terça-feira, 5 de julho de 2011

Portugal não é lixo

A decisão de uma agência financeira em colocar Portugal na categoria de lixo, alegando que o país não irá conseguir pagar as suas dívidas, não tem em conta aquilo que a União Europeia e o governo Português têm feito para implementar o plano de austeridade em clara obediência aos mercados financeiros.
Eu julgo que é tudo combinado lá entre os senhores das agências e dos mercados financeiros internacionais ou melhor dizendo pelos capitalistas especuladores que continuam a mostrar a sua frieza, crueldade e insensibilidade perante as multidões de pessoas que todos os dias trabalham e sofrem para enviar o dinheiro para essa corja de salteadores da dignidade humana.
Quem são esses senhores que agora apareceram para nos impor as suas regras. Antes de eles brilharem, já a Grecia tinha sido o berço da democracia e da filosofia. Antes deles aparecerem já Portugal tinha sido o pioneiro na espansão marítima e na globaliação, por isso, esses senhores que respeitem mais quem tem atrás de si uma longa história.
Para mim, agências finaceiras não passam de lixo mal cheiroso que só serve para nos ir retirando dias de vida e a qualidade de vida a que cada ser humano tem direito.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Copiar nos exames e trabalhos

O recente escândalo dos alunos candidatos à magistratura que copiaram nos exames veio alertar o país para uma realidade muito comum nas escolas e universidades portuguesas.
Infelizmente, a maioria dos nossos jovens assume como natural, normal e bom copiar nos exames e nos testes ou mesmo nos trabalhos.
Ainda agora há dias na rua vi uma adolescente de doze ou treze anos a dizer ao telemóvel que só tinha copiado uma questão.
Já tive problemas com alunos e pais, por ter anulado testes ou por ter dito que alguns estudantes copiavam. Ainda no ano passado tive uma plateia de pais contra mim por eu ter feito queixa dos seus filhos que se portavam mal nas aulas e copiavam nos testes, mesmo com mais um colega meu na sala.
É uma vergonha, é falta de ética e não se julgue que é só nas escolas, no ensino superior é a mesma vergonha. Nas licenciaturas e nos mestrados não é raro ver estudantes a copiar integralmente trabalhos ou os livros dos autores sem quee depois os refiram. Quando nos exames alguns são apanhados e são penalizados ainda se revoltam.
Já fram três dissertações de doutoramento que recorreram ao plágio, uma em Braga, outra no Brasil e outra na Alemanha de um ministro que depois se teve de demitir.
Tudo tem a ver com a falta de valores, com o facilitismo, o desenrascanso, o querer passar por cima de tudo e de todos para alcançar o topo, enfim é o mundo que temos. Em Portugal, até já tivemos um primeir-ministro que terminou uma licenciatura ao domingo!
Espero que as coisas comecem a mudar e que o que aí vem: a catástrofe económica e uma nova aposta no mérito e no trabalho ensinem de novo as pessoas a readquirirem valores, comportamentos e bonsensos.