um barirro moderno e sentimento de um ocidental.
É uma poesia muito fresca, muito leve, colorida, podemos associá-la a um quadro pintado ou mesmo a um dia de Verão.
Nos seus poemas, a descrição é feita enquanto ele deambulava pela cidade; ex: sentimento de um ocidental, parecia que andava com uma câmara a fazer uma reportagem.
Foi pena que Cesário nãon tenha vivido mais tempo para que pudesse escrever mais. Quando faleceu, poucas pessoas o conheciam enquanto poeta dado que apenas tinha publicado alguns poemas no jornal, mas Cesário Verde foi o maior e o melhor poeta português do seu tempo.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Férias

Após um ano de trabalho árduo, eis que chegou um período de pausa. Para quem puder passar uns dias ou semanas fora da sua casa, mas não quiser sair de Portugal, existem vários locais onde se podem passar uns dias inesquecíveis. As regiões do Alto Douro; Alto Alentejo (Marvão, Castelo de Vide, fronteira); Óbidos; Açores (principalmente as ilhas de S. Migue, Pico e Flores) oferecem paisagens exclusivas e uma harmonia e sossego difíceis de encontrar na maioria das localidades.
Para quem quiser ir até a uma praia de água tépida, poderá encontrar praias de qualidade na parte Leste do Algarve (sotavento), em algumas ilhas açoreanas e na ilha do Porto Santo. Se gosta de frequentar praias de água mais fria, mar mais revolto, mas com ondas boas para surf e presença de imenso iodo muito benéfico para a saúde, então toda a costa ocidental oferece essas condições, sobretudo a norte do Cabo Carvoeiro. A praia do Osso da Baleia, no Concelho de Pombal caracteriza-se por ser uma praia deserta, sem urbanizações, junto à mata do urso, mas tem vigilância, qualidade, um café, casas de banho e presença de bombeiros durante a época balnear. O Osso da Baleia é a maior ou das maiores praias portuguesas com dez quilómetros de extensão.
Se pretender uma praia fluvial segura e de qualidade, então há a praia das Rocas em Castanheira de Pêra (Leiria. Trata-se de uma praia fluvial, mas construida pelo homem, de hora a hora tem cinco minutos de ondas artificiais que lhe fazem lembrar o mar que fica a oitenta quilómetros.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Portugal

Portugal é pequeno em território e em política, porém as prestações da selecção nacional de futebol; as prestações de muitos atletas olímpicos e paraolímpicos em conjunto com a de milhhares de trabalhadores e cientistas portugueses espalhados pelo mundo elevam bem alto a nossa bndeira nacional e são o orgulho de todos nós.
Viva Portugal!

sábado, 7 de junho de 2008

Livros

A vida e os horizontes da mudança e Os doze rapazes são para já os meus livros. No entanto lá para início de 2009 irei lançar mais um livro de contos.
Ainda assim aconselho qualquer pessoa a ler os autores clássicos e contemporâneos, até porque só lendo alguma coisa de um autor se poderá fazer um juízo de valor sobre ele , nunca podemos dizer que A ou B é ou não um bom ou mau autor se não o conhecemos minimamente.
Portugal sempre teve grandes poetas como Camões, Fernando Pessoa, Antero de Quental ou Miguel Torga e prosadores como Almeida Garrett, Eça de Queiroz, José Saramago ou Lobo Antunes, porém já li livros de autores pouco conhecidos, mas que escrevem muito bem.
Em literatura escrever bem é por um lado trabalhar a língua e por outro elaborar uma mensagem cuja descodificação só poderá ocorrer depois da leitura e análise do conto, romance, poema, etc.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Manifestação

Ontem mais de duzentas mil pessoas estiveram na Avenida da Liberdade em Lisboa a manifestar-se contra o novo Código do Trabalho, que prevê entre outras coisas; o despedimento por inaptidão e a criação de um banco de horas para que os horários sejam mais flexíveis, ou seja, para que desapareçam as horas extraordinárias.
Depois das atrocidades aos funcionários públicos, em que o seu futuro profissional e até pessoal estará unicamente dependente da vontade do director de serviço, eis que se dá ainda mais poder aos administradores das empresas para fazerem o que querem dos trabalhadores, isto é, estamos a caminhar para novas formas de esclabagismo.
São as políticas neoliberais ou liberais conforme lhe queiram chamar que colocam o dinheiro e o poder acima das pessoas, sobretudo de quem trabalha.
Lamento que um governo que se diz socialista ainda esteja a fazer pior (em algumas áreas, como por exemplo, nas questões laborais) do que os governos de direita (PSD com ou sem o CDS) que nada dizem sobre este Código do Trabalho e os maus-tratos que se fizeram aos funcionários públicos, a não ser a ideia peregrina de se privatizar tudo, incluindo a Segurança Social e a Saúde.
É legitimo perguntar: Será que temos estado a ser governados por seres humanos?
Portugal está a ser ultrapassado por inúmeros países da União Europeia, de quem é a culpa? Dos trabalhadores como se diz, dos políticos, dos empresários? Devemos reflectir antes de retirarmos conclusões definitivas. O certo é que não podem ser sempre as mesmas pessoas a ser sacrificadas.

domingo, 1 de junho de 2008

Selecção

Numa altura em que a selecção portuguesa está a voar para a Suiça a bordo de um A219 da TAP, a fim de participar no Euro2009, resta-me desejar que este ano seja Portugal o campeão europeu.
Apesar das divergências que possam existir entre nós portugueses, neste momento é hora de união em torno da selecção de todos nós.
Boa sorte à nossa selecção!

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Chegou ao meu conhecimento que os bancos pretendem cobrar uma taxa de 1,50€ por cada levantamento efectuado nas caixas ATM. Os levantamentos nas máquinas automáticas permitiram aos bancos reduzir o pessoal, logo os custos e, desta forma aumentar os lucros.
Numa altura em que os salários não aumentam, as reformas também não, porém os preços dos bens estão permanentemente a aumentar é de lamentar que grandes empresas como as petrolíferas e os bancos tentem por todos os meios estorquir dinheiro à população (na sua maioria pobre) e às pequenas empresas que já têm enormes dificuldades em sobreviver.
Os bancos já têm milhões de euros de lucro, os seus administradores ganham salários astronómicos e imorais, os ex-gerentes reformas invejáveis para quase todos os portugueses, por isso, está na altura de dizer basta! Se os bancos avançarem com os levantamentos pagos, temos de boicotar os levantamentos nas caixas ATM para que os banqueiros percebem que quem manda no país não são eles, mas sim nós a maioria do povo que vive com dificuldades, trabalha e sofre. Em qualquer nação existem bancos, porém se os cidadãos e as pequenas e médias empresas não tiverem dinheiro eles deixam de exercer a sua actividade, portanto tornam-se inúteis.

sábado, 17 de maio de 2008

Os doze rapazes

Depois de: A vida e os horizontes da mudança que eu dedico a todos os trabalhadores, acaba de ser editado o meu segundo livro: Os doze rapazes, uma novela dedicada aos professores.
Um professor deixa tudo pela sua profissão, mas é mal tratado, além disso atribuíram-lhe uma turma de doze rapazes muito indisciplinados que faziam coisas inimagináveis na sala de aula.
O que se tem vindo a falar nos últimos tempos em relação à escola, é referido no prefácio e na novela que o segue. A indisciplina, a avaliação dos docentes, o criticar ferozmente os docentes, os concursos, o estatuto da carreira docente são assuntos que poderá encontrar neste livro.
O livro já se encontra à venda no site da editora Ecopy: www.macalfa.pt/ecopy e a partir do início de Junho poderá encontrar os meus dois livros nas lojas Ecopy e Livraria Leitura no Porto; Livraria Byblos e Livraria Apolo 70 no centro comercial Apolo 70 em Lisboa; Livraria Americana em Leiria e na Livraria Infante no Centro comercial Marina Shopping no Funchal.Também me poderão solicitar qualquer um dos dois livros, sendo que se enviar à cobrança (entre um e dez unidades), ao preço do livro acresce 3,50€ para Portugal e 5,00€ para o estrangeiro. Mais de dez volumes os portes são grátis.
No entanto, se houver muita procura como espero, sobretudo de: Os doze rapazes, o livro poderá ser colocado à venda em mais livrarias, até porque grande parte do território português ainda não tem nenhuma livraria com os meus livros à venda e existem algumas empresas que já me manifestaram abertura para colocar os meus livros nas suas lojas.
O leitor poderá também verificar se a Ecopy está presente nas feiras do livro e eu próprio poderei vir a participar, mais tarde, em pequenas feiras do livro e outros eventos com estes e outros livros da minha autoria.
Em finais de 2008, início de 2009 espero publicar o meu terceiro livro que será de contos e cujas temáticas versam assuntos actuais como o desemprego, o endividamento, a violência, etc. Em 2009 se tiver vida e saúde espero publicar o meu primeiro romance.
Não estou inserido em nenhuma corrente literária específica. O que me moveu a escrever foram as peripécias da vida, além disso escrevo sobre Portugal - o meu país - a natureza, as desigualdades sociais, os dramas humanos, as mudanças de vida e as questões ambientais que estão a ocorrer. No fundo escrevo sobre o que julgo não estar neste mundo globalizado de economia neoliberal e de injustiças sociais que afectam a maioria da população mundial. Não me limito a escrever histórias de amor nem literatura light nem exclusivamente para aparecer na comunicação social ou ter status. Escrevo sobre o que gosto e sobre os temas que quero, porque escrever para mim é um prazer e dá-me liberdade.
No entanto, não pretendo ofender ninguém nem nenhuma instituição, apenas me limito a escrever de forma ficcional acerca de inquietações que assaltam muita gente na fase contemporânea. Se os leitores ou críticos quiserem podem até dizer que a minha escrita é uma literatura alternativa ou de intervenção.

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Professores

Numa altura em que está prestes a ser lançado o meu segundo livro, que é uma novela sobre o ensino, gostaria de partilhar convosco algumas reflexões sobre a recente polémica da avaliação dos professores.
Ao contrário do que por vezes é dito para confundir a opinião pública, os docentes sempre foram avaliados, só que o sistema de avaliação era ineficaz, pois baseava-se somente na auto-avaliação dos docentes, na assiduidade e na frequência de acções de formação. Além disso é normal que os docentes sejam avaliados, na medida em que qualquer outro funcionário é avaliado pelo seu desempenho profissional. Eu também serei avaliado pelos meus leitores.
O receio dos docentes em relação ao modelo de avaliação inicialmente imposto pelo governo é o da avaliação de pares, pois existe sempre o receio de no futuro virem a ocorrer injustiças, ajustes de contas antigos, invejas, tráfico de influências, acções persecutórias, discriminação, etc. Desta forma muitos poderão nunca conseguir progredir na carreira ou mesmo ter de deixá-la, independentemente de terem ou não sido competentes.
Foi lamentável o que se passou nos últimos três anos em que os membros do Ministério da Educação e outros governantes criticaram tanto os docentes ao ponto de terem atingido a sua dignidade profissional e pessoal.
O Ministério da Educação tem demonstrado enorme insensibilidade perante os docentes, esquecendo que estes são pessoas e que têm uma vida para além da escola.
Foi lamentável o que fez o Ministério recentemente. Colocar em mobilidade especial os cerca de dois mil docentes que tinham dispensa da componente lectiva por motivos de doença ou os que tinham horário zero. Enquanto esses professores serviram para andar de escola em escola, de terra em terra com enormes sacrifícios pessoais e até profissionais, eram bons profissionais, agora que estão doentes, muitos deles por causas ligadas à profissão são colocados em mobilidade, correndo o risco de poderem vir a ser colocados noutro serviço longe de casa, o que pode agravar a sua doença ou irem para a rua, o que poderá significar no futuro novos pobres de mão estendida.
Se existem horários zero, então por que é que os puseram no quadro? Há uns anos atrás facilitava-se o ingresso na função pública por motivos eleitorais, agora para reduzir a despesa público vale tudo.
O Ministério impediu que professores com dispensa parcial ou total da componente lectiva pudessem ingressar na categoria de professor titular, o que felizmente se veio a declarar inconstitucional. É caso para dizer que muito gosta o governo de pegar com quem já tem problemas.
Os problemas do governo em relação aos docentes são três:
1. O ficarem muito dispendiosos ao Estado, pois são mais de cento e quarenta mil e auferem um vencimento médio que oscila entre os novecentos e os dois mil e poucos euros;
2. O insucesso escolar que envergonha Portugal na União Europeia e na OCDE, por isso, havia de arranjar culpados e o mais fácil era culpabilizar os docentes. O Problema do insucesso escolar e da iliteracia em Portugal é sobretudo cultural, as pessoas pensam que não é importante saber, ler, escrever, contar, ter formação e cultura, etc. Enquanto não houver uma educação que terá de vir desde casa e que vise a importância do conhecimento, da cultura, do trabalho e do esforço, de nada valerá o esforço e o mérito dos docentes porque os alunos se recusam a aprender.
Como a população ouviu a Ministra da educação, os Secretários-de-Estado, outros governantes e deputados a culparem os professores do fracasso do sistema de ensino, muitas pessoas acabaram por acreditar, pois se a Ministra e outros governantes o diziam é porque em princípio era verdade. Por isso, diz-se mal dos professor nos autocarros, no centro de saúde, no café, etc. qualquer dia o professor é considerado um bandido que só sorve dinheiro e não faz nada em prol dos alunos e da sociedade.
Se os professores não recebessem salário ou recebessem só cem ou duzentos euros, passassem todo o tempo na escola e todos os alunos transitassem de ano, os governantes nunca diriam o que disseram dos docentes visando denegrir a sua imagem junto da opinião pública.
3. Tratar mal os professores e os restantes funcionários públicos, quer por via legislativa, quer pela via do discurso político dá aos governos popularidade e atribui-lhes dividendos eleitorais, na medida em que muitos dirão que foram governos de coragem que mexeram nos privilégios dos professores e funcionários públicos.
Muitos professores portugueses são obrigados a deslocarem-se centenas de quilómetros para poderem exercer a sua profissão e terem um emprego, mas pelo menos estão em Portugal, no entanto são muitos os que se deslocam para locais difíceis onde, por vezes,as condições de vida são duras, algumas pessoas tratam mal esses docentes, estão sujeitos a doenças, as raparigas ficam velhas ao ponto de já não poderem ter filhos, são maltratados pelos chefes portugueses, etc. e tudo porque não encontram emprego em Portugal nem como professores nem em qualquer outro serviço público ou privado. Ao contrário do que se diz, são poucos os docentes que trabalham onde querem e que se podem intitular de privilegiados.
Este modelo de Estatuto da Carreira Docente (neste momento o pior da Europa)e por consequência da avaliação nela previsto foram decalcados de outros países, sobretudo da Inglaterra e dos EUA que causaram enorme instabilidade nas escolas e nos quadros docentes. Em Portugal isso não irá acontecer para já, uma vez que não existem outras saídas profissionais e porque existe a ideia generalizada segundo a qual um docente é um incompetente que só foi para professor porque não sabia fazer mais nada na vida. Porém a médio prazo irá haver falta de professores dado que os mais velhos vão saindo, outros serão expulsos e os mais jovens seguem outros caminhos, não indo para cursos que dão acesso à docência. No entanto, nessa altura os actuais inquilinos do Ministério já lá não estarão.
Em Portugal e em todos os sectores segue-se a política neoliberal Anglo-saxónica que se baseia apenas em critérios economicistas. O actual Estatuto dos Docentes surge nesta linha e só será revisto, por muito que se lute, quando houver falta de docentes em Portugal, dado que os dois principais partidos portugueses concordam no essencial com este Estatuto, na medida em que ele contribui para o desinvestimento na Educação.
Por fim será mau para o funcionamento das escolas o novo modelo de gestão que irá permitir o aumento da repressão, discriminação e o excesso de poder do todo-poderoso Director, o que contradiz as aprendizagens que a escola deve ter que é a do ensino de valores como os da democracia, cidadania, democracia, igualdade de oportunidades e tolerância.
A indisciplina e a violência na escola condicionam as aprendizagens e criam nos docentes e em outros funcionários da escola ainda mais dificuldades para poderem exercer o seu trabalho, para além destas contribuírem para o insucesso escolar, infelizmente só muito recentemente se começou a actuar nesta área, quando o problema já era antigo.
Saúdo o acordo entre a plataforma sindical e o Ministério, só lamento é que tivessem de ter vindo cem mil docentes para a rua manifestarem-se para que finalmente houvesse diálogo e cedência por parte do governo. Desta forma, acabou-se ou atenuou-se o mau-estar nas escolas pelo menos para já, o que só irá beneficiar os alunos. Não é tratando mal que fará com que as pessoas trabalhem mais e melhor. Não é pela via da repressão que se resolvem os problemas estruturais do país.
Diz-se mal dos docentes, porém o Estado e a sociedade precisam deles para trabalharem nas escolas públicas ou privadas.
Curiosamente só se criticam os professores do ensino público e os do ensino privado onde estão? Muitos são os mesmos e são todos formados nas mesmas Universidades e Politécnicos. Espero que isto não seja mais uma manobra política com vista a descredibilizar não só os docente como também a escola pública, para mais tarde se proceder à sua privatização com o argumento que a escola pública é má porque existem maus resultados e a escola privada é boa porque tem excelentes resultados.
Alguns gostariam que a escola pública acabasse, mas a escola pública não pode acabar. Ela faz parte do património nacional que é de nós todos e desempenha um serviço público. As escolas privadas não o desempenham, porque seleccionam os seus alunos e, por isso, conseguem melhores resultados nos exames nacionais. Além disso, não concordo com o financiamento das escolas privadas, concordo que se apoiem os alunos quando a escola pública, por qualquer motivo não lhes consiga dar resposta e o aluno tiver que frequentar uma escola particular. Além disso os pais (se tiverem dinheiro) podem sempre colocar os alunos numa escola particular.
Desde 2002 (sobretudo entre 2002 e 2005) que Portugal tem tido governos de índole neoliberal (teoria que defende o Estado mínimo e regulador e a supremacia do mercado que é encarado como algo supremo e, por isso, tudo resolve). Esta teoria nasceu nos Estados Unidos da América nos anos oitenta do século XX e deveu-se à crise petrolífera causada pelo choque petrolífero, uma consequência da guerra Irão-Iraque. No entanto, as bases do neoliberalismo têm por base o liberalismo dos séculos XVIII e XIX, ora se na altura causou enormes lutas e desigualdades sociais, tendo estado na base dos regimes onde imperou o socialismo de Estado e por oposição a este o fascismo e estando mesmo na origem de guerras no século XIX e início do século XX.
Em Portugal existem partidos políticos, todos de direita, porém estão a arrastar o PS, que defendem a privatização da escola pública, a passagem de recursos desta para a escola privada, a privatização dos hospitais e centros de saúde e a privatização parcial ou total da Segurança Social.
Sempre que um político ou partido falar e fizer políticas que apontam para a redução do peso do Estado na economia, redução da despesa pública, de privatizações, de redução dos funcionários públicos estamos na presença de um político ou partido neoliberal. que não tem preocupações sociais, pois se as tivesse nunca privatizaria serviços públicos essenciais, nem promoveria despedimentos ou a redução das prestações sociais. Uma coisa é a eficiência e o combate ao desperdício nos serviços públicos, outra é o destruir esses mesmos serviços e entregá-los a privados.
Então e nesse caso o que faz o Estado? O Estado neoliberal limita-se a cobrar os impostos que até poderão descer para as empresas maiores e para os mais abastados, com o pseudo-argumento que é para dinamizar a economia; o Estado diz-se regulador, contudo como diz não poder intervir no mercado não faz nada; temos um Estado mais pequeno, mas forte para manter a autoridade, mantendo a polícia para "bater" e a tropa para "matar", os ministros falam "à duro". São governos que criam leis cujo objectivo é defender as elites e proibir quase tudo à maioria; liberalizam-se os despedimentos nas empresas e no Estado; precariza-se ainda mais o emprego; reduz-se as despesas com as prestações sociais como o subsídio de desemprego, o rendimento de inserção, o subsídio de doença; o Estado desresponsabiliza-se do combate à pobreza, cuidados de saúde, educação, protecção ambiental, cultura, etc. que passaria a ser tudo feito por empresas privadas. O Estado apenas faria as leis e mantinha as funções de soberania (Polícia, forças armadas, justiça e negócios estrangeiros), eventualmente talvez fizesse alguma caridade aos marginalizados pela sociedade e pelo próprio Estado.
Depois seria ver o número de pobres e de excluídos duplicar ou triplicar; mulheres ou homens a morrer de cancro com imenso sofrimento porque não tinham dinheiro para se tratar; um grupo económico por sector que dominaria o mercado cilindrando a concorrência, logo aumentando os preços a seu belo prazer; haveria mais desigualdades sociais; a classe média desaparecia; haveria cada vez mais conflitos sociais, podendo mesmo haver manifestações de racismo; xenofobia; e discriminação.
No caso da educação o que poderíamos vir a assistir era a imensos meninos serem impedidos de frequentar a escola não só porque não tinham dinheiro, mas principalmente porque seriam excluídos por serem pobres, indisciplinados, negros ou deficientes, enquanto agora a escola pública aceita todos os alunos. Muitos professores poderiam ser impedidos de exercer pois as escolas privadas dificilmente os aceitariam porque eles tinham os olhos tortos, ou a cor da pele mais escura ou porque se fosse uma mulher e tivesse a sorte de engravidar seria logo despedida.
Muita gente iria deixar de ter protecção social com a privatização da segurança social que agora é do povo. A Segurança Social, a saúde e a educação passariam a fazer parte da especulação em bolsa, por isso, apenas o lucro interessaria.
Eu discordo dessa política, na medida em que ela é contra à natureza humana, concentra a riqueza em meia-dúzia e marginaliza e asfixia financeiramente e psicologicamente a maioria da população.
O neoliberalismo é uma ditadura económica em que o Estado e meia dúzia de empresas dominam tudo e todos, sendo por isso tão mau como uma ditadura política.
Esses políticos que defendem o neoliberalismo pretendem é pôr em Portugal uma ditadura económica em que o Estado seria o principal opressor e estaria sempre ao lado dos mais fortes que são uma ínfima minoria.
O nosso país não aguentaria uma política neoliberal, uma vez que o país é pequeno , a economia é muito débil, a maioria das pessoas têm pouca formação e preparação para viverem num tipo de sociedade assim; a corrupção aumentaria;a maioria da população e das empresas dependem do Estado e os problemas sociais abundam. Seria uma catástrofe social e económica, seria o regresso ao século XIX ou mesmo à Idade Média.
Temos de estar atentos aos discursos dos políticos, pois eles prometem e não cumprem; cuidado com os discursos que auguram facilidades como descida de impostos e mais emprego,pois roçam a demagogia e o populismo e apenas têm interesses eleitorais;temos de ter em atenção os programas eleitorais dos partidos todos; temos de estar atentos, uma vez que, dois partidos políticos PS e PSD com ou sem o CDS pretendem tomar conta do Estado e daí determinar a nossa vida. O Estado não é do PS nem do PSD, nem das elites políticas que lá estão, também não é de qualquer outro partido, não é dos empresários nem dos trabalhadores; o Estado somos nós todos cidadãos contribuintes.
O que os políticos não podem é mentir nas campanhas eleitorais apenas para obterem votos. Devem dizer a verdade, sempre a verdade ao povo. Se o PSD quer desmantelar (destruir) o Estado social com o argumento que é para reduzir o peso do Estado na economia, então que diga isso aos portugueses. Se o PS quer continuar a retirar direitos e a reprimir os funcionários públicos, sobretudo os professores, então que diga isso aos portugueses. Assim o voto é livre e ninguém se pode queixar do governo, a não ser quem nele não votou.
Respeito todos os partidos enquanto instituições, logo não tenho nada contra ao PS, ou ao PSD, aliás reconheço que esses partidos têm feito um bom trabalho nas autarquias, também reconheço que nesses e nos restantes partidos existem pessoas capazes, cultas e sérias,porém sou contra é às orientações neoliberais que eles (sobretudo o PSD) praticam quando estão no governo, depois desculpam-se com a União Europeia, a globalização, a economia de mercado, mas o que esquecem é as pessoas porque são essas é que sofrem.
O Estado desempenha uma função social, é claro que instituições como a igreja católica, outras igrejas, IPSS, ONG.s, também podem colaborar e sei que colaboram no apoio aos mais desfavorecidos. É claro que as empresas se devem preocupar com o ambiente, com os direitos dos seus funcionários, etc, mas a principal função social compete ao Estado, é para isso que pagamos impostos.
É verdade que as empresas é que criam a riqueza, mas não compete a elas distribuí-la. Elas apenas têm de cumprir as suas obrigações legais, fiscais, para com os funcionários e meio ambiente.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

A Vida e os Horizontes da Mudança

Olá

Chamo-me Luís Ferreira, sou natural de Silveirinha Grande, uma aldeia do concelho de Pombal, no Centro de Portugal. Licenciei-me em Linguística em Lisboa, em 1997.
Desde pequeno que adoro ler e escrever, por isso, fui um aluno que sempre estudei tendo obtido aproveitamento, apesar de não ter sido um aluno excepcional.
Ao longo de toda a vida ultrapassei inúmeras dificuldades. Foi num dos momentos mais difíceis da minha vida que decidi escrever uma colectânea de contos, a qual acabou por dar origem ao meu primeiro livro A vida e os Horizontes da Mudança, das edições Ecopy.
Estamos numa época de grandes mudanças e a nossa vida está repleta de mudanças de forma forçada ou de livre vontade, por isso mesmo a vida é uma viagem que vagueia pelo meio do artificialismo humano que tanto mal nos faz e pela natureza cada vez mais ameaçada e destruída por aquilo a que chamamos progresso ou desenvolvimento, os quais tantas vezes destroem a nossa vida.
O livro contém os contos: a vida e os horizontes da mudança – um bancário de Lisboa torna-se agricultor em S. João do Peso, mas viaja e, por isso, vai visitar a floresta Laurissilva da Madeira; Promontório da cabra – uma mulher passa dois anos num ermo de uma ilha, quando de lá sai, como está a sua terra? Mar do Nordeste – o mar e a paisagem do Nordeste de S. Miguel são únicos; S. Valentim – são vários, os dias dos namorados longe da terra desejada onde outrora tinha namorada; No comboio – um estudante de Filosofia faz a viagem Lisboa-Figueira pela linha Oeste; Quando desapareceu o Ministro das Finanças – em Trás-os-Montes três vítimas da sua política raptam o Ministro em Vinhais; No dia em que o telemóvel tocou – entre Ponta Delgada e Lisboa, o telemóvel tocou no avião; Missa de Domingo – aos domingos, nos Vieirinhos, após a missa, todos estão felizes; Viagem Infindável – em Silveirinha Grande, Micala vê a sua oficina falir e depois? Laurissilva – um investigador de Coimbra foi uma semana para a ilha Terceira a fim de conhecer a mancha de floresta Laurissilva; Mendigo três dias – um desempregado de Vizela foi para Lisboa, contudo tornou-se mendigo e só arranjou trabalho em Vendas Novas; Não gostava da escola – na Amareleja um adolescente preferia guardar rebanhos do que estar na escola; Foi para a província – um pequeno empresário de Lisboa, cansou-se da capital e foi viver os últimos anos da sua vida para Casal Cordeiro, Tomar.
Este livro já se encontra à venda em algumas livrarias do país, na editora Ecopy: www.macalfa.pt/ecopy. Sobre o livro também me poderá contactar para os e-mails: luismferreira@leirianet.pt ou mansil.silva@gmail.com

Brevemente terei um novo livro. Obrigado pela atenção.