sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

2011

Aproveito a véspera de um novo ano para desejar a todos os leitores um excelente 2011. Sabemos que não irá ser um ano fácil em Portugal e em boa parte do mundo, Resta-nos a esperança que estes tempos muito difíceis para todos nos tragam Europa incluída, mas de momento pouco se poderá fazer sem ser aguentar a dura situação em que nos puseram intencionalmente.

Resta-nos a esperança de dias melhores, mas para tal alguma coisa temos de fazer, lutar epara tentar alterar a situação.
Pela minha parte continuarei a trabalhar para o novo livro que irá sair lá para meados do ano, o qual espero vir a dar que falar. De resto irei continuar a lutar por dias melhores, trabalhando, estudando, etc.
Bom 2011. Não caiam no desânimo.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Greve Geral

Este fim-de-.semana, assistimos em Portugal a mais um episódio trieste da nossa história, a cimeira da NATO, uma organização militarista.
Para que tudo corresse bem e não houvesse nenhuma surpresa desagradável, as forças de segurança estiveram em Lisboa, condicionou-se o trânsito para que os senhores da guerra passassem e até se deu tolerância de ponto, quem diria, aos funcionários públicos que trabalham em Lisboa,eles que têm sido apelidados de "malandros", melhor dizendo pouco produtivos e sorvedores dos dinheiros públicos, porque ganham um bom salário e estão no quadro.
É uma vergonha, um país que tem passado, está a passar e passará ainda mais por enormes dificuldades, dar-se ao luxo de gastar milhões de euros dos nossos impostos em cimeiras da NATO. Pior do que esta só a cimeira da vergonha na ilha Terceira nos Açores em que Durão Barroso serviu de porteiro a um grupo de invasores do Iraque, na época um país governado por um ditador, mas um país soberano.
Quarta-feira, irá haver greve geral, a qual em princípio irá ser muito participada, mas nesse dia ou no seguinte já virão os governantes e os adjuvantes do PSD dizer que o país não pode suportar greves por causa da situaç~
ao em que está.
Este governo e os seus apoiantes do PSD que estão à espera de ir para o poder fazer ainda pior, querem tornar-nos escravos, acefalos, estúpidos, para assim nos porem na mise´ria, dependentes deles e nos irem matando aos poucos.
Apenas aqui quero deixar um conselho, não deiam credibilidade ao que esses governantes ou apoiantes do PS ou do PSD dizem, porque eles e só eles froram os grandes responsáveis pela situação muito grave que estamos a viver.
O governo Português e os outros governos da Europa andam empenhados em defender um defunto que se chama União Europeia e um idolo que se chama dinheiro, mas dentro de pouco tempo irão perceber que o seu projecto falhou, a prová-lo estão já os casos da Grécia,Irlanda, Portugal e Espanha, escusavam era de nos obrigar a tantas e tantas provações, porque afinal nós merecemos mais e melhor que esta situação para a qual nos estão a empurrrar.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Mestrado

Ao longo da minha vida, sempre me meti em aventuras, algumas arriscadas. A última dessas aventura foi o mesrtado em Reabilitação na Especialidade de Deficiência Visual, na Faculdade de Motricidade Humana da Universidade Técnica de Lisboa.
Apesar de nas últimas décadas se terem registado muitos progressos na integração das pessoas com deficiência, a actual e grave situação do país irá, certamente, obrigar ao retrocesso no apoio e integração das pessoas com deficiência em geral, inclusivé dos deficientes visuais.
Se as minorias com poder económico e financeiro se continuam a impor perante o poder político e a sociedade para manterem os seus direitos, as restantes minorias verão a sua qualidade de vida drasticamente reduzida, em nome do país, da redução do défice e em prol dos "tubarões" financeiros e económicos que por aí andam a explorar até ao fim os mais débeis da sociedade.
Ser cego ou portador de baixa visão não é o fim da estrada, nem o fim do mundo, mas requer apoios específicos e uma reabilitação adequada e esta tem custos.
Apesar dos preconceitos que ainda imperam em grande parte da nossa sociedade, muitas vezes por parte de pessoas economicamente, academicamente e culturalmente bem reputadas, a pessoa com deficiência visual em geral, luta, reiste e vence as adversidades, conseguindo alguns triunfos a nível da participação social e da integração profissional nos campos das telecomunicações, informa´tica, psicologia, artesanato, artes, advocacia e ensino.
Cada vez haverá mais pessoas com deficiênciaa visual: são os partos prematuros, os aidentes dos jovens, a diabetes, o envelhecimento da população, etc. será necessa´rio quem traballhe com essas pessoas, mas para isso, será necessário formação adequada e essa só instituições do ensino superior especializado poderão fazer não é qualquer tasca da esquina.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

A Casa dos Espíritos de Isabel Allende

Uma família, três gerações, Clara, Blanca e Alba. Todas estas gerações tiveram em comum a vida de Estevan Trueba, marido de Clara, pai de Blanca e avô de alba.
O mais surpreendente neste livro é o retrato social do Chile de grande parte do século XX, incluindo a passagem pelo poder de Salvador Allende, a sua deposição e a tomada do poder pelo ditador, repressor e destruidor de vidas humanas Augusto Pinochêt, que tomando o poder ilegalmente, ao contrário do seu antecessor, tomou o poder não através de eleições, mas sim através de uma revolta militar. Militares que o passaram a apoiar na execução do seu plano maquiavélico.

domingo, 17 de outubro de 2010

Cain de José Saramago

Cain foi o último livro de Josum casal de cada espécie animal se salvaram.
O que Saramago faz é uma reescrita da bíblia, mas ridicularizando a figura de Deus, considereando-o apenas um homem. é Saramago, cuja polémica causada, sobretudo pela igreja católica não deixou ninguém indiferente.
A história baseia-se no primeiro livro b´´da bíblia, os Génisis, o qual relata a a criação do mundo por Deus em sete dias, os primeiros seres humanos existentes na terra, os castigos de Deus por causa das maldades dos homens, incluindo o dilúvio universal em que apenas Noé, a sua família e um par de cada espécie animal.
O que Saramago fez foi uma reescrita de parte dos Génisis, na qual Deus é uma figura ridicularizada e tornada igual a um ser humano. além disso, é feito o contraponto entre Adão e Eva, segundo o livro dos Géneisis, o primeiro casal sobre a terra, criado por Deus e os outros seres humanos que povoavam a terra, fruto da evolução natural da vida e do ser humano na terra.
Adâo e Eva tiveram dois filhos, tendo Caim, matado o irmão, Abel, por ciúmes, recebendo por isso como castigo de Deus o vaguear pela terra sem destino. Cain começa então a viajar no tempo, visitando todos os locais e situações em que os homens foram castigados por Deus.
O final do livro revela-nos talvez uma faceta de José Saramago, a sua religiosidade e a sua busca incessante por Deus, Deus esse que, provavelmente, ele nunca conseguiu encontr.
A discussão sem fim entre Cain e Deus, fruto da inimizade entre ambos, representa, a meu ver, o desentendimento eterno, o afastamento, o desentendimento que sempre existiu entre Deus e os homens, ao ponto de haver entre ambos objectivos diferentes para o mundo. José Saramago intitulava-se ateu, mas ele procurava Deus, o seu Deus, a sua dimensão divina, talvez não fosse exactamente a imagem de Deus bíblico ou aquele que as diferentes igrejas os sempre nos quiseram dar.
é um livro que aconselho a qualquer pessoa. Devemos semre ler com espírito crítico, até porque se trata de literatura, aliás nem achei nada de perverso no livro, apenas uma interpretação e uma criação literária. Boas leituras.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Ainda nos hão-de matar à fome

As medidas do PEC3, ontem anunciadas pelo governo, não são mais do que mais um golpe fatal rumo à morte lenta e agonizante deste país com mais de oitocentos anos de História.
Afinal, não é José Sócrates, nem Cavaco Silva que governam Portugal, são sim os mercados financeiros internacionais, sobretudo os dos E.U.A. e a União Europeia.
Afinal, hoje os juros para a dívida portuguesa já caem, mas ainda nada aconteceu, foi só anúncio de medidas que serão tomadas brevemente.
Alguns economistas dizem que estas medidas não são suficientes, calro que não, nese ponto estamos de acordo. Dentro de seis ou sete meses, já os mercados financeiros internacionais especulam novamnete com a dívida portuguesa, nessa altura virá de novo o governo com ou sem apoio do PSD dizer que têm de ser toamdas novas medidas para acalmar os mercados financeiros internacionais e para bem do país e das suas futuras gerações.
Desde criancrianlça que tenho sido vítima de um país que ora se diz que é pobre, ora se diz que está endividado, ora se diz que tem défice excessivo, logo nunca esteve nem está bem.
No futuro, haverã soluções? Não, o que iremos ter é pobreza, miséria, sofrimento, depressões, suiccídios, separações, enfim um país falido com um povo falido.
Quando é que terminará a subida do IVA? Talvez no mais infinito dos números naturais.
Quando acabará a descida de salários dos funcionários públicos? Quando chegar a zero euros, depois talvez se possa falar em pagar para trabalhar para o Estado ou então poderá surgir o milagre do aumento salarial de zero para um ou dois euros mensais.
Portugal, tal como outros países, servem muito bem para dar dinheiro a ganhar aos abutres capitalistas, senhores do mundo, que primeiro nos puseram dinheiro nas mãos para nos iludirem com um aparente bem-estar e depois nos retiram tudo e nos querem obrigar a ser escravos deles, pagando com elevados juros o dinheiro que eles nos quiseram emprestar.Eles agora já não se compadecem de nada, nem de ninguém, dos idosos, das crianças, dos doentes, dos desempregados, são o cúmulo da desumanidade, da insensatez e da mal-feitoria, para mim, isso tem um nome, vigarice pura e dura, assalto ao nosso bolso, falta de respeito por nós.
A sorte deles é que, felizmente, o povo Português ´+e tolerante e pacífico, caso contra´rio aconteceria como na Grécia ou na Argentuina
O que eu digo aos jovens, muitos dos quais já foram meus alunos, estudem, esforcem-se ao máximo e depois tentem emigrar para um país que vos dê mais perspectivas, porque este país não terá futuro nenhum.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Mestrado em Reabilitação na Especialidade da Deficiência Visual

Aproveito para difundiar esta informação, porque pode interessar a alguém.

"Informam-se os interessados, que o prazo para candidatura ao Mestrado em Reabilitação na Especialidade de Deficiência Visual, foi prorrogado até ao próximo dia 17/09/2010.
Para o efeito, deverão preencher o formulário em anexo, juntar cópia do BI, Cópia do Cartão de Contribuinte, 1 Currículo Vitae, Cópia do Certificado de Habilitações e uma taxa de candidatura no valor de 40€".

Contactar:

Rita Jordão
Faculdade de Motricidade Humana
Serviços Académicos
Estrada da Costa
1499 - 002 CRUZ QUEBRADA - DAFUNDO
Telf: 21 41 49 111
Fax: 21 41 51 248
E-mail: rjordao@fmh.utl.pt

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Prendam os incendiários

Ao ler este título, qualquer pessoa pode pensar que eu estou a pedir justiça popular ou medidas securitárias, mas na verdade apenas estou a defender que a tragédia dos incêndios só poderá diminuir drasticamente se houver prevenção a sério e se se tomarem medidas mais duras relativamente aos incendiários.
Prevenção passa pela limpeza das matas e pela sua vigilância em épocas estivais. Eu defendo que os governos não só de Portugal, mas de todos os países onde existe incêndios florestais deveriam gastar mais para limpar as matas, pagando a desempregados ou a pessoas que queiram voluntariamente ir limpar as matas com máquinas e outras alfaias.
No Verão, o estado deveria patrocinar férias a uma parte da população, para que esta fosse passar férias para a floresta em acampamentos, procedendo assim à vigilância e mesmo ao combate de eventuais incêndios. Eu não defendo que o Estado obrigasse alguém a ir passar umas semanas para a floresta ou que desse dinheiro para as pessoas irem para lá, mas que deixasse as pessoas acamparem gratuitamente em lugares adequados, indo alguém levar as refeições gratuitamente àquelas pessoas.
Muitos dirão, é uma loucura, não é, porque existem pessoas pobres ou endividadas que não podem passar férias, existem amantes da natureza como eu ou pessoas que estão faartas destes caixotes de cimento das cidades que iriam voluntariamente passar lá uns dias e com estadia e alimentação paga muitos não rejeitariam. O Estado ainda poupava dinheiro, aquele que gasta no combate aos fogos, nas indemnizações e na investigação dos causadores dos fogos.
No que diz respeito aos incendíários, eu defendo penas mais pesadas, porque ainda são penas leves. Além disso, é imperdoável a acção de muitos juízes que colocam incendiários na rua, tal como é de bradar aos céus aqueles que dizem tratar-se de alcoólicos, pessoas com défice intelectual, etc. Eles agem de pura consiência, porque são pirónomos e gostam de assistir ao vivo ou pela televisão ao aparato que o fogo causa ou são as razões económicas que levam muita gente e colocar ou a mandar colocar, pagando, fogo às matas e florestas.
Uma vez que a floresta é um bem público, eu considero que quem põe fogo comete um crime contra à humanidade e, se não sabe viver em sociedade e conviver harmoniosamente com a natureza que nos mantêm cá, então todos os incenciários comprovadamente reincidentes, deveriam estar presos durante o Verão, ou sempre que o clima favoreça a ocorrência de incêndios.
Quanto à Justiça e aos seus agentes, espera-se justiça, pois não ffaz sentido prender alguém que roubou um iogurte ou uma banana para comer ou para dar aos filhos e perdoar seres tão criminosos e inimigos da humanidade como são os incendiários.

domingo, 1 de agosto de 2010

Notícias de Verão

Numa altura em que a maioria de nós está de férias fora do país, dentro do país, mas longe de casa ou em casa, eis que as notícias não têm sido animadoras, pelo menos para mim.
Nos últimos dias, foram três as notícias bastante preocupantes:
1º. Ao longo da semana passada foram anunciados os lucros dos maiores bancos privados e das maiores empresas de distribuição portuguesas, todas apresentaram aumentos exponenciais nos seus lucros. Eu pessoalmente não tenho nada contra ao lucro, aliás é normal para qualquer empresa, no entanto há duas coisas que me impressionam: numa altura em que milhares de portugueses passam fome ou sofrem desemprego, não de forma voluntária, mas imposta e numa altura em que são centenas as empresas que fecham as portas por falta de viabilidade, existem meia dúzia de empresas privilegiadas que obtêm lucros astronómicos. Causa-me ainda confusão empresas de distribuição pública como a EDP e a GALP serem privadas, visarem apenas o lucro e a satisfação das exigências dos seus accionistas, ignorando completamente os seus clientes e trabalhadores, exceptuando os administradores que auferem prémios imorais.
A segunda notícias que me chocou foi a compra de submarinos, a qual irá implicar uma acréscimo desnecessário da despesa pública. Muitos dizem que os submarinos são essenciais para a manutenção da soberania portuguesa, ora essa soberania já quase não existe desde que Portugal integrou a Comunidade Europeia e a zona Euro.
Por fim a mudança de regras na atribuição de prestações sociais, eu não sou contra à racionalização e à fiscalização e sou de acordo que uma família com muitas propriedades ou dinheiro não possam receber o Rendimento Social de Inserção, agora não podemos deixar-nos levar por demagogias. Existe muita gente que precisa e é injusto atacar as prestações sociais, as quais são destinadas às pessoas mais fragilizadas e esquecidas da sociedade. É fácil reduzir a despesa pública, retirando aos mais fracos o pouco a que têm direito, difícil é obrigar a contribuir a muitos que ostentam riqueza e luxos resultantes da exploração do trabalho dos outros ou de negócios muitas vezes ilícitos.

sábado, 17 de julho de 2010

Clube Bilderberg

Em 1954 no hotel Bilderberg na Holanda, Francisco de Holanda reuniu pela primeira vez um grupo de notáveis dos mundos político, financeiro e económico do mundo ocidental. Desde então, todos os anos na América do Norte ou na Europa, esse grupo de peseudointelectuais, mas que nada mais têm do que dinheiro e poder, pois sabem tanto como eu ou como o leitor.
O objectivo deles é alcançar a globalização, até haver um governo único feito pelas Nações Unidas e dirigido por eles.A intenção é que acabem os direitos sociais,laborais, os direitos humanos e a liberdade individual para que passemos a ser todos controlados por bancos, governos ou outras organizações da sua confiança através de Chipes electrónicos colocados por exemplo nos cartões de crédito débito, nos automóveis ou mesmo sob a pele.
Por exemplo, recentemente falou-se nos Chipes nas matriculas dos automóveis para que se pudesse controlar a passagem nas portagens que vão surgir em Portugal, já se falou em colocar Chipes nas crianças para que os pais as pudessem controlar, etc.
O que estamos a passar neste momento em Portugal e no mundo tem a ver com as ideias desses senhores e de outros grupos ou sociedades secretas que defenderam em segredo a criação artificial de uma crise económica e financeira para que não houvesse crescimento e, desta forma, as pessoas não pudessem reinvindicar nada. Também foram esses senhores que falaram pela primeira vez no nome de Durão Barroso para a presidência da União Europeia e que patrocinaram a invasão do Iraque, mas só em 2003 e não em 2002 como queria Jorge W. Bush.
A ideia deles era primeiro causar uma sensação de bem-estar, estimulando o consumo para depois maneatar as pessoas, fazendo chantagem com elas, criando-lhes dificuldades, ansiedade interior, desespero para que as pessoas venham para a rua pedir uma solução qualquer, ou seja, eles pretendem é que o mundo chegue a um impasse tal que os seres humanos dependam totalmente deles, passando a ter apenas aquilo que eles quiserem e não aquilo que as pessoas legitimamente querem.
Alguns até defendem que até 2050, dois terços da população das cidades morra através de guerras, fome, crimes, pestes, o que em parte é assustador.
A acreditar na existência, um dia, da Besta Apocalíptica, o 666, ela sairá de um grupo desses e até pode ser um Português.
As propostas do PSD, redução de salários em 30%, privatização da Segurança Social, fim da escola e da saúde gratuitas e para todos e aumento dos poderes presidenciais são ideias que certamente agradam ao Clube Bilderberg.
Eu tenho um livro cujo título é:A verdadeira história do Clube Bilderberg e cujo autor é Daniel Estulin, jornalista Canadiano que durante treze anos seguiu este grupo que se reúne secretamente.Não vou aqui colocar este livro, prque não consigo introduzir anexos, além disso, viola os direitos de autor. É possível que dificilmente se encontre em alguma livraria portuguesa, porque Pinto Balsemão fez pressão para que não se fizessem mais edições deste livro. A última data de 2005 ou 2006. Ricardo Salgado, Nicolao Santos, José Sócrates, António Costa, Jorge Sampaio, Durão Barroso, Pedro Santana Lopes, teixeira dos Santos, Manuela Ferreira Leite, Marcelo Ribeiro de Sousa, António Borges, Rui Rio e talvez Passos Coelho (se não foi ainda, irã) são alguns dos portugueses que estiveram presentes nas reuniões anuais do Bilderberg.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

As pessoas estão primeiro

Ontem, o Presidente da República afirmou numa das suas visitas contra à exclusão que o governo deveria ter em atenção que as pessoas estão primeiro.
Eu ainda me recordo dos governos dirigidos por Cavaco Silva, onde o dinheiro abundava, todavia ele era gasto em asfalto e betão armado, numa perspectiva desumana, fria, cinzenta, mas nesse mesmo tempo o número de excluídos e as desigualdades sociais aumentaram.
Durante os dez anos em que Cavaco Silva foi oposição, ele referiu em diversas ocasiões que se deveriam fazer reformas na admnistração pública, saúde, educação, segurança social, etc. caso contrário um dia elas já não se poderiam fazer sem dor.
Em 2006, quando Cavaco Silva se candidatou a Presidente da República, afirmou várias vezes que iria cooperar com o governo, numa cooperação estratégica para que Portugal saisse da situação em que já se encontrava na altura.
Ao longo destes quatro anos de mandato, nunca se opôs às medidas mais gravosas do governo, até as considerou positivas, limitando-se a condenar o Estatuto dos Açores, a nova lei do divórcio, o casamento gay.
É claro, que as pessoas estão primeiro, mas quem defende este capitalismo selvagem em que a qualidade de vida e os direitos são só para meia-dúzia de priveligiados as pessoas estão em último lugar, servindo apenas para servir aqueles que ostentam poder e dinheiro. E Cavaco pertence a esses, tal como o lider do seu partido, Pedro Passos Coelho.
Os ultra-liberais servem-se da crise para tentarem impor as suas políticas subversivas da essência do ser humano. Por ano são cem mil os portugueses que partem para outros países à procura de uma vida melhor, são muitos os que entram em depressão, os que se suicidam, mas esses senhores nada disso conseguem ver, porque estão cegos pelo poder e por querer tornar os portugueses escravos é querer que trabalhemos para eles.
Infelizmente, eles irão conseguir, porque muitos portugueses estão incautos e dar-lhes-ão apoio incondicional, além disso semeiam o péssimismo e a descrença das pessoas no futuro, roubam-nos a esperança, querem colocar a maioria do povo no centro da opressão para assim o poderem dominar, muitos padecerão, mas assim ficarão mais recursos para que alguns possam acumular. Basta ver as propostas: corte de 30% nos salários dos funcionários públicos, fim da gratuitidade e universalidade na educação e na saúde, liberalizar ainda mais os despedimentos.
Fico triste que políticos medíocres, conservadores de mente fechada e ultra-liberais nos queiram condenar a um inferno terreno só para seu contentamento.
Existe um sector político em Portugal, que vai do PSD até à extrema-direita, inclui alguns elementos do PS, cujo seu objectivo é fazer um ajuste de contas final com o 25 de Abril. É que eles foram contra à Revolução dos Cravos, preferindo a estagnação Marcelista e agora querem fazer pagar a pessoas que na altura ainda não existiam ou eram muito pequenas como eu.
Eu tive de viver três anos com a minha mãe em casa com enormes dificuldades, porque o meu pai foi recrutado para a guerra em Angola, agora ainda terei de pagar, porque esses senhores querem-se vingar contra ao vinte e cinco de Abril, fazendo-nos passar por sacrifícios impossíveis de suportar. Haja paciência para suportar estes políticos e as suas propostas, as quais só servem a alguns.

terça-feira, 13 de julho de 2010

O Deus Euro - o grande assassino

Nos últimos meses, temos ouvido falar muito em crise e nas suas consequências, sobretudo as consequências sociais:desemprego, falências, crédito mal-parado violência, pobreza, até suicídio, etc. No entanto, do que mais se tem falado nos últimos tempos é da crise financeira e dentro desta da grande crise do Euro, o qual tem estado a desvalorizar perante o Dólar.
Na base dessa desvalorização do Euro temos os desiquilíbrios orçamentais em grande parte dos dezasseis países da zona Euro.
Irlanda, Grécia, Espanha e Portugal são os países em que o desiquilíbrio orçamental é mais acentuado com um elevado défice e uma monstruosa dívida pública.
É normal que qualquer país zele por ter contas públicas equilibradas, pois só dessa forma uma nação se pode desenvolver, no entanto, todos se esquecem da forma como o restabelecimento do equilíbrio orçamental é feito: aumento de impostos, muitas vezes sobre as pessoas mais pobres ou da classe média e corte nas despesas públicas, sobretudo nas áreas sociais como na saúde, educação e segurança social, sendo depois substituídas por empresas privadas cruelmente lucrativas à custa da saúde, do trabalho e das poupanças das pessoas ou então à custa da caridade que algumas instituições vão fazendo e onde muitos dos seus membros aproveitam para mostrar à sociedade a sua generosidade e piedade para com os mais fracos, a quem muitas vezes não ajudaram em tempo oportuno.
Tudo em nome do "Deus Euro", esse sim, tem de ser salvo, isso já defendeu o primeiro-ministro, o presidente da república e o presidente do PSD,formando todos eles uma equipa coesa na salvação obrigatória do Euro, independentemente de tudo.
Parece que as pessoas não são nada, importante é o Euro, são os mercados, é a artificial União Europeia, são os mercados financeiros, é a especulação financeira, etc. Até parece que se o Euro e os mercados acabassem, acabaria o mundo, morreriam as pessoas, seria o fim do mercado.
O dinheiro existe, porque é uma criação humana e deveria ser, supostamente, para servir as pessoas, nunca o contrário. Afinal, o dinheiro e os mercados só existem porque existem pessoas, se deixasse de haver pessoas, deixaria de haver dinheiro e mercado.
Antes dizia-se: "amai a Deus sobre todas as coisas", depois "ama o próximo como a ti mesmo", agora a máxima é: "ama o Euro acima de tudo", logo vale a pena fazer sacrifícios, esforços inúteis, sofrer, até imular a vida em nome do maldito dinheiro.
Só se fala em salvar o Euro, então e as pessoas Maltrata-se o povo com leis obscenas que não respeitam os mais elementares direitos da pessoa humana; idolatra-se o Euro, contudo blasfema-se a Deus, indepenentemente de ele existir ou não, depende da crença de cada um, deve ser respeitado; dá-se o primeiro lugar ao dinheiro - Euro, mas destrói-se a natureza de onde tudo o que existe ao cimo da Terra veio.
Haja paciência para ouvir pseudo-sábios defender barbaridades destas, as quais não são mais do que a inversão dos valores que deveriam nortear a humanidade.

sábado, 19 de junho de 2010

Cavaco não foi ao funeral de José Saramago

Lamento a modo hostil como o jornal do Vaticano se referiu a Saramago, como sendo um Marxista, um radical, extremista contra à religião, como se os membros da Igreja nunca tivessem cometido "pecados", falhas, injustiças e considerando Saramago um enorme mal para o mundo, logo o melhor foi a morte. Isto revela a incapacidade que os membros da Igreja Católica têm para perdoar e reconhecer o valor das pessoas.
Em Portugal, o Presidente da República decidiu não ir ao funeral de Saramago. Cavaco Silva é um sectário que não representa todos os portugueses, representa-se apenas a si próprio e àqueles que como ele são conservadores, neoliberais e rancorosos para com um dos maiores escritores do mundo actual que não tendo feito nada de mal, segundo eles pecava por ser comunista, ateu, idealista e humanista.
Se Cavaco Silva fosse primeiro-ministro, neste momento, provavelmente, não teríamos dois dias de luto nacional e funeral com honras de Estado, com o argumento que Saramago tinha ofendido os maiores valores religiosos e era um radical político.
Saramago era um escritor e pensador: ele era comunista, mas questionou muitas vezes o próprio partido,;ele não era anti-Deus, mas questionou a Bíblia e a própria Justiça de Deus; ele era português, mas questionou Portugal, o seu povo, os seus dirigentes; ele era humanista, mas questionou o próprio Ser humano e o sentido das suas obras. A morte de Saramago revelou-nos, a sensibilidade de milhares de pessoas que lhe prestaram uma sentida e última homenagem, em segundo lugar, mostrou-nos a hipocrisia daqueles que eram contra ele e que agora vieram lamentar a sua morte, dizendo que ele era um grande escritor, em terceiro lugar, tornou visível o rancor daqueles que como Cavaco nunca perdoaram a Saramago escrever o que escreveu,
principalmente quando nas sua obras reinterpretou a Bíblia.
Apesar de não serem muitos, os poucos que foram ao funeral fizeram-no por convicção, ou porque partilhavam as suas ideias políticas ou porque eram leitores dos seus livros. Emocionou-me ao ver as pessoas a gritarem: Obrigado, Saramago! Tal como me fez soltar as lágrimas ao ver os leitores levantarem os livros que ele escreveu.

Em Portugal é sempre a mesma coisa, desde Camões, Cesário Verde, Eça, Fernando Pessoa, sem esquecer tantos outros génios literários portugueses e agora Saramago, foram ignorados, criticados, colocados em causa e até rejeitados pela maioria da população.
Deixo-vos a todos uma das estrofes do MAIOR texto alguma vez publicado em Portugal, da autoria do poeta maior: Luís de Camões. Ele que há quase quinhentos anos já se queixava dos seus feitos passarem despercebidos e serem ignorados pelo povo.

"Na mais, Musa, no mais, que a Lira tenho
Destemperada a a voz enrouquecida,
E não do canto, mas de ver que venho
Cantar a gente surda e endurecida.
O favor com que mais se acende o engenho
Não no dá a pátria, não, que está metida
No gosto da cobiça e na rudeza
Duma austera, apagada e vil tristeza."

Luís de Camões, Os Lusíadas,Os Lusíadas - Canto X, estrofe 145.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Faleceu José Saramago, outra luz que se apagou, mais trevas em Portugal

Dois dias depois de ter terminado a leitura do último livro de Saramago, Cain, eis que a bombástica e aterradora notícia do escritor surgiu.
Eu julgo que existem pessoas que nunca deveriam morrer, uma delas é José Saramago, porém ele tornar-se-á imortal, por um lado, a sua preciosa obra ser+a sempre recordada, por outro se existir a imortalidade da alma, tal como eu acredito, Saramago viverá para sempre na sua dimensão espiritual.
As polémicas que houve com Saramago foram absurdas, pois qualquer escritor é um criador, um trabalhador da palavra, dando a esta as mais variadas interpretações. Eu julgo que Saramago não pretendeu ofender nem a igreja, nem os políticos, nem os "cegos". Com os seus romances, apenas pretendeu questionar aquilo que para ele estava errado.
Julgo que existe algum cinismo da parte de alguns que em vida o consideraram como "pessoa má, indesejável, sem o devido respeito pelas instituições como a igreja ou a política" e que vêm agora dizer que se perdeu um homem que deu uma importante contribuição para a cultura portuguesa.
Recentemente,faleceram ou afastaram-se da vida activa um conjunto de pessoas valiosas para a cultura e o pensamento em Portugal, tal facto só vem ajudar o empobrecimento da nação, juntando-se ao empobrecimento económico e precipitando ainda mais depressa a falência do país, ou pelo menos da sua identidade cultural, económica e social.
Escritores como Saramago, neste momento, em Portugal não existem e dificilmente existirão, uns porque não têm oportunidade, outros porque não têm capacidade, outros porque, apesar de terem competência, enveredam por outros temas e modelos de escrita.

domingo, 2 de maio de 2010

O Pinhal



CONVITE


o autor, Luís Ferreira, e a Papiro Editora. têm o prazer de convidar V. Exa. a estar presente no pré-lançamento promocional do livro O Pinhal, que terá lugar no dia 21 de Maio de 2010, pelas 21h30 na Bertrand Leiria Shopping, em Leiria.

Se quiser apareça! Será bem vindo/a à apresentação do meu quarto livro.

O livro estará à venda a partir do final de Maio ou de Junho nas principais livrarias de todo o país, incluindo nas lojas das cadeias Fnac e Bertrand.


No século XX, poderia ter havido um pinhal, com um terrno no seu centro, no qual se localizavam duas casas, onde vivia uma família.
Diariamente, aquelas pessoas lutavam não só pela sobrevivência, mas também pela presença da dignidade e pela presença da felicidade nas suas vidas.
As dificuldades, as contrariedades, as incompreensões, a violência doméstica e as barreiras fazim apremanentemente parte daquela família da Região Centro Litoral, a qual poderá ser a representação da luta de muitas famílias portuguesas das últimas décadas.
Ao ler este livro, poderá conhecer ou recordar o modo de vida e a forma de pensar das pessoas nos meios rurais de há vinte, trinta, quarenta ou mais anos e verificar as diferenças ou semelhanças com a actualidade.

Estarei disponível para sessões de apresentação, autógrafos ou puro e simples contacto com os leitores em qualquer ponto de Portugal, desde que seja combinado com alguma antecedência para que se possa acertar dia, hora, local e custos de uma eventual deslocação.
Este livro estará disponível a partir de finais de Maio/Junho em diversas livrarias do país, incluindo as cadeias FNAC e BERTRAND. Eu próprio também irei ter muitos exemplares, pelo que se pretender também poderá encomendar directamente a mim, sendo o custo igual ao das livrarias.
Espero lançar o meu próximo romance no final deste ano ou no início de 1011.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Portugal não evoluiu

Não quero estar a ofender ninguém, nem sequer pretendo generalizar, até porque existem muitas e boas excepções e talvez eu me inclua nos portugueses que não deixaram o passado para trás, mas esta temática deverá ser abordada, principalmente, numa época em que Portugal está perto do abismo ou até da sobrevivência enquanto país. A falta de união nacional talvez nos tenha ajudado a chegar onde chegámos.
Não tenho nada contra às pessoas do mundo rural ou das pequenas vilas e cidades, pois também nasci no campo e, neste momento, vivo numa cidade intermédia, outrora muito ligada à agricultura e à indústria. Até porque não podemos subestimar a importância dessas actividades económicas nos dias que correm.
Com o decorrer dos anos e com os acontecimentos que eu diariamente tenho visto à minha volta, nas várias regiões do país que tenho percorrido, tive de chegar a uma triste, mas inevitável conclusão: Portugal está igual ao que era há vinte, trinta anos atrás.
É certo que agora temos infraestruturas, é verdade que as novas tecnologias de informação e de comunicação invadiram as nossas vidas, também não é mentira que o nível económico da maioria dos cidadãos se elevou, embora actualmente estejamos a assistir a um retrocesso e, muitas vezes, a elevação do nível de ostentação seja em grande parte fictício, na medida em que este resulta de dinheiro obtido de empréstimos bancários, mas o maior problema de Portugal são é a evolução das mentalidades.
Continuamos a repudiar os emigrantes, uns porque têm a pele um pouco mais escura, outros porque trazem o ar sereno do Amazonas, outros porque vieram de países pobres da Europa de Leste e trazem as compras nos sacos de plástico do LDL.
Continuamos a rir-nos e a rejeitar as pessoas gordas, considerando que estas talvez por serem mais volumosas, mais pesadinhas e menos atraentes fisicamente possam não contribuir em nada para o progresso social, atirando-as, dispensando-as e atirando-as para um canto.
Ainda andamos com a ficção de oprimir os homossexuais, tentando impedir-lhes a plena cidadania, nem que seja através da concretização do seu casamento civil, como se nós tivéssemos que lhes impor uma moral, um estilo de vida ou porque nós sejamos responsáveis pelos seus actos.
Julgamos que os pobres e os desempregados são pura e simplesmente dispensáveis da nossa sociedade, porque nada contribuem para o progresso económico do país, classificando-os ainda de parasitas,subsidio-dependentes que se divertem no café e na rua enquanto nós trabalhamos com esforço e sem ver grandes progressos salariais.
Abominamos as pessoas de etnia cigana, por venderem calçado e roupa nas feiras, como se não pudessem ter direito a um negócio ou ainda por viverem em casas camarárias ou por receberem o rendimento social de inserção, afinal um direito legal consignado a qualquer cidadão português.
Ainda consideramos que as pessoas com deficiências têm de estar à margem da sociedade, não tendo o direito de trabalhar por causa da sua deficiência, logo da sua incompetência, como se eles não pudessem ter casa, família, enfim uma vida digna como qualquer outra pessoa.
Podemos não gostar de toda a gente, mas devemos ser tolerantes e devemos respeitar os direitos humanos de qualquer ser humano que habita este planeta, pois a terra não é de ninguém, é de todos e o ser humano é único e insubstituível.
Em 2010, a discriminação, exclusão, racismo, xenofobia, etc. ainda estão mais vincadas devido à crise económica e à grande competitividade a que estamos sujeitos, hoje desapareceu a solidariedade e a compreensão e estamos mesmo a caminhar para uma situação perigosa, próxima do estado animal, na qual vence sempre o mais forte. Ignoramos que todos têm direito a uma oportunidade ou até mais na vida, que todos são pessoas com potencialidades que não devem ser menosprezadas, mas sim aproveitadas e potencializadas.
Este conservadorismo hipócrita, retrogrado e provinciano continua enraizado e vejo com enorme frustração que daqui por vinte anos continuará, dado que os pais continuam a transmitir aos filhos o anti-valor da intolerância para com a diferença.
Eu até me atrevo a perguntar a esses intitulados preconceituosos, mas auto-intitulados iluminados cidadãos bucólicos: e os senhores não possuem fragilidades, diferenças, fracassos? E por que não criticar os corruptos, os oportunistas, os ociosos, os verdadeiros destruidores da nossa sociedade?
É certo que ainda existe alguma diferença entre os grandes centros urbanos e os meios rurais ou as pequenas cidades. Estas atitudes acontecem mais nuns locais do que em outros, também é verdade que existe alguma diferença entre quem tem mais ou menos formação, contudo até nos grandes meios urbanos ou nas elites culturais se assiste a opiniões e comentários que há muito deveriam estar irradicadas da nossa sociedade.
E eu a pensar que o racismo, a intolerância, a xenofobia e a lei do mais forte já estavam há muito irradicadas do nosso Portugal! É por esta e por outras que levam a nossa pátria em direcção a um abismo irreversível.
Só no dia em que terminar a inveja social, em que se pensar na união, no contributo de todos para o bem comum e no respeito pela diferença é que poderemos sonhar com a resolução dos nossos problemas económicos, sociais, culturais, etc. Enquanto reinar um clima de desconfiança, de mesquinhez e de exclusão, Portugal não resolverá os seus graves problemas, mesmo com muitos sacrifícios que possamos fazer fazer.
Uma sociedade evoluída é aquela que tolera a diferença e dá oportunidade a todos e não apenas a alguns, só porque têm dinheiro ou porque são o senhor A, a senhora B. Só com a integração social o sol poderá brilhar para todos.
O futuro não augura nada de auspicioso para ninguém, contudo temos de ter esperança no dia de amanhã, pois de novo o Sol reinará e outro galo cantará.

quinta-feira, 25 de março de 2010

José Gil deu a última aula, mais uma luz que se apagou

Recentemente, a comunicação social deu a triste notícia - José Gil deu a sua última aula -.
Numa altura em que se desvaloriza o pensamento, as artes e humanidades, eis que um dos poucos filósofos e pensadores portugueses e mesmo mundiais terminou a sua vida activa.
Vai fazer falta aos milhares de jovens que necessitam de uma luz que os ilumine para que tomem as decisões certas, readquiram valores de conduta ética e descubram o verdadeiro sentido da vida.
É pena que José Gil apareça tão pouco na televisão e noutros meios de comunicação social, pois são pessoas como ele é que fazem falta e não economistas liberais, políticos e banqueiros que há dez anos nos pregam discursos terroristas e apocalípticos, os quais não melhoram em nada as nossas vida e o progresso de Portugal, antes pelo contrário estão-nos a arrastar para uma situação que se tornará a muito curto prazo insustentável, colocando milhões de seres humanos nas ruas da amargura.
Esses senhores que se julgam sábios nada mais têm do que dinheiro e poder e, apenas pretendem conduzir-nos à escravidão através de medidas de austeridade e da impossibilidade de novas soluções.
Enquanto não se der mais importância ao que dizem os pensadores como José Gil e a outros credenciados e conceituados pensadores, filósofos, professores ou pessoas ligadas às artes e às humanidades não haverá volta, pois apenas essas pessoas é que têm a chave, porque nos apontam outros caminhos em que o Homem é a chave e não o dinheiro e os números.
Não tenhamos ilusões, sem as pessoas nada se faz, por muitas contas que se façam, por bons Planos de Estabilidade e Crescimento que criemos, por muitos escravos que façamos.
Ouçamos, portanto, com mais atenção José Gil e outros pensadores actuais e não nos deixemos intimidar pelos discursos terroristas de economistas e políticos neoliberais ou de banqueiros.
A economia não irá nunca crescer com Planos de Estabilidade e Crescimento como o português, mas pior do que isso, nunca irá crescer se não valorizarmos as pessoas, a cultura e os valores.
Outro aspecto importante é a falta de valores de grande parte da sociedade, sobretudo da juventude. Hoje, grande parte dos jovens não tem hábitos de trabalho, respeito pelos superiores hierárquicos, etc. Ora a curto ou a médio prazo isso irá reflectir-se na economia.
Há, por conseguinte, que valorizar o ser humano, os valores, o trabalho, a responsabilidade, há valorizar os pensadores, a ver arte , ou seja, a literatura, a música, a pintura, etc. de verdade e não sensacionalismos e famas de ocasião.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Tempestade na Madeira

Ao assistir pela televisão e pela Internet à tempestade que assolou, destruiu e matou na ilha da Madeira, vieram-me à mente os três anos que vivi na baixa do Funchal, junto da Ribeira de Santa Luzia. Recordo-me de alguns dias de chuva forte e do barulho ensurdecedor e ameaçador da ribeira. Nesses dias, a minha reacção era ir para cima das pontes (muitas das quais ruiram agora) assistir à fúria das ribeiras, fúria essa que era ignorada pelos madeiresnes, talvez por estarem habituados.
Este cataclismo mostrou-nos o modo como as forças da natureza são brutais e invencíveis.
Esta tragédia obriga-nos de novo a reflectir sobre o sentido da vida, das construções megalómanas e da falta de solidariedade entre as pessoas por causa da sociedade competitiva e sem valores que temos.
No entanto, em momentos como este tudo é posto em causa e é quando tudo pára para se poder recomeçar de novo. É também nestas alturas que podemos ver a solidariedade entre as pessoas, a qual parece ter desaparecido, mas reaparece nestes momentos dolorosos.
Esta tragédia tal como a do Hiti ou no início do ano as inundações no Brasil e outras que se seguirão pode ser, por incrível e macabro que pareça, a salvação da humanidade em relação a uma possível guerra mundial, uma vez que a reconstrução que se seguiria a uma guerra, segue-se após a tragédias desta dimensão.
Muitos poderão ficar chocados comigo, mas a verdade é que o capitalismo internacional, após as crises, inventa, promove e pressiona para que ocorram guerras, para que depois haja reconstrução, logo crescimento económico e revitalização económica e financeira.
Estamos numa sociedade cujos valores são inexistentes e em que quase não existe sentimentos. Já chegámos ao ridículo de ver muitos jovens a rirem-se de imagens sobre o holocausto, porque acreditam nessas novas correntes, segundo as quais o holocausto nunca existiu. Por isso, estas tragédias provocadas pela natureza acabam por repor o equilíbrio e por nos forçar a ser mais humanos, sensíveis e solidários, até porque estes temporais são consequência do aquecimento global e este tem origem única e exclusivamente no factor Homem. Além disso, ciclicamente ocorrem tempestades como a que ocorreu na Madeira ou sismos como o que ocorreu no Hiti, portanto nós homens não somos assim tão omnipotentes, invencíveis e poderosos como muitos de nós julgamos.
Relativamente ao que se passou na Madeira, julgo que com o esforço e a solidariedade de todos os portugueses os madeirenses irão a muito curto prazo regressar à sua vida normal.
Cada povo possui característica boas e más. A maioria dos madeirenses tem uma característica muito boa que é a reacção adversidade. Se assim não fosse, seria difícil sobreviver numa ilha em que a orografia, o isolamento e por vezes o mau tempo dificultam drasticamente a estabilidade e o bem-estar das populações.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Pais em rede é um movimento cívico constituído por pais de pessoas com deficiência e por outros cidadãos. Este movimento foi fundado pela escritora Luísa Beltrão, a actual presidente deste movimento, que conta já com instalações em diversas localidades do país e com um site que, entretanto está em remodelação.
Para já a minha contribuição é divulgar a existência de pais em rede.
É fundamental haver estes movimentos, oriundos da sociedade civil, para sensibilizarem, ajudarem e tentarem alterar o rumo dos acontecimentos relativamente às pessoas com deficiência, sobretudo crianças e jovens.
À semelhança de outros cidadãos com fragilidades ou em estado de pobreza, também as pessoas com deficiência devem ser apoiadas na nossa sociedade e não é por caridade ou por pena, é que eles são seres humanos, logo merecem a dignidade a que têm direito nos domínios da educação, saúde, mobilidade, interacção social na cultura e acesso ao emprego.
Muitas pessoas com deficiências físicas, sensoriais e por vezes até psíquicas podem ter uma vida praticamente normal na idade adulta, porém isso depende daquilo que fizermos por elas quando elas são crianças e jovens e do civismo que a sociedade tiver, por exemplo nas questões da mobilidade, acessibilidade e do emprego.
Um cego, pessoa em cadeira de rodas, surdo, etc. pode perfeitamente viver num apartamento, ter um emprego onde é autónomo e participar na sociedade, no entanto, os, postes, posteletes, etc no meio do passeio, os preconceitos no local de trabalho e o não se valorizar o que eles fazem e pensam, fará com que, por vezes, se estejam a desperdiçar talentos e projectos viáveis para a sociedade, economia, cultura, etc. o que para mim é um crime horrendo proóprio de tempos que já lá vão.
Não se deve esquecer que ao ignorar, dificultar ou até gozar uma pessoa com deficiência, se está a fazer aquilo que, a qualquer momento se pode fazer a essas pessoas que o fazem, pois todos nós somos candidatos a deficientes e, se esse dia chegar, depois ninguém gostará de ser rejeitado, humilhado e colocado à margem da sociedade.
No futuro, sobreviverão não os mais fortes ou os mais competitivos como defendem alguns cientistas e sobretudo os economistas, mas sobreviverão aqueles que forem solidários, respeitadores da natureza e do ser humano.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Dia Histórico

Sei que não o tema mais importante nos tempos de crise económica e social, mas não deixa de ser um tema pertinente.
Foi aprovado hoje na Assembleia da República, a Lei que possibilita o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Eu julgo que foi um grande passo, pois não podemos discriminar uma parte da sociedade portuguesa, só porque pensa diferente, age de forma diferente e vive de outro modo. Temos de respeitar as minorias; temos de deixar o conservadorismo, temos de deixar de marginalizar as minorias, sejam elas quais forem.
O casamento não é mais do que um contrato que pode ser quebrado a qualquer momento. Para muitos esta lei é injusta, porque vulgariza algo que é sagrado. Ora, pura mentira, na medida em que se fala do casamento civil. O Estado não tem que ser confessional, nem pode impedir ninguém de viver com quem quer, onde quer e como quer, restringindo assim os direitos das pessoas.
Quanto aos conservadores que me desculpem, mas é por Portugal ter vivido sempre baseado em princípios pseudo-conservadores, retrógrados e antiquados é que temos imensas pessoas revoltadas, pois os princípios ditos conservadores apenas servem para causar sofrimento a milhões de seres humanos, sobretudo àqueles que pertencem a minorias como é o caso dos homossexuais, pessoas com deficiência, pessoas de raças diferentes, etc.
Lamento até que pessoas que se dizem religiosas, sejam elas católicas, protestantes, muçulmanas ou judeus se enquadrem em grupos de pessoas intolerantes e que mais não estão do que a rejeitar seres humanos, pessoas que são seus irmãos, filhos de Deus e habitantes da mesma mãe, a natureza. Eu próprio pertenço a uma minoria e sempre fui penalizado por isso, incluindo até por muito boa gente da região onde nasci, perto da qual resido e trabalho neste momento. Lamento que em Portugal se tenham de engolir muitos "sapos vivos" por causa dos preconceitos que persistem na mente de muitas pessoas e não é só de agricultores ou operários, também pessoas que deveriam ter outra forma de pensar como advogados, enfermeiros, professores, etc. Não tolero pessoas fundamentalistas, que julgam ser juízes de tudo e de todos e ainda mais abomino pessoas racistas e amigas da discriminação.
Todo o ser humano tem direito a ser feliz e, se errar, ele próprio será responsável por isso, mas nunca o deveremos impedir de nada, apenas se ele infringir as normas sociais, a lei ou a ética profissional ou social.
deveriam ser mais tolerantes e aceitar benignamente a evolução para que quem por qualquer razão pertence a uma minoria não tenha de ser permanentemente estigmatizado, lutando todos os dias pela sua dignidade enquanto pessoa humana. ABAIXO A INDIFERENÇA, O PRECONCEITO E A INJUSTIÇA, VIVA A TOLERÂNCIA E O PROGRESSO SOCIAL.