sábado, 26 de dezembro de 2009

2010

Depois de um Natal que para muitos portugueses foi triste e atribulado, eis que está a bater à porta mais um ano - 2010.
Para mim, o ano que agora termina, 2009, foi globalmente positivo, consegui realizar os meus principais projectos não só a nível literário, mas também na profissão que exerço.
Em 2010, espero manter a saúde e a vida. Em termos profissionais, já seria muito bom se tudo se mantivesse mais ou menos como está neste momento. Do ponto de vista literário, o ano que aí vem, poderá ser melhor que o actual, na medida em que, já no início, até Março, na pior das hipóteses irei lançar o meu próximo livro, um romance intitulado O Pinhal , esperando conseguirando ainda publicar antes do final do ano o meu próximo romance.
A todos os leitores ocasionais ou não deste blog, desejo um feliz 2010 com a realização dos desejos que mais ambiciona e muita saúde, trabalho e alegria.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

A mentira da educação

Peço desculpa às pessoas mais sensíveis a este tema, mas quando eu disse o que disse sobre a educação não foi de ânimo leve, até porque eu tenho estado ligado ao ensino nos últimos anos e não ganho nada em condenar a educação em Portugal. Também não quis dizer que em Portugal todas as crianças ou jovens são maus, aliás neste ano lectivo estou a leccionar várias turmas e à excepção de uma, não considero os meus alunos maleducados, sinto-me portanto um privilegiado, neste momento, em relação a colegas meus.
Acho é inadmissível que se queira desculpabilizar sempre os alunos, pelo seu mau comportamento e/ou falta de aproveitamento, culpando em simultâneo os professores por tudo e por nada, culpabilização essa que por vezes surge da parte dos responsáveis pela educação e até por parte de alguns professores. E qual o castigo para os docentes? A avaliação e o estatuto, para já não falar dos horários de trabalho.
Depois ainda têm surgido economistas, deputados, jornalistas, governantes etc. a criticar ferozmente os docentes, até porque isso, tem estado na moda e é muito popular. Qualquer dia nem sei quem quer ser professor em Portugal, uma vez que já pouco falta para os docentes serem vistos como bandidos.
Com tudo o que se tem dito dos docentes portugueses, até parece que os professores portugueses são os piores do mundo, sendo por conseguinte os culpados da baixa qualificação da generalidade dos portugueses e já agora da crise económica e orçamental que o país tem estado a passar. Esquecem que o pouco interesse das crianças, jovens e adultos pela escola não passa de uma questão cultural. Esquecem que se não houvesse professores ninguém saberia ler, escrever, contar, pensar, etc. Os senhores que criticam odiosamente os docentes esquecem que se não fossem eles, os professores piores do mundo, segundo alguns "os inúteis mais bem pagos do país"; "aqueles que são privilegiados"; os que têm cinco meses de férias", esses senhores críticos não seriam políticos, empresários, economistas, jornalistas, escritores, etc.
Alguém pode considerar privilégio uma docente mãe ser penalizada na carreira por ter filhos ou por ficar em casa a cuidar das doenças dos filhos? Alguém pode atrever-se a considerar privilégio um professor ser penalizado por ter faltado quatro ou cinco dias devido ao luto por um familiar directo? Alguém pode considerar privilégio um professor ter de passar doze e treze horas numa escola em vez de estar algum desse tempo em casa a preparar as aulas e os testes? Só quem não goza de bomsenso não me pode dar razão.
Por causa dos docentes serem tratados como são é que muitos têm abandonado o ensino. Só na escola onde lecciono actualmente, em espaço de um ano foram três jovens professoras contratadas que abandonaram o ensino com grande prejuízo para os alunos. Aquelas três docentes eram pessoas muito educadas não estando, por isso, para se submeter à indisciplina intolerável dos seus alunos. Dá que pensar, sobretudo numa época de crise e com tanto desemprego.
Muitos perguntarão legitimamente: então e o que propõe?
Sem prometer resolver tudo, haveria muitas medidas que poderiam melhorar a qualidade do ensino:
1. A redução do horário dos alunos, sobretudo no terceiro ciclo, para que eles tivessem mais tempo livre até para se poderem dedicar às disciplinas mais importantes, praticar desporto, libertando assim energias que estão acumuladas e, que muitas vezes são gastas dentro da sala de aula.
2. Punir os alunos que não cumpram sistematicamente as regras das escolas, das salas de aula ou que desrespeitem os professores, forçando-os a prestar trabalho comunitário - de acordo com as suas possibilidades físicas e idade - em instituições de solidariedade social que apoiem crianças, idosos, deficientes e pessoas desfavorecidas.
3. Os pais devem prestar mais atenção ao percurso escolar dos seus filhos, ouvindo os professores (directores de turma) e, revistando mochilas, vigiando as imediações das escolas para saber o que se passa junto às escolas, etc.
4. Aos políticos, psicólogos, sociólogos, comentadores, escritores, etc. que vêm para a televisão, rádio, internet e jornais dar a sua opinião, muitas vezes infundada sobre a escola, defendendo os alunos e denegrindo os professore, peço-lhes encarecidamente que reflictam na sociedade que estão a criar. É que um dia destes são as crianças e os jovens que mandam em todos nós e quando isso acontecer é que todos irão ver a crueldade, agressividade e a falta de valores que muitos adolescentes e jovens têm.
É evidente que os pais em casa e os professores na escola é que mandam, independentemente de ser bem ou mal, por isso, há que reforçar a autoridade dos professores na escola e melhorar a imagem do docente na sociedade, tão posta em causa nos últimos anos e, que está a levar ao abandono da profissão por parte de milhares de profissionais experientes e dedicados.
Peço desculpa aos adolescentes e jovens que ainda são íntegros, alguns dos quais são ou foram meus alunos, mas a impunidade para com aqueles que não cumprem as regras de convivência social, escolar ou familiar não pode continuar eternamente, porque caso não não se haja um dia destes teremos a barbárie, a desumanidade, a lei do mais forte. Tem de haver justiça. É verdade que todos têm direito a uma oportunidade, contudo se em vez de a aproveitarem a rejeitarem, poderão não ter direito a uma segunda.

A mentira da educação

Pode parecer populismo, insensatez ou indelicadeza da minha parte, mas não é, na medida em que o que se passa actualmente nas escolas e universidades portuguesas é muito grave e, se nada se fizer, poderá tornar-se insuportável.
Recentemente, o Dr. Medina Carreira disse durante uma turtúlia que decorreu no casino da Figueira da Foz que a educação em Portugal é uma mentira. Eu não sou um fervoroso adepto de tudo o que diz o Dr. Medina Carreira, mas não deixo de lhe dar razão em muitos aspectos, julgo até que ele é dos únicos pensadores portugueses.
Portugal tem um grande défice de literacia, tendo também elevados níveis de abandono e insucesso escolar.
No entanto, o que eu ouço da boca dos governantes,pedagogos, confederação de pais, etc é: computadores magalhães, avaliação de professores, quadros interactivos, evitar as reprovações, etc. isto é, um ensino facilitista para os alunos, mas dificílimo para quem é professor ou funcionário de uma escola.
De facto, ninguém fala na indisciplina, este sim o grande problema das escolas, tal como eu já digo no meu livro - Os doze rapazes.
Enquanto não se assumir este problema e não se fizer nada para o combater, tudo irá piorar. Ptaticamente todos os professores do ensino básico têm indisciplina, só que muitos não o assumem e outros dizem que com eles os alunos portam-se bem. Estamos numa época em que existe falta de valores e, para agravar ainda vêm os governantes, adjuvantes govenramentais e pedagogos falar nos direitos dos alunos e dos jovens, o que faz com que muitos deles, com poucos valores e até mal-formados e mal-educados não respeitem os docentes nas escolas e se limitem a ridicularizar sempre que vêem uma pessoa com deficiência, um idoso ou alguém diferente.
A educação e a transmissão de valores deve ser dada em primeiro lugar pelas famílias, uma vez que os docentes são profissionais de ensino, não podendo. por isso, substituir os pais, avós etc.
Além disso, não é fechar os alunos sete e oito horas dentro de uma sala de aula que resolve, isso é populismo para tentar obtrer votos, pois isso serve apenas para demonstrar aos pais que os seus filhos estão ocupados. Os jovens e as crianças também precisam de correr, falar, brncar, conviver, etc e se não lhe dão essa oportunidade nos momentos e locais certos - mesmo nas escolas - recreio, salss de convívio, etc. tentarão fazê-lo nas aulas, porque estão numa idade em que eles precisam de libertar energias.
A primeira função da escola é a aprendizagem de conteúdos de vária ordem, devendo ainda ser um lugar de alegria, de cultura e de respeito e não um lugar onde impera a indisciplina, onde os pais e governantes e a sociedade em geral depositam as crianças e os jovens, desresponsabilizando-se deles e forçando os educadores, docentes e funcionários de acção educativa a desempenharem o papel de pais, psicólogos, assistentes sociais, polícias, juízes, etc. Já quase ninguém fala em aprender, em formar bons cidadãos, com conhecimentos em todas as áreas, interessa é ocupar o tempo das crianças e dos jovens e contribuir para as boas estatísticas aprovando todos os alunos, independentemente deles terem adquirido muitos, poucos ou nenhuns conhecimentos.

domingo, 8 de novembro de 2009

Os meus livros

Uma vez que sou autor de três pequenos livros, mas praticamente muitas pessoas o desconhecem e tendo em conta que nem todas as livrarias do país possuem os meus livros, decidi, novamente, falar das minhas obras já publicadas.

A vida e os horizontes da mudança - livro com treze contos, cujas temáticas sâo: a natureza, a busca do bem-estar, as viagens, entre outras.

Os doze rapazes - até agora a minha obra mais lida. Trata-se de uma novela que fala de um professor que sofreu por causa de ir trabalhar para longe, tendo sido posteriormente incompreendido pelo presidente do conselho executivo e pela população, para além da indisciplina dos alunos. É uma novela que serve de reflexão sobre a escola actual em Portugal, a indisciplina, as perseguições, a avaliação, o horário dos professores, isto é, uma história que nos pode ajudar a perceber se vale ou ñão a pena ser docente em Portugal. É pura ficção, mas até parece verdade.

Henrique Bexiga e outros contos - é um livro com sete contos, os quais se debruçam essencialmente sobre a temática do abuso de poder, aflorando ainda temas como o desemprego e o sobreendividamento.

Todos estes livros estão à venda na livraria Leitura no Porto e em Viseu, livraria Americana em Leiria e Marinha Grande, Livraria Portugal em Lisboa (Rua do Carmo), Livraria Apolo70 no Campo Pequeno em Lisboa, Livraria Infante no Marina Shopping (Funchal), entre outras livrarias que vendem um, dois ou os três livros, que estão tamhbém à venda no site da editora ecopy para todo o mundo:
http://ecopy.maclafa.pt e pelo e-mail edicoes.ecopy@macalfa.pt
Também tenho alguns exemplares disponíveis para venda, passo factura dos exemplares vendidos.

Em 2010 irá sair o meu primeiro romance, a data exacta e a sessão de lançamento serão oportunamente anunciadas. Ainda em 2010 espero que saia o meu segundo romance.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Compre o que é nosso

Numa altura de crise em que as falências e o desemprego são notícia obrigatória nos meios de comunicação social e no dia-a-dia das conversas de café ou de rua, o melhor que se poderá pedir a todos os portugueses é mais um esforço. - Compre o que é nosso.
Em Portugal produz-se calçado de qualidade, têxteis, vinho, azeite, fruta legumes e mesmo alguma tecnologia, então porque não adquirir o que pertence a todos nós, pelo menos é propriedade de empresários portugueses, produzido por trabalhadores portugueses, transportado e vendido por portugueses.
Se produzimos bens ou serviços, incluindo o turismo, de qualidade, porque não os consumimos nós, ainda que isso implique mais alguns euros de gasto ao fim do ano.
Pessoalmente, nada tenho contra aos produtos estrangeiros, aliás até consumo alguns, mas se houver opção de escolha, sendo a qualidade igual e não diferindo muito no preço, prefiro comprar o que é nosso. É que ao comprarmos o que é de outros países estamos a enriquecer esses países e a empobrecer Portugal, porque é dinheiro que sai de cá e estamos a contribuir para o aumento do desemprego e do encerramento das poucas empresas que temos.
A exportação é importante, mas não resolve os nossos problemas todos, além disso se a Alemanha, Inglaterra, Espanha, China, Índia, etc. inundam o nosso mercado com os produtos deles, tendo por objectivo vender o máximo em Portugal. Eu não acredito que eles nos queiram ajudar, comprando o que é nosso, andamos sim é a trabalhar para o bem deles.
Qualquer código de barras, cujos três últimos dígitos são o 560, é produto nacional, por isso, devemos dar-lhe prioridade na compra, ainda mais agora que se aproxima o Natal e o fim do ano.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

José Saramago

A propósito do seu último Cain e das afirmações sobre a Bíblia e Deus feitas por este escritor português, talvez o melhor ou seguranmente dos melhores de sempre, sou um dos muitos que lamento a forma como alguns membros da Igeja Católica comentaram as afirmações do escriotr.
Em Portugal, muita gente suporta mal a ideia, que para mim não passa de um preconceito, segundo a qual José Saramago é um escritor famoso, mas ateu e comunista. Para mim não vem daí mal ao mundo, aliás até o admiro, pela sua coragem de dizer frontalmente o que pensa.
Não partilho das ideias de José Saramgao, até porque sou politicamente independente e acredito em Deus, mas sou dos primeiros a reconhecer que na Bíblia nem tudo é bom, pois as catástrofes, os castigos de Deus, os insestos, as guerras e o sofrimento adornam grande parte do antigo testamento.
Além disso, a Bíblia não pode ser lida à letra, isto é, não se pode fazer uma leitura literal, na Bíblia existem muitas figuras de estilo, parábolas, lenadas, etc.
Finalmente, muitos dos que criticam Saramago pelas suas opiniões nem sequer leram este ou os romances anteriores dele que não passam de ficção, logo literatura, algo de irreal e de inventado, por isso, não percebo o nervosismo dos clérigos e de muitos dos seus seguidores.
Lamento que pessoas com responsabilidades públicas como a de um eurodeputado do PSD afirmem que Saramago deveria renunciar à nacionalidade portuguesa. Existe muito boa gente que é contra à liberdade de expressão, como este caso que referi, para quem escritores só poderiam ser meia-dúzia de iluminados da praça pública, os quais se limitariam a escre3ver obras literárias ou não onde falassem de Deus, flores, amores e desamores, casas, bancos, bolsas de valores, carros, dinheiro, economia e a melhor forma de torturar os outros, obrigando-os a trabalhar sem tréguas, auferindo pouco ou nada.
Felizmente que existe coragem de alguns, poucos cidadãos, que como Saramago não temem as consequências futuras por causa daquilo que dizem no presente.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

O Tesouro

O Tesouro é um dos contos de Eça de Queiroz.
Em Medranhos havia três irmãos fidalgos, mas que eram os mais famintos e remendados, ou seja, os mais falidos do Reino das Astúrias. Eis que num domingo de Primavera pela manhã enquanto caçavam na mata de Roquelanes, quando inesperadamente descobrem um cofre de ferro com três chaves em três fechaduras.
A decadência económica e a degradação moral não permitiu a partilha daquele bem pelos três fidalgos, surgindo logo a cobiça, a ganância, o desejo de ficar com o tesouro todo só para si.
O que acontecerá aquelas três personagens? Será que alguma é excepção aqueles sentimentos tão primários para qualquer ser humano. Para quem ler o conto, rapidamente se aperceberá do desenlace trágico do mesmo.

domingo, 4 de outubro de 2009

Eleições

Uma semana após a queda da ditadura da maioria absoluta do PS que tanto mal fez ao país e a tantos portugueses, apraz-me os resultados:
1- O PS já não tem maioria absoluta tal como ambicionava para continuar a sua arrogância e prepotência perante a oposição e sobretudo perante o povo trabalhador de Portugal, desde os agricultores aos professores;
2 - Agora o governo é obrigado a negociar lei a lei, orçamento a orçamento com os partidos da oposição, sejam eles quais forem;
3 - Determinadas leis como a avaliação dos professores, a da indexação das reformas à taxa de inflação, etc. poderão ser revistas em sede parlamentar;
4 - Os professores, os maiores prejudicados pela governação anterior, poderão finalmente assistir a mudanças positivas não só na sua carreira profissional como também no funcionamento das escolas. Já na legislatura que agora finda os projectos-de-lei que previam a suspensão da avaliação de professores e a substituição do modelo de avaliação foram rejeitados por pouco: o do Bloco de Esquerda só não passou por um voto e o do CDS só não passou por dois votos;
5 - Os governos, sejam eles de que partido forem, mas sobretudo os do PS, não podem mais ignorar, prejudicar e até ridicularizar uma ou mais classes profissionais. Afinal, ninguém gosta de ser maltratado e depois ir de novo fazer o favor de apoiar quem o maltratou e pretende continuar a fazê-lo.
Agora sim, apetece-me dizer: viva a democracia, viva Portugal que acabou de dar uma lição de democracia aos políticos.

sábado, 12 de setembro de 2009

Patrocínios

Como é do conhecimento, sobretudo de quem lê este blogue ou a minha pequena página, eun tenho já três livros editados, dois de contos e uma novela.
Recentemente, terminei um romance e estou já a mais de meio de mais um livro.
Quer a editora Ecopy, com quem tenho trabalhado, quer outras com quem posso vir a trabalhar aceitam patrocínios de empresas, fundações autarquias ou pessoas em nome individual.
Os custos de um patrocínio dependem das editoras e dos livros, podem ser, quinhentos, mil, dois mil euros.
Qual a vantagem dos patrocínios?
O autor terá maior visibilidade junto das pessoas, logo poderá vender mais livros, o que evidentemente é óptimo.
Para os patrocinadores existem mais vantagens:
1. - benefícios fiscais em sede de IRS ou de IRC;
2. - publicidade no livro à(s) entidade(s) patrocinadoras;
3. - uma determinada quantidade de livros, mas depende da editora e do valor do patrocínio, quantidade essa que a entidade pode oferecer ou até vender, recuperando assim o valor ou parte do valor do patrocínio.
Aceito patrocínios de qualquer entidade, excepto se esta exercer
actividades que vão contra aos meus princípios como a venda de armas, o tráfico de pessoas ou bens, o branqueamento de capitais, a evasão fiscal, ou a prática de actos terroristas.

domingo, 6 de setembro de 2009

Promontório da Lua de Alice Vieira

Num quintal de Cascais, tendo em fente o mar e ao fundo o Promontório da Lua, actualmente conhecido por Cabo da Roca, existia uma palmeira centenária com vinte e três metros de altura. Antes de ser cortada para dar lugar à passagem de uma estrada, em 1939, ela narrou toda a sua história.
Segundo a lenda junto dela, D. Afonso Henriques combinou com os cruzados a conquista de Lisboa aos Mouros.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Kissange

Chama-se Cristina Sant'Ana Costa, nasceu em Angola onde passou a sua infância e adolescência.
A beleza das paisagens angolanas parece ter inspirado esta poetisa ao longo de toda a sua obra literária, a qual tem sempre como cenário Angola.
Ainda durante os seus tempos de estudante no Liceu Gabela, ela publicou poesia em vários jornais e revistas
Em 1999 publicou o seu livro de poesia "Murmúrios do Búzio" e em 2001 publicou "Na origem profunda do meu ser", ambos esgotaram as respectivas primeiras edições. Em 2003 publicou "Kissange".
É plurifacetada nas actividades, cursos e gostos.
Estudou Medicina, tem o curso de Gestão Internacional de Negócios e Top Management. Colaborou em diversos órgãos de imprensa.
Ao escrever expresa a sua sensibilidade e um olhar atento ao que a circunda. Kissange é um reportório de recordações da sua Terra Natal.
Kissange é o nome de um instrumento musical, adoptado por todas as tribos angolanas. É constituída por caixa de ressonância e palhetas metálicas.

Kissange

Ritmo vibtrante
que nasce inebriante
acordando a noite...
Sem feiticeiros,
saltos,
despidos,
dispersos...
irrompem na cadência
da África misteriosa...
Kissange sem disfarce,
nu, doce e ardente,
mistura de carícia
em plácida harmonia...

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Entre o Sono e o Sonho

Entre o Sono e o Sonho - é o segundo volume da antologia de poesia contemporânea, editada pela Chiado Editora, uma editora jovem, mas que se tem transformado numa empresa de referência a nível nacional, no campo da edição.
Tal como o I volume desta antologia poética, o objectivo desta segunda é revelar a poesia de pessoas anónimas, muitas das quais com enorme talento para a poesia, mas a quem até agora nunca foram dadas possibilidades de revelar a sua criatividade poética.
Estas edições contam com a colaboração do Portal de Lisboa, cujos contactos são:

Telefone: 217266394

Fax: 217266396

correio.portallisboa@gmail.com

É uma oportunidade excelente para, a muito baixo custo e sem grandes preocupações poder editar os seus poemas que há muito estão na gaveta.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Café Martinho da Arcada

Em plena Baixa de Lisboa, na rua da Alfândega, desde 1782, que o café Martim da Arcada tem sido palco de encontros culturais, turtúlias, etc. foi lá que Fernando Pessoa escreveu, possivelmente muitos dos bonitos poemas do seu hortónimo e dos seus hecterónimos. Lugar de passagem de muitos turistas, lisboetas e intelectuais portugueses e estrangeiros.
A câmara municipal de Lisboa, alterou os seus planos de trânsito, facto que levou a passarem cerca de 150 autocarros por hora junto àquele café, obrigando as pessoas a fugierem da esplanada e poluindo fortemente aquele local. Este facto, levou à diminuição de clientes, logo a prejuízos elevadíssimos daquele estabelecimento, ao ponto de o seu proprietário ponderar já o seu encerramento até ao fim do ano.
No Porto a câmara aprovou a privatização, com os votos favoráveis do PS, PSD e CDS, do Pavilhão Rosa Mota e do Palácio de Cristal, sendo estes espaços ocupados no futuro por empreendimentos turísticos.
Agora fala-se na privatização da mata que circunda o estádio nacional. Aquele espaço que é público, portanto de todos nós, passará a ser um campo de golfe, logo só de alguns.
De facto estes políticos que nos governam, sejam eles do governo ou das câmaras não têm princípios de ética e de dever público, são uns autênticos vendilhões do templo, ao aniquilarem o património público ou privado que tem como características o facto de ser património histórico, cultural ou natural. Para mim qualquer governo ou autarquia, independentemente da sua cor, que não respeite as pessoas, a natureza ou o património histórico, cultural ou natural, os quais fazem parte da soberania nacional, não serve, devendo ser substituídos logo que for possível.
Estamos a atravessar uma fase em que os governos e parte das autarquias são demasiado materialistas, preocupando-se apenas com as estatísticas, o crescimento dos grandes grupos económicos, com as obras de alcatrão e cimento armado e com o dinheiro e nada com as pessoas, o seu bem-estar e o seu modo de vida.
Deveríamos reflectir sobre isto, dado que no futuro as consequências desta forma de governar no presente serão catastróficas.
É por isso, que deveríamos apostar nos pensadores, não do dinheiro, pois para isso temos todos os dias os banqueiros e os economistas liberais na televisão, mas sim em pensadores do Homem.

sábado, 4 de julho de 2009

Campanha Eleitoral

Pedindo desde já desculpa por esta entrada, mas em breve voltarei aos livros e a falar de cultura. Sou um cidadão português que me interesso, pelo menos por enquanto com o futuro da nação, pelo que tomei a liberdade de digitalizar a mensagem que se segue:
Não pertenço a nenhum partido político, porém tenho as minhas preferências e assumo-me como um homem de esquerda socialista, mas sem ter nada a ver com o PS. Não pretendo participar na campanha eleitoral, no entanto fui um dos milhões de portugueses prejudicados por este governo que se limitou a salvar bancos e a apoiar grandes grupos económicos. Além disso, amigos meus pediram-me para divulgar o que se segue abaixo.
Apenas duas notas:
1. Não sou dono do voto de ninguém, mas aconselho o voto à esquerda do PS, eles nunca lá estiveram e pelo menos não defendem a privatização de tudo e o fim da função pública e das regras laborais.
2. A mensagem que se segue não deve ser só para os funcionários públicos, de facto muito atingidos, mas também para os funcionários das empresas privadas, agricultores, pequenos e médios empresários, comerciantes, artistas, desempregados, pessoas com deficiência, entre tantos outros atingidos. Vamos mostrar a estes que se dizem governar-nos e que se intitulam de socialistas, mas que estão de má fé para com as pessoas, estando sempre a legislar no sentido de nos prejudicar em como somos inteligentes e capazes de lhes dar uma lição de democracia.

A mensagem que me enviaram foi esta:
FUNCIONÁRIOS PUBLICOS e PSP - O TEU FUTURO SÓDEPENDE DE TI - LEI 12-A



O TEU FUTURO SÓ DEPENDE DE TI.

... assim chegará aos 700 000 funcionários públicos, que deixaram de o ser desde 1 de Janeiro de 2009 com a Lei 12-A.


Sr. Primeiro Ministro

É verdade, se o PS não tivesse a maioria, o Governo nunca teria tido a coragem de insultar publicamente os funcionários públicos, de fazer tudo para colocar a população contra nós, de alterar os direitos adquiridos para a aposentação, nem de aprovar o novo regime de Vínculos Carreiras e Remunerações que acaba com as carreiras, as garantias que tínhamos e os direitos adquiridos que tínhamos, que é um insulto a quem presta tão nobre serviço à Nação.
Não tinha procedido a despedimentos, para de seguida contratar novos colegas, com quem simpatiza mais.
Não tinha criado o SIADAP desta forma, para promover e contemplar quem dá graxa aos chefes, e impedido a carreira a quase todos os funcionários. Não chega uma vida inteira para chegar ao meio da carreira em muitas situações.
Não tinha criado um sistema de escolha dos dirigentes que fazem o que lhe interessa, podendo até serem de fora do sistema, acabando com os concursos e com as oportunidades para os que são já funcionários públicos experientes e reconhecidos.

NÃO TINHA DESTRUÍDO A FUNÇÃO PUBLICA, DEIXANDO O VAZIO, POIS ATÉ NEM SABE O QUE É, ESTA NOBRE FUNÇÃO DE SERVIR TODOS, INDEPENDENTE DAS RAÇAS, SITUAÇÃO SOCIAL E ASCENDÊNCIA FAMILIAR

As maiorias só favorecem os poderosos, as classes trabalhadoras que produzem riqueza saem sempre a perder. É fácil para quem tem vencimentos chorudos vir à televisão pedir para que apertemos o cinto.

Chegou o momento de ajustar contas com o PS. Se este partido tivesse menos de 1% dos votos expressos nas últimas eleições, não teria a maioria e nunca teria tido a coragem de promover todas estas enormes afrontas . Somos 700 000, o equivalente a 14% dos votos nacionais expressos. Se nas próximas eleições, que são dentro de 5 meses, grande parte dos funcionários votarem em massa em todos os partidos excepto no PS, este partido não só não terá mais a maioria mas perderá as próximas eleições e será a oportunidade soberana de devolver ao Sr. Sócrates as amêndoas amargas que ofereceu aos funcionários públicos.
Colegas, quem foi capaz de aguentar a perseguição, a desmotivação, a perda de horizontes para a sua vida, sentir que pode ser despedido a qualquer momento com os mapas anuais de pessoal, também consegue nas próximas legislativas dirigir-se à sua assembleia de voto e votar a derrota do PS.
Em Portugal há partidos para todos os gostos, quer à direita quer à esquerda do PS, é só escolher; maiorias nunca mais. Os funcionários públicos, para além de terem a capacidade de retirarem a maioria ao PS, têm a capacidade de o derrotar, basta para isso que convençam metade dos maridos ou mulheres, metade dos seus filhos maiores, metade dos seus pais e um vizinho a não votar PS, e já são mais de 1 000 000.

Os Funcionários Públicos deverão estar unidos, esta união deverá ser para continuar,
e têm uma ferramenta poderosa ao seu alcance, a Internet, que nos põe em contacto permanente uns com os outros.

Façamos contas:
Se esta mensagem vai ser enviada a 10 colegas. Se cada um dos colegas enviar a mais 10 dá 100.
Se estes enviarem a mais 10 dá 1000. Se estes enviarem a mais 10 dá 10 000.
Se estes enviarem a mais 10 dá 100 000.
Se estes enviarem a mais 10 dá 1 000 000.

Assim se vê a nossa força. Não a menosprezes. Usa-a. Se não estarás cada vez pior como tens visto, sem esperares nenhuma alteração à situação que te foi criada.

Rapidamente todos os colegas e seus familiares ficarão a saber a informação que ela contém e a sua força.



O SEU FUTURO SÓ DEPENDE DE VOCÊ

ESTÁ NAS SUAS MÃOS
O FUTURO DE PORTUGAL NÂO EXISTE. ESSE É INERTE. EXISTE SIM O SEU FUTURO E ISSO DEPENDE DE VOCÊ.

CRIE A CORAGEM DE MUDAR.

NÂO VOTE NUMA BANDEIRA. VOTE NA CABEÇA QUE A LIDERA.

APRENDA A SER VOCÊ MESMO.


Começou oficialmente a campanha eleitoral dos FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Michael Jackson

Morreu o rei da POP e um dos cantores que marcou a minha adolescência. A sua vida terrena acabou, talvez devido aos excessos, aos esquecimentos em relação à saúde, ao trabalho, mas a sua obra, sobretudo o seu disco - Thrller ficará para sempre, o que o imortalizará. Sou um dos muitos fãs do do planeta que fiquei consternado com esta morte inesperada. Eu sou um dos milhões de pessoas que acredito na imortalidade da alma, por isso, para mim, Michael Jackson apenas morreu fisicamente, pois a sua alma, essência, consciência estará algures em algum lado e a sua obra tornou-o imortal neste mundo.

Falando da Língua

http://falandodalingua.blogspot.com é um blogue da minha autoria que fala exclusivamente sobre assuntos relacionados com a língua portuguesa, para já apenas sobre a sintaxe. Os textos lá introduzidos têm por base a Nova Terminologia Linguística emanada do Ministério da Educação e que está em vigor nos programas do Ensino Secundário, vindo a estar igualmente em vigor no Ensino Básico, a partir do ano lectivo de 2010/2011.

sábado, 23 de maio de 2009

Henrique Bexiga

Henrique Bexiga- Contos da fase contemporânea - é o nome do meu terceiro livro.
Depois de: A vida e os horizontes da mudança, livro com treze contos, dos quais destaco - Viagem infindável, Quando desapareceu o ministro das finanças e No comboio. E Os doze rapazes - novela que espelha o actual clima negativo que se vive nas escolas portuguesas.
Nos sete contos deste livro, bem como as obras anteriores abordam temáticas tão reais como o exercer o poder pela negativa; o bem-estar, a felicidade, a liberdade, a injustiça o desemprego, a solidão, o endividamento, a injustiça, o sofrimento, a violência, o ambiente.
Apesar de escrever contos, e novelas focando questões sensíveis, tudo não passa de literatura, que alguns poderão considerar de intervenção e de crítica social e até política.
Não temo as consequências negativas devido àquilo que escrever, apenas escrevo literatura, muito embora muita dela seja de intervenção, porque não me quero limitar unicamente a escrever romances históricos, novelas românticas ou literatura intimista, emora tenha histórias de amor e de traição para escrever.
Sou um escritor independente, não sendo por isso, um escritor do sistema, dependente de grupos económicos, de partidos políticos ou de poderes mediáticos. Também não escrevo para me tornar famoso, sensacionalista, vaidoso. Pretendo unicamente que os meus livros sejam lidos, livros esses que me deram prazer a escrever e aos quais eu dediquei imenso tempo em frente ao computador sozinho, usando as mãos e as palavras que brotaram da minha mente.
Não temo as consequências de escrever alguma literatura de intervenção, até porque não pretendo ofender governos, pessoas ou outras instituições públicas ou privadas, apenas pretendo chamar à atenção para o estado depressivo e doentio em que vive a sociedade actual, para a pobreza cultural em que vivemos, a falta de valores e as consequências da injustiça e do sofrimento.
Não tenho medo das consequências, porque nunca tive facilidades na vida, aliás quem me conhece sabe que isso é verdade; em Portugal já tenho a ficha feita, mesmo sem ter cometido nenhum crime; não tenho aspirações políticas; não pretendo e se o pretendesse nunca chegaria a director de nenhuma empresa ou organismo público; no posto de trabalho que vou tentando manter, não estou à espera de grandes progressos; sou um simples e humilde cidadão do mundo, um homem do povo.
Os próximos livros da minha autoria são romances, os quais irão ser editados em finais deste ano ou o mais tardar em 2010. Como a escrita me dá liberdade e me faz feliz, irei continuar a escrever e a editar livros na editora Ecopy ou noutras editoras que aceitem trabalhar comigo.
Henrique Bexiga vai estar à venda a partir do final de Maio/início de Junho de 2009, no site da editora Ecopy: http://ecopy.macalfa.pt - pelo e-mail: encomendas.ecopy@macalfa.pt e em livrarias de referência entre as quais destaco: Livraria Leitura e lojas Ecopy no Porto, Livrarias Portugal e Apolo 70 em Lisboa, Livraria Infante no Funchal e Livraria Americana em Leiria. Agradeço desde já a todos os que leram os meus livros e aos que lerem este que acaba de sair e os próximos, os quais serão anunciados oportunamente neste blogue e noutros locais da Internet.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

25 de Abril

Neste dia abundam os discursos e as comemorações, um pouco por todo o país, logo não vou estar aqui com grandes discursos, no entanto gostaria de lançar algumas interrogações:
Será que os ideais de Abril ainda existem hoje? Teremos de facto liberdade de imprensa? Liberdade de expressão ainda existe? Será que Abril poderá continuar na altura em que a pobreza, o desemprego e a crise estão a colocar Portugal à beira de um precipício? Será que existe Abril numa altura em que o governo usa o Estado e o artifício da lei para destruir profissionalmente e pessoalmente quem por livre opção ou talvez não exerce determinadas profissões?
Claro que Abril vale a pena, sempre, sempre, sempre até porque graças ao 25 de Abril, nós poderemos em breve escolher os nossos representantes e os nossos governantes.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Descontentamento

Ontem, em Lisboa, decorreu mais uma manifestação organizada pela CGTP. Aquela multidão serviu para todos nós reflectirmos sobre o que se está a passar em Portugal em que o governo, os banqueiros, os gestores e os os grandes empresários estão a oprimir o povo trabalhador e a levar o país para um precipício económico e um caos social. Depois vêm para a televisão com cara de pouca vergonha dizer que não há alternativas a esta situação e que tem de ser assim em nome do país. claro que há alternativas e é evidente que isto não é para bem de Portugal, mas sim para bem de meia dúzia de capitalistas e destes governantes que vivem à nossa custa. Nós pagamos o ordenado aos governantes, através dos impostos e nós é que os elegemos e eles depois tratam-nos mal e não olham aos meios para atingir os fins.
O que é que podemos fazer?
Existem muitas e variadas formas, em primeiro lugar temos as manifestações e as greves, mas como isso não resolve nada temos a arma secreta que é o voto. Com este podemos não só censurar a política vigente como também encontrar alternativas.
Com as eleições legislativas deste ano podemos retirar a maioria absoluta ao PS que usurpou o poder que lhe deram em 2005, porque na época os portugueses consideraram que era a última esperança, dado que não queriam mais direita em Portugal. Mas Sócrates e a sua equipa fizeram entenderam com as pessoas não só os funcionários públicos, mas também com os trabalhadores do sector privado, pois agora o PS criou um código de trabalho pior que aquele que já estava.
No entanto, temos de reflectir em quem devemos votar, pois partidos perfeitos não temos, até porque são todos organizações constituídas por homens e mulheres, logo falíveis. Contudo, temos de ter em atenção aquilo que os partidos defenderam e defendem e o que fizeram no governo no passado.
Do PS nem vale a pena falar, pois a sua política nos últimos quatro anos foi tão má que nem é digna de registo. A direita teve no governo entre 2002 e 2005, apesar de em algumas matérias não ter ido tão longe como este governo, também fez uma política neoliberal, em muitos aspectos semelhante à actual.
Eu sou suspeito, porque sou um homem de esquerda, embora sem filiação partidária e um crítico dos partidos, apesar de saber que eles são necessários.
Não sou dono do voto de ninguém, nem vou zangar-me com ninguém por se abster ou por ter votado neste ou naquele partido, no entanto aconselho a quem for votar nas legislativas a reflectir de forma a não dar a maioria ao PS e a votar à esquerda, CDU e BE. Muitos poderão dizer que esses partidos não servem para governar, não sabemos, o discurso deles tem sido coerente no sentido de apoiar os mais desfavorecidos, revogar o código de trabalho, alterar algumas leis que passaram a reger a administração pública.
Numa coisa eu sou muito claro, para mim não se deve dar a maioria absoluta a partido nenhum e qualquer partido merece ser punido se governar contra ao povo. Eu sou de esquerda, mas penalizo qualquer política que vise a injustiça e a repressão. Para mim não é justo que uma minoria de pessoas que se julga intelectualmente superior apenas porque tem poder político ou económico se julgue no direito de fazer o que quer.
Em Portugal não se pode dar a maioria absoluta a ninguém, porque os ministros e secretários de Estado abusam do poder, não ouvem os conselhos de ninguém, a não ser do primeiro-ministro ou um ou outro lobbie poderoso. Nós tivemos duzentos anos de absolutismo e de inquisição e quarenta e oito de fascismo e,infelizmente, alguns tiques autoritários ficaram enraizados na nossa cultura, pois eles acontecem não só nos governos, mas também em algumas empresas e organismos públicos.
Até aos anos oitenta, na Europa, os governos ainda pensavam um pouco nas pessoas, porque tinha havido duas grandes guerras, ditaduras fascistas e havia medo do papão do comunismo, porém as pessoas já se esqueceram e agora neste mundo de economia neoliberal julga-se que vale tudo.
Agora os trabalhadores em geral, sobretudo operários agricultores, funcionários públicos, sobretudo professores, mas também polícias, enfermeiros e ainda as pessoas com deficiência a quem aumentaram o IRS, negando ajudas técnicas, não eliminaram as barreiras arquitectónicas e negaram-lhes trabalhos mais perto da residência - quanto às crianças com deficiência têm de se deslocar do seu seio familiar para as escolas de referência que muitas vezes ficam longe de casa; não existem professores do ensino especial suficientes, sobretudo para as crianças cegas e os computadores Magalhães e-escolas não lhes foram entregues com o software específico para elas que não vêem, apenas meia dúzia no ano passado em Viseu em fente da comunicação social - certamente que, na sua maioria, não irão votar PS. Para essas pessoas votar PS é votar no seu suicídio profissional e pessoal.
Além dos números do orçamento, este governo tem alguma coisa emocional contra a determinadas classes profissionais, professores, enfermeiros, médicos, polícias, etc. É por isso, que os governantes têm colocado estas medidas tão duras, precisamente com o objectivo de "destruir" profissionalmente e pessoalmente as pessoas que exercem essas profissões já de si tão exigentes.
Se o PS voltar a ganhar com maioria absoluta, eles irão espezinhar esses profissionais, impondo-lhes medidas muito duras no seu local de trabalho e afogando-os em impostos de tal forma que os poucos sobreviventes dessas profissões teriam de ser homenageados e louvados por todos os portugueses.
Depois vêm com a "desculpa" dos desempregados, esta crise foi provocada pelos magnatas financeiros do mundo e serve muito bem a governos como o de Portugal que assim pode dar uma esmola aos desempregados e pode continuar a maltratar os que ainda trabalham.
A maioria de nós portugueses pretende pagar uma dívida ao PS e o seu líder Sócrates, por isso, que venham as eleições, pois nós estamos desejosos para a pagar.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Ensaio Sobre a Lucidez

Ensaio Sobre a Lucidez é um romance da autoria de José Saramago, editado em 2004 pela editorial caminho. Surgiu na sequência do livro Ensaio Sobre a Cegueira editado uns anos antes.
Na capital de um país imaginário, na segtunda eleição, oitenta e três por cento dos eleitores votaram em branco, o que provocou a ira dos governantes que em vez de meditarem sobre as causas daquela atitude da população, mandaram investigar, a fim de descobrir os responsáveis por aquele boicote, deixando,ao mesmo tempo, a cidade e a população à sua sorte.
Muitas pessoas disseram que este livro é um apelo à abestenção, mas não é, até porque não passa de literatura. Este romance é uma alegoria relativamente à crise da democracia actual, ao autoritarismo e à falta de soluções dos governantes.
Face ao que se tem passado nos útimos anos em Portugal, este iromance apesar de ser unicamente uma excelente obra literária, dá que pensar.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Leitura

Sexta-feira ou a vida selvagem é uma novela da autoria de Michel Tourier.
Um naufrágio, a meados do século XVIII, junto a uma ilha deserta deixou Robinson preso à vida e simultaneamente à ilha de - Esperanza -. Mais tarde, foi ele que livrou da morte sexta-feira e salvou da escravatura, dentro de um navio, o pequeno Domingo.
E mais não digo, pois vale a pena ler, mesmo os mais novos podem e devem ler, pois trata-se de um livro de aventuras na natureza. Até há pouco tempo, este livro fazia parte dos programas escolares.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Bilderberg

Por aquilo que eu disse na entrada anterior e por aquilo que se encontra no livro que referi nessa entrada, o clube Bilderber é um grupo de gente que se acha superior intelectualmente, mas na verdade o que tem é dinheiro e poder. Esse grupo reúne-se de forma descontraída para falar sobre o mundo. Estou também convencido que essa gente decide e determina muitas políticas que são seguidas por muitos países, - incluindo Portugal - mas creio que há mais grupos influentes e que governam na sombra. Por exemplo, as poderosas corporações financeiras norte-americanas, aliadas a outros grupos económicos multinacionais, que por sua vez têm o resguardo de muitos governos, que por sua vez são mantidos por esse mesmo poder económico oculto. E como se não bastasse, lá existem os múltiplos serviços secretos para o que for preciso. Democracia? Quem o disse? Autocracia de meia-dúzia que se impõe ou pretende impor ao resto da humanidade.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Bilderberg

Bilderberg - os senhores do mundo - é um clube restrito que tem apenas cerca de cento e trinta membros. Este clube é constituído por empresários de grandes multinacionais, banqueiros, políticos, personalidades mediáticas e pessoas do mundo académico.
Este clube reúne anualmente em hotéis de cinco estrelas, geralmente na Europa, e de vez em quando nos Estados Unidos ou no Canadá.
Durante as reuniões anuais, os membros mais influentes falam calmamente e informalmente sobre os diversos problemas do mundo, bem como sobre as possíveis medidas a tomar.
O bombardeamento da Chechênea foi decidido no encontro de mil novecentos e noventa e nove que decorreu em Sintra. Em dois mil e quatro a reunião decorreu em Itália, entre três e seis de Junho e foi aí que foi proposto o nome de Durão Barroso para presidente da União Europeia.
Pinto Balsemão é membro permanente deste clube desde os anos noventa. Santana Lopes e José Sócrates foram convidados por Pinto Balsemão a participar no encontro do Bilderberg de 2004, ambos foram primeiros-ministros desde então.
Em 2008 Portugal esteve representado por Pinto Balsemão, Rui Rio e António Costa e este ano, na reunião que decorreu em Atenas, estiveram presentes: Pinto Balsemão, Manuel Pinho e Manuela Ferreira Leite. Esta presença de elementos do PS e do PSD nestes encontros não oficiais, mas decisivos para o mundo e para Portugal, podem ajudar a explicar porque motivo o PS e o PSD são tão iguais quando estão no governo.
Estes senhores representam uma sociedade secreta e oculta e de certa forma perigosa, porque não são eleitos democraticamente, desconhecemos as suas actividades, porque esse clube apenas possui um escritório na Holanda. Apesar de não serem eleitos e de não haver documentos oficiais dos seus encontros, nada os impede de de reunir.
Muitos dos acontecimentos do mundo como as guerras, o cessar-fogo, os acordos de paz, bem como muitas POLÍTICAS SEGUIDAS PELOS GOVERNOS SÃO DISCUTIDAS E DETERMINADAS PELOS BILDERBERG. A grande finalidade destes senhores é construir o governo global onde não haja nações, religiões, onde estejamos a ser permanentemente vigiados e o nosso fim único é sermos reduzidos à escravatura.
ANDAMOS PARA AÍ A CONTESTAR CRISES, DESEMPREGO, FALÊNCIAS, AVALIAÇÃO DE PROFESSORES, CÓDIGOS DE TRABALHO, etc. PORÉM ESQUECEMOS QUE EXISTEM FORÇAS OCULTAS MUITO PODEROSAS QUE PRESSIONAM OS GOVERNOS A PROSSEGUIR COM ESSAS POLÍTICAS.TALVEZ POR ESSE MOTIVO, É QUE ÀS GRANDES MANIFESTAÇÕES QUE OCORRERAM EM PORTUGAL EM 2008, O PRIMEIRO-MINISTRO TENHA DITO "NÃO ME IMPRESSIONA" OU SE TENHA DESCULPADO DIZENDO QUE ERAM OS COMUNISTAS.
Tudo sobre o clube de Bilderberg é um livro de Daniel Estulin que durante treze anos seguiu este grupo poderoso. A editora é - Publicações Europa América.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Música

Forgiven é a única música que conheço do grupo Withini Tentation. Deste grupo só conheço esta melodia e a voz da sua vocalista que é fresca e encantadora.
Esta música passas regularmente na RFM.
Muitos de nós lamentamo-nos, com razão da crise económica, da tirania dos políticos, da ganância dos senhores do dinheiro, mas se se refugiarem na beleza da natureza e no encanto das artes como a música, o cinema e a literatura verão que ainda vale a pena pertencer a este mundo.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Camões

À semelhança das epopeias clássicas que imortalizaram os feitos dos grandes heróis, da antiguidade clássica, Camões decidiu imortalizar os feitos dos portugueses, representados por Vasco da Gama, que descobriu o caminho marítimo para a Índia.
Se as duas fases de Camões lírico são de realçar. A sua epopeia Os Lusíadas não pode passar despercebida a qualquer português que se prese. Camões teve uma vida complicada, andou na guerra em África e na Índia e em arruaças em Lisboa ao que parece por causa de mulheres, mas se sobre esses factos existe muita controvérsia, o facto é que ele escreveu uma epopeia (certamente ele leu as antigas epopeias, conhecia bem a história de Portugal e é claro leu Petrarca e Dante que influenciaram os seus sonetos) cuja estrutura externa é invariável, estrofes em oitava, decassílabos, versos heróicos, rima cruzada e emparelhada. Além disso no seu conteúdo ele conseguiu iniciar com a proposição, invocação, dedicatória, início da narrativa - in média rés -, o consílio dos deuses, a analepse quando Vasco da Gama contou toda a história ao rei de Melinde, a pedido deste e toda a restante viagem até à Índia.
Construir um poema narrativo, dividido em dez cantos, sempre com a mesma estrutura externa, recheado de figuras de estilo para narrar não só a viagem de Vasco da Gama à Índia, mas também a história de Portugal até então, revelam verdadeira arte e requinte. É por Luís de Camões ter sido um verdadeiro artista da Língua que ele é o poeta maior de Portugal.
Para mim, há pessoas que nunca deveriam ter morrido, pois eram detentoras de um dom excepcional . Poderia dizer muito mais sobre Camões, mas quando leio Os Lusíadas é que eu tenho mais orgulho em ser português. Deixo-vos com as primeiras três estrofes deste magnífico poema, precisamente a PROPOSIÇÃO, quando Camões se propôs cantar os feitos gloriosos dos portugueses.

As armas e os barões assinalados
Que, da Ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca dantes navegados
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram;

e também as memórias gloriosas
Daqueles Reinos que foram dilatando
A fé, o império, e as terras viciosas
Da África e da Ásia andaram devastando,
E aqueles que por obras valerosas
Se vão da lei da morte libertando:
Cantando espalharei por toda a parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e a arte.

Cessem do sábio Grego e do Troiano
As navegações grandes que fizeram;
Cale-se de Alexandro e de Trajano
A fama das vitórias que tiveram;
Que eu canto o peito ilustre Lusitano,
A quem Neptuno e Marte obedeceram.
Cesse tudo o que a musa antiga canta.
Que outro valor mais alto se alevanta.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

A tomada de posse do novo presidente dos E.U.A. rodeou-se de um enorme entusiasmo quer nos Estados Unidos, quer no resto do mundo. Por um lado, eu compreendo dado que a administração Bush foi uma desgraça, duas guerras e por fim uma enorme crise económica devido a uma crise financeira causada pela ganância de alguns magnatas financeiros.
É verdade que Obama parece ter carisma e até tem tido excelentes iniciativas no início do seu mandato como o envio de dois negociadores ao Médio Oriente e o encerramento de Guantanamo.
Eu não escondo alguma pequena simpatia por Obama, devido ao facto de ele ser o primeiro presidente negro dos EUA e por ser Democrata que são mais moderados em relação aos Republicanos que preferem as guerras e o neoliberalismo extremo.
No entanto, ele não passa de um Homem, logo tem defeitos, depois existem imensos grupos poderosos ligados ao capital financeiro que pretendem influenciar a política para daí obter dividendos.
Eu não acredito em políticos, pois na sua maioria são maus, as grandes guerras foram causadas por quem? Pelos políticos ou pelas religiões, mas sob influência dos políticos ou então pelos políticos (chefes) das religiões.
Eles servem-se do Estado para se promoverem e ajudarem os seus amigos e familiares; usam o Estado para e o artifício da lei para oprimir a maioria do povo.
Repito, não sou muito adepto de políticos, mas acompanho e em Outubro irei votar nas legislativas em Portugal para ver se alguma coisa muda, mas à política prefiro a literatura. No entanto, os políticos até dão umas personagens muito interessantes nos meus livros, só que por vezes, não são personagens muito bem tratadas.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Guerra

Mais uma vez, Israel pratica terrorismo de estado perante os palestinianos. Infelizmente já não é a primeira vez, a pretexto de alguns grupos terroristas que bombardeiam algumas povoações israelitas, o que obviamente é lamentável, Israel invade, bombardeia, destrói, humilha, etc. ciclicamente os seus povos vizinhos que sempre ali viveram ao contrário do povo israelita, estado criado artificialmente apenas em 1948. Todos aquele território devia ser o país - Palestina -, ou então dois estados soberanos, que se respeitassem mutuamente, Israel e Palestina.
Além disso, é de lamentar a parcialidade dos Estados Unidos e da maioria dos países europeus que assumem uma posição pró-israelita.
Depois temos as velhas teorias religiosas, que o povo judeu é daquela região, que na Bíblia se fala mais de setecentos vezes em Jerusalém, etc. Tal como os Israelitas, também os palestinianos e outros povos árabes já foram no passado judeus e mesmo cristãos, depois os argumentos religiosos nunca devem ser chamdos para justificar guerras, finalmente a Bíblia deve ser lida e interpretada e nunca fazer uma leitura literal, tudo o que está naBíblia passou-se naquela região e como na altura se conhecia muito pouco do resto do mundo, obviamente que Jerusalém era a grande cidade e Israel a terra prometida, mas talvez não fosse só para o povo judeu, pois povos sem pátria na altura havia muitos, só que naquela região era o povo judeu que não tinha pátria.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Il Divo

Il divo é uma banda musical diferente, adopta algumas melodias da música ligeira e mesmo da música religiosa, dnado-lhes uma nova sonoridade, sobretudo no que se refere ao canto. Não se trata de música clássica ou de ópera tal e qual as conhecemos, é uma mistura entre esses estilos e novas sonoridades.
As letras das músicas têm uma inspiração cristã e/ou referem-se a sentimentos como o amor.
A principal característica que diferencia este grupo musical da esmagadora maioria dos que por aí andam é a interpretação vocal que os seus elementos imprimem e o consequente efeito sonoro que isso nos proporciona. É verdadeira arte, arte musical. Arte de trabalhar a voz, mas que nem todos temos essa possibilidade ou conseguimos cantar daquela forma.
Nem todas as pessoas poderão apreciar daquelas músicas, mas se forem a um concerto ou ouvirem um CD ouvindo atentamente, a opinião relativamente àquele estilo musical poderá mudar radicalmente.
Este grupo constituído por quatro homens,um suiço, outro francês, outro espanhol e um norte-americano, começou a trabalhar à cerca de três anos, já tem dois CD.s - Siempre e The Promise - estando a preparar uma série de concertos a partir da próxima Primavera, um dos quais no Pavilhão Atlântico no próximo dia seis de Abril pelas vinte horas. É na semana da Pascoa. Espero também puder lá estar.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

A rotina mantêm-se, terminou mais um ano e começou outro.
2008 foi um ano difícil não só em Portugal, mas um pouco por todo o mundo com conflitos; especulação do preço das matérias-primas, seguida de uma forte desvalorização das mesmas; crise financeira, a qual precipitou uma crise económica.
No nosso país, nós vivemos uma enorme permanentemente em crise desde 2002, pelo que para mim, não me espanta que essa crise continuará em 2009 e nos anos seguintes, aliás dúvido que alguma vez mais recuperemos da crise.
Apesar da situação não ser fácil, temos de ter sempre esperança, pois 2009 pode não ser assim tão mau, porque esperamos um ano péssimo, mas se ele for menos mau do que aquilo que pensamos, então até foi um bom ano.
Este até pode ser um ano de oportunidades e de mudanças, basta que as coisas não corram assim tão mal e que nós também queiramos, na medida em que não podemos estar sempre à espera dos outros para mudar de vida, esta máxima já muito antiga serve para a nossa vida pessoal e para a vida social.
Pessoalmente espero algumas mudanças em 2009 e é por elas que irei lutar. Uma das principais ambições é continuar a escrever e a publicar livros. Espero concluir um livro que já está a mais de meio e escrever mais um ou dois romances.
Na próxima Primavera, espero publicar o meu terceiro livro que será de contos e lá para o fim do ano, se possível o meu quarto livro que será o meu primeiro romance.
A todos quantos visitarem este blogue regularmente ou ocasionalmente, desejo um óptimo 2009.