domingo, 9 de novembro de 2008

Ministra

Após a manifestação dos mais de cem mil professores - cento e vinte mil segundo os sindicatos - a ministra da educação diz que não vai ceder. A sua teimosia vai sair muito cara ao país e no futuro até os pais se háo-de revoltar.
Não vale a pena a sua substituição se for para lá alguém pior e que mantenha as mesmas políticas.
Ela está refém: refém de quem, do primeiro-ministro que tem nesta avaliação dos professores a par do Tratado de Lisboa uma dos seus objectivos a cumprir para poder garantir a sua "carreira política; ela está refém de economistas, banqueiros e algumas organizações empresariais que pretendem este modelo de avaliação para que assim poucos subam e muitos até sejam forçados a ter de abandonar a carreira dado que desta forma o Estado poderia reduzir a despesa com a educação, possibilitando assim a descida de impostos sobre os lucros e o IRS nos escalões mais altos, ainda me lembro de um prós e contras na RTP em Junho 2005 em que um ex-gerente do Montepio disse que os professores deveriam trabalhar mais um bocado, metado devia ser retirada e reciclada e deveriam ser avaliados por objectivos, o que também já tinha sido defendido por outros gestores; finalmente a ministra está refém de organizações internacionais - OCDE e UE entre outras -verdadeiras forças ocultas não eleitas pelo povo português que pressionam o nosso Estado a adoptar determinadas medidas no sentido de reduzir os custos com os docentes e aumentar a escolarização dos portugueses.
No fundo o que fica importa agora para o governo e seus adjuvantes é a+somente formar uma grande quantidade de mão- de-obra em pouco tempo e sem grande espírito crítico. Como dizia o primeiro-ministro numa entrevista, os actuais alunos irão falar inglês e manobrar melhor as novas tecnologias, pelo que deduzo que o resto é acessório. Por isso, no futuro talvez Portugal só precise de professores de Informática e de Inglês já que nem a Matemática, Biologia, Físico-química, etc. interessa e muito menos a nossa língua o Português.
Por último gostaria de perguntar: Será que são portugueses que nos estão a governar? Serão serres humanos?

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