terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Camões

À semelhança das epopeias clássicas que imortalizaram os feitos dos grandes heróis, da antiguidade clássica, Camões decidiu imortalizar os feitos dos portugueses, representados por Vasco da Gama, que descobriu o caminho marítimo para a Índia.
Se as duas fases de Camões lírico são de realçar. A sua epopeia Os Lusíadas não pode passar despercebida a qualquer português que se prese. Camões teve uma vida complicada, andou na guerra em África e na Índia e em arruaças em Lisboa ao que parece por causa de mulheres, mas se sobre esses factos existe muita controvérsia, o facto é que ele escreveu uma epopeia (certamente ele leu as antigas epopeias, conhecia bem a história de Portugal e é claro leu Petrarca e Dante que influenciaram os seus sonetos) cuja estrutura externa é invariável, estrofes em oitava, decassílabos, versos heróicos, rima cruzada e emparelhada. Além disso no seu conteúdo ele conseguiu iniciar com a proposição, invocação, dedicatória, início da narrativa - in média rés -, o consílio dos deuses, a analepse quando Vasco da Gama contou toda a história ao rei de Melinde, a pedido deste e toda a restante viagem até à Índia.
Construir um poema narrativo, dividido em dez cantos, sempre com a mesma estrutura externa, recheado de figuras de estilo para narrar não só a viagem de Vasco da Gama à Índia, mas também a história de Portugal até então, revelam verdadeira arte e requinte. É por Luís de Camões ter sido um verdadeiro artista da Língua que ele é o poeta maior de Portugal.
Para mim, há pessoas que nunca deveriam ter morrido, pois eram detentoras de um dom excepcional . Poderia dizer muito mais sobre Camões, mas quando leio Os Lusíadas é que eu tenho mais orgulho em ser português. Deixo-vos com as primeiras três estrofes deste magnífico poema, precisamente a PROPOSIÇÃO, quando Camões se propôs cantar os feitos gloriosos dos portugueses.

As armas e os barões assinalados
Que, da Ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca dantes navegados
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram;

e também as memórias gloriosas
Daqueles Reinos que foram dilatando
A fé, o império, e as terras viciosas
Da África e da Ásia andaram devastando,
E aqueles que por obras valerosas
Se vão da lei da morte libertando:
Cantando espalharei por toda a parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e a arte.

Cessem do sábio Grego e do Troiano
As navegações grandes que fizeram;
Cale-se de Alexandro e de Trajano
A fama das vitórias que tiveram;
Que eu canto o peito ilustre Lusitano,
A quem Neptuno e Marte obedeceram.
Cesse tudo o que a musa antiga canta.
Que outro valor mais alto se alevanta.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

A tomada de posse do novo presidente dos E.U.A. rodeou-se de um enorme entusiasmo quer nos Estados Unidos, quer no resto do mundo. Por um lado, eu compreendo dado que a administração Bush foi uma desgraça, duas guerras e por fim uma enorme crise económica devido a uma crise financeira causada pela ganância de alguns magnatas financeiros.
É verdade que Obama parece ter carisma e até tem tido excelentes iniciativas no início do seu mandato como o envio de dois negociadores ao Médio Oriente e o encerramento de Guantanamo.
Eu não escondo alguma pequena simpatia por Obama, devido ao facto de ele ser o primeiro presidente negro dos EUA e por ser Democrata que são mais moderados em relação aos Republicanos que preferem as guerras e o neoliberalismo extremo.
No entanto, ele não passa de um Homem, logo tem defeitos, depois existem imensos grupos poderosos ligados ao capital financeiro que pretendem influenciar a política para daí obter dividendos.
Eu não acredito em políticos, pois na sua maioria são maus, as grandes guerras foram causadas por quem? Pelos políticos ou pelas religiões, mas sob influência dos políticos ou então pelos políticos (chefes) das religiões.
Eles servem-se do Estado para se promoverem e ajudarem os seus amigos e familiares; usam o Estado para e o artifício da lei para oprimir a maioria do povo.
Repito, não sou muito adepto de políticos, mas acompanho e em Outubro irei votar nas legislativas em Portugal para ver se alguma coisa muda, mas à política prefiro a literatura. No entanto, os políticos até dão umas personagens muito interessantes nos meus livros, só que por vezes, não são personagens muito bem tratadas.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Guerra

Mais uma vez, Israel pratica terrorismo de estado perante os palestinianos. Infelizmente já não é a primeira vez, a pretexto de alguns grupos terroristas que bombardeiam algumas povoações israelitas, o que obviamente é lamentável, Israel invade, bombardeia, destrói, humilha, etc. ciclicamente os seus povos vizinhos que sempre ali viveram ao contrário do povo israelita, estado criado artificialmente apenas em 1948. Todos aquele território devia ser o país - Palestina -, ou então dois estados soberanos, que se respeitassem mutuamente, Israel e Palestina.
Além disso, é de lamentar a parcialidade dos Estados Unidos e da maioria dos países europeus que assumem uma posição pró-israelita.
Depois temos as velhas teorias religiosas, que o povo judeu é daquela região, que na Bíblia se fala mais de setecentos vezes em Jerusalém, etc. Tal como os Israelitas, também os palestinianos e outros povos árabes já foram no passado judeus e mesmo cristãos, depois os argumentos religiosos nunca devem ser chamdos para justificar guerras, finalmente a Bíblia deve ser lida e interpretada e nunca fazer uma leitura literal, tudo o que está naBíblia passou-se naquela região e como na altura se conhecia muito pouco do resto do mundo, obviamente que Jerusalém era a grande cidade e Israel a terra prometida, mas talvez não fosse só para o povo judeu, pois povos sem pátria na altura havia muitos, só que naquela região era o povo judeu que não tinha pátria.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Il Divo

Il divo é uma banda musical diferente, adopta algumas melodias da música ligeira e mesmo da música religiosa, dnado-lhes uma nova sonoridade, sobretudo no que se refere ao canto. Não se trata de música clássica ou de ópera tal e qual as conhecemos, é uma mistura entre esses estilos e novas sonoridades.
As letras das músicas têm uma inspiração cristã e/ou referem-se a sentimentos como o amor.
A principal característica que diferencia este grupo musical da esmagadora maioria dos que por aí andam é a interpretação vocal que os seus elementos imprimem e o consequente efeito sonoro que isso nos proporciona. É verdadeira arte, arte musical. Arte de trabalhar a voz, mas que nem todos temos essa possibilidade ou conseguimos cantar daquela forma.
Nem todas as pessoas poderão apreciar daquelas músicas, mas se forem a um concerto ou ouvirem um CD ouvindo atentamente, a opinião relativamente àquele estilo musical poderá mudar radicalmente.
Este grupo constituído por quatro homens,um suiço, outro francês, outro espanhol e um norte-americano, começou a trabalhar à cerca de três anos, já tem dois CD.s - Siempre e The Promise - estando a preparar uma série de concertos a partir da próxima Primavera, um dos quais no Pavilhão Atlântico no próximo dia seis de Abril pelas vinte horas. É na semana da Pascoa. Espero também puder lá estar.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

A rotina mantêm-se, terminou mais um ano e começou outro.
2008 foi um ano difícil não só em Portugal, mas um pouco por todo o mundo com conflitos; especulação do preço das matérias-primas, seguida de uma forte desvalorização das mesmas; crise financeira, a qual precipitou uma crise económica.
No nosso país, nós vivemos uma enorme permanentemente em crise desde 2002, pelo que para mim, não me espanta que essa crise continuará em 2009 e nos anos seguintes, aliás dúvido que alguma vez mais recuperemos da crise.
Apesar da situação não ser fácil, temos de ter sempre esperança, pois 2009 pode não ser assim tão mau, porque esperamos um ano péssimo, mas se ele for menos mau do que aquilo que pensamos, então até foi um bom ano.
Este até pode ser um ano de oportunidades e de mudanças, basta que as coisas não corram assim tão mal e que nós também queiramos, na medida em que não podemos estar sempre à espera dos outros para mudar de vida, esta máxima já muito antiga serve para a nossa vida pessoal e para a vida social.
Pessoalmente espero algumas mudanças em 2009 e é por elas que irei lutar. Uma das principais ambições é continuar a escrever e a publicar livros. Espero concluir um livro que já está a mais de meio e escrever mais um ou dois romances.
Na próxima Primavera, espero publicar o meu terceiro livro que será de contos e lá para o fim do ano, se possível o meu quarto livro que será o meu primeiro romance.
A todos quantos visitarem este blogue regularmente ou ocasionalmente, desejo um óptimo 2009.