quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Cortei as Tranças de António Mota

Este livro com 169 páginas relata a vida de uma adolescente que fica ófrã com treze anos e que abandona a escola primeiro para trabalhar em casa e depois em casa de um casal de médicos que tinham um casal de gémeos. Entretanto, a sua tia viúva relata-lhe em analepse toda a sua vida desde a infância até ao casamento, passando pela partida do marido para a guerra do ultramar. é uma história muito aprazível que pode ser lida por qualquer pessoa de qualquer idade, mas que recomendo aos mais novos para que eles saibam como era viver em pequenos lugarejos ou aldeias, com o mínimo de conforto, nos anos cinquenta, sessenta e setenta do século XX. É uma realidade já pouco habitual nos dias de hoje, porém com a grave crise que estamos a viver e que se irá agudizar severamente ja em 2012 e em 2013, vale a pena pensar se a maioria da sociedade portuguesa e do Sul da Europa não irá ainda passar por situações idênticas à deste livro que sendo ficção eraa realidade há algumas décadas atrás. Feliz 2012, apesar da crueldade da realidade e de estarmos no final dos tempos de uma civilização, há que acreditar e trabalhar para uma nova e mais justa sociedade e que confiar na vontade de Deus, na força dos homens e na benévola e generosa natureza.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Emigrar ou ser escravo

A caça ao Coelho vai começar! Todos os dias, o governo português, ou melhor a comissão de liquidação que diz governar o país nos nos presenteia com novas medidas: ou são cortes na saúde, educação e outras; ou é o aumento de impostos ou de taxas moderadoras ou e a reduçao de salários. Nos últimos dias, há dados novos, os trabalhadores das empresas privadas terão de trabalhar mais meia hora, terão menos quatro feriados e menos três dias de férias para quem falta menos.No entanto, o anúncio mais espantoso foi o convite que foi feito aos professores portugueses atualmente ou futuramente desempregados. Com este governo ainda iremos ser escravos aqui em Portugal, trabalhando sem fins de semana, feriados, férias com horários incomportáveis e salários de miséria. A alternativa a isso é emigrar. Isto é que é um "governo" patriota! Vítor Gaspar e Álvaro santos Pereira terão de voltar às Universidades e fazer lá os os estudos dos impatos do estudo destas medidas. Pedro Passos Coelho talvez encontre emprego na União Europeia, no FMI ou nessas camarilhas que nos querem levar à escravatura como o Clube de Roma, Bilderberg, sociedades financeiras, grupo dos trezentos, etc. porque ele está a fazer o que esses grupos pretendem, tornaremnos escravos. Convido os membros deste governo a trabalharem nas condições em que muitos trabalhadores portugueses trabalham, viver nas condições em que muitos vivem ou emigrarem para Timor, Angola, Brasil. É por isso que isto está no fim, podemos não estar no fim do mundo, mas sim no fim desta civilização e mesmo deste modelo económico. Com terroristas económicos e sociais como os da comissão de liquidação que está lá no Terreiro do Paço, não podemos esperar uma melhoria do país ou mesmo da Europa, temos de esperar é desemprego, fome, miséria, violência e quem sabe uma guerra. Deixo aqui os links de dois sites para quem retender ir consultá-los, cada um pense o que quiser e diga o que disser, mas há que refletir no que se está a passar em Portugal e no mundo. http://www.derradeirasgracas.com/3.%20Os%20Sinais%20do%20Apocalipse/1.%20Menu%20dos%20Sinais%2009%20A%20MARCA%20DA%20BESTA%20.htm http://acordem.com/blog/22123//

domingo, 11 de dezembro de 2011

Feliz Natal, próspero ano 2012!

Aproveito a proximidade do Natal para desejar a todos um feliz Natal. Este ano bem menos ligado ao consumismem, mas o significado do Natal inicial era a comemoração do Nascimento de Cristo na Galileia há cerca de 2000 anos e noutra data sem ser nesta. Para quem não é cristão ou nao é crente o Natal pode ser sempre uma festa dedicada à família, à reflexão e à solidariedade. Esperamos que este Natal sirva para podermos refletir sobre o verdadeiro sentido da vida e da nossa própria existência e pensarmos numa mudança de vida para melhor, podendo assim contribuir para uma sociedade que se converta a novos valores sem ser o consumismo, a violência, o egoísmo, a ganância, etc. para isso todos podemos e devemos contribuir. Quanto a 2012, irá em princípio ser um ano péssimo, mas poderá ser o ano da mudança de vida. Em Portugal, temos de pensar em pagar as nossas dívidas, mas também noutros modos de vida que passam por mais e melhor trabalho não para satisfazer o governo, a Troika, os bancos, a União Europeia, etc. mas para construirmos outro futuro para nós e para os nossos filhos. Por onde o FMI passou, só houve desgraças e os países cairam em subdesenvolvimento até porque a Troika não veio ajudar Portugal, a grécia, etc. veio foi fazer um negócio, se por um lado ajudou no primeiro momento, porque nos librou da bancarrota, iremos ter um empobrecimento sistemático e iremos dar muito dinheiro a ganhar a esses estrangeiros que vêm para cá mandar. Temos de pagar as nossas dívidas todas e depois trabalharmos mais não só na função pública e nas empresas, mas também na agricultura e em indústrias indústrias que sejam importantes para o nosso consumo interno e para a exportação. Temos de trabalhar para ser autosuficientes e deixar de andar de mão estendida a pedir a esses mercados financeiros que sao dirigidos por agiotas que nos querem condenar à miséria absoluta. A solução está em nós e não na União Europeia, nos bancos, nos mercados, no FMI, por muito que estes nossos governantes os defendam, mas isso, porque eles querem ficar bemvistos perante eles, pois até podem conseguir lá um bom emprego e nós portugueses e que ficamos sempre mal. Feliz 2012 e pensemos em construir um Portugal diferente, livre de mercados internacionais, livre do FMI, da livre de dívida e a trabalhar para a sua própria prosperidade.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Não matem a linha Oeste

"Seguiram-se Monte Redondo, Guia e Carriço. Pouco depois da saída do Carriço, seguiu-se o Louriçal; após uma pequena ponte que liga Vierinhos a Silveirinha Pequena, o comboio começou a desacelerar para o Louriçal e Fernando pensou: “Tempos virão em que nem este nem qualquer outro comboio desacelerará para o Louriçal”. Então instalou-se nele uma enorme tristeza que lhe pôs os olhos em água." Ferreira, L. (2007) " No comboio" In "A vida e os horizontes da Mudança",Edições Ecopy. Porto Este excerto do conto- No comboio é da minha autoria, por isso, não é nada de extraordinário, mas mais uma vez fui promonitório, através da escrita, tal como fui em relação à crise internacional "Henrique Bexiga"; "às inundações no Funchal: "Na tasca Internacional" e no regresso de algumas pessoas dos grandes centros. Se 2012 vai ser mau, a linha Oeste vai ser uma das vítimas desta política de ortes. O acordo da Troika prevê uma reestruturação da rede de transportes, entre as medidas dessa reestruturação, prevê-se o encerramento da linha Oeste entre Caldas e Figueira da Foz ao transporte de passageiros. A linha Oeste já remonta ao século XIX e permitiu o desenvolvimento de algumas localidades da região Oeste e a mobilidade de muitas pessoas, entre as quais eu próprio que nunca teria conhecido ao pormenor, vivido, e estudado em Lisboa e viveria agora pior. Se não fosse a linha Oeste não teria tido a possibilidade de ir às consultas de oftalmologia a Coimbra com o meu pa e mais tarde com a minha mãe, quando era criança. Álvaro Santos Pereira, à semelhança de Vítor Gaspar estão mais interessados no seu futuro académico fora de Portugal do que em trabalhar para o bem de Portugal e dos portugueses, por isso é que eles fazem esta política em consonância com a União Europeia, a Troika e os senhores, mui nobres, bem-aventurados, santos e pios mercados. Estas medidas irão ter consequências económicas, sociais e culturais desastrosas, mas irão servir para inúmeros estudos académicos não só em Portugal, mas sobretudo fora dele, muitos desses estudos serão orientados por Álvaro Santos Pereira e Vítor Gaspar. Não tenho nada contra ao progresso académico de ninguém, também eu estou a estudar e pretendo continuar, agora fazer experiências com que alteram radicalmente a vida das pessoas, e fazer dos portugueses, como já se fez com os gregos os argentinos cobaias para aplicar medidas neoliberais que vão contra à dignidade humana e ao retrocesso dos povo é inconcebível. A mobilidade geográfica das pessoas é um direito humano fundamental e muitas vezes é necessário por razões de saúde, trabalho ou familiares. Lamento que as pessoas nesta região Oeste e de Leiria mostrem tanta passividade e resignação para com este estado de coisas. É vulgar ouvir nas ruas: "nascemos para sofrer"; "temos de levar a cruz que Deus nos deu."; o que interessa é ir tendo a família connosco."; "não há nada aa fazer."; "o que é que se há-de fazer."; "fazer greve para quê, não vale nada.". A maioria dos portugueeses ou julgam que já não há nada a fazer, ou pensam que isto vai melhorar daqui a um ou dois anos como dizem, engnosamente, os ministros, ou só se irão revoltar quando já não tiverem possibilidade de deitar uma sopa na tijela por falta de dinheiro ou de apoio das instituições de solidariedade e de caridade, porém depois já não valerá a pena a revolta, porque nessa fase já tudo estará perdido.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

O Triângulo Jota

O triângulo J da autoria de Álvaro Magalhães  é uma história simples, mas adequada para adolescentes que narra a luta de três adolescentes - Joana, Joel e Jorge sobretudo este último pela descoberta do rapto de Jade a jovem trapezista filha de Lin, o chinês dono do circo onde Jorge e os dois amigos foram.
Jorge , a sua irmã, o amigo e o  inspetor Cavalinhas conseguram recuperar Jade, os olhos do dragão e, em simultâneo prendem "sombra", o chefe da tríade  chinesa que está por trás destes crimes. É uma história de aventura que delicia qualquer adolescente.
Vale a pena ler!





domingo, 30 de outubro de 2011

Armando Nembri - um exemplo de vida

"Sou surdo, casado e com uma filha de nove anos; ambas, mulher e filha, ouvintes Este sujeito surdo ama a vida e tem a percção de que tudo o que é vivenciado vale a pena, uma vez que a carga de aprendizagem que os momentos vividos fornecem , valerá para toda a vida que ainda resta viver. e viver é uma arte,  principalmentequando a vida é dividida entre dois mundos distintos, mas inter-relacionados". (Nembri, 2010 pág. 57)

Chama-se Armando Guimarães Nembri é brasileiro e surdo de nascença. Em 2010, escreveu em co-autoria com Angela Carrancho da Silva o livro intitulado Ouvindo o Silênciao - surdez, linguagem e Educação -  em 2010 saiu a  2ª. Edição da editora Mediação - www.editoramediacao.com.br
     Este é o livro que eu estou e irei continuar a ler nas próximas semanas, aos poucos e nos intervalos dos textos que tenho de ler para a minha tese de mestrado.
     Armando é mais um exemplo de perseverança , motivação e resiliência de pessoas com deficiência.
Felizmente são muitos os casos de pessoas com deficiência que  chegam longe neste mundo de dificuldades.
     Eu próprio carrego uma deficiência visual - baixa visão - desde o início da minha aventura sobre a Terra, no entanto isso não me impediu  de estudar, ter concluído a licenciatura em Linguística, ser professor de Português e agora mestrando do mestrado de Reabilitação na Especialidade de Deficiência Visual na Faculdade de Motricidade Humana em Lisboa e ainda autor de cinco livros de ficção onde a descrição visual está muito presente. Os livros encontram-se referidos na minha página: www.luismferreira.no.comunidades.net
     Como disse um dia um eurodeputado, primeiro eurodeputado surdo, cujo nome não me recorda: "a deficiência não me limita, a sociedade sim".
Ser deficiente não é o fim do mundo, não é a última linha, o final da estrada, podendo até ser o ponto de partida para muitos e nobres desafios para tornar o  mundo melhor, é isso que  Armando Nembri, eu e  tantas pessoas com  as mais diversas deficiências em todo o mundo fazemos.
Nós não somos seres extraterrestres, mas apenas temos uma forma de estar e de pensar diferente, temos uma cultura própria, uma identidade, uma maneira de ver o mundo.
Se a sociedade contar connosco, talvez o mundo possa melhorar, talvez possamos contribuir para uma  diminuição da crise económica que nos afeta e das suas consequências presentes e futuras.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

O fim de Portugal - Passos Coelho o último primeiro-ministro

Estamos a ser roubados. Há pouco mais de uma hora, o primeiro-ministro anunciou mais medidas de brutalidade sobre as pessoas, trabalhadores e pensionistas. Em nome da Troika liderada por bárbaros estrangeiros, inimigos de Portugal e dos povos, Portugal vê-se confrontado com uma situação em que são sempre os trabalhadores a pagar, ou com impostos, ou trabalhando mais horas ou ficando sem subsídios de Natal e de férias. Este governo é que irã destruir o que sobra de Portugal. Convençam-se de uma coisa, estes políticos não são amigos de Portugal e dos portugueses, são sim amigos dos estrangeiros e dos abutres dos banqueiros. Quem puder que emigre, se eu tivesse ou tiver oportunidade, faria o mesmo, pois este país não dá futuro a ninguém.
Deixem este governo anunciar e concretizar estas medidas brutais, pois este é o caminho para o fim de Portugal, por isso,  Pedro Passos Coelho ficará na história como o último  primeiro-ministro português.
Sugiro a todos, novamente, a leitura do livro "O clube do Bilderberg", muitas das medidas anunciadas irão provocar a situação de caos que lá é descrita e que já está a acontecer na Grécia.   

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Les Enfants Terribles

Les Enfants Terribles é uma livraria da Chiado Editora localizada na subcave do cinema King, Rua Bulhão Pato em Lisboa, ao lado do teatro Maria Matos e próximo da Av. de Roma.
É um espaço sossegado, agradável, confortável que convida à reflexão, tem um pequeno bar e todos os livros da Chiado Editora e alguns de outras editoras.
Foi lá que tive o prazer de lanaçr o meu 5.º livro e espero poder lá voltar para lançar mais livros, beber um copo ou comprar livros.
Aconselho qualquer pessoa a visitar aquele local e certamente que encontrará um espaço diferente dos espaços frios, labirínticos e descaraterizados que predominam aí pelos Centros Comerciais que povoam este país em crise e à beira da implosão.
O meu quinto livro já está à venda nas livrarias, incluindo as grandes cadeias comerciais, site da editora e eu também possuo exemplares, pelo que poderão contatar-me pelo e-mail: luismferreira@leirianet.pt ou para a seguinte morada:
Luís Ferreira
Apartado 1050
Estação de correios de Santana
2400-221 LEIRIA

Para Portugal, vendo o livro ao preço de 13€ sem acrescerem desopesas de envio e pode ir autografado e com fatura.
Para o estrangeiro aos 13€, acrescdem 2€ para despesas de envio.

sábado, 17 de setembro de 2011

O Político X


Convite

Convido V. Exª. Para o lançamento do meu 5º. Livro, O Político X, no próximo dia 24 de setembro, sábado, pelas 19 Horas, na livraria/bar: Les enfants Terribles, no cinema King, rua Bulhão Pato nº. 1 – Lisboa ao lado do Teatro Maria Matos, junto à Av. De Roma.
A apresentação da obra e do autor será feita pela Drª. Paula Ferraz
Compareça e traga um amigo.

O Político X dé um romance de Luís Ferreira publicado pela Chiado Editora.
Sinopse: O primeiro-ministro de Miranda, Terêncio José, alterou a Lei de Finanças Regionais a fim de cortar o orçamento a transferir anualmente para a ilha de Marinha.
O Presidente do Governo Regional daquela ilha, Xavier, protestou por todos os meios contra à atitude do primeiro-ministro.
As rivalidades entre políticos e entre as duas popu lações foi crescendo até ao dia em que…
Ao ler este livro, o/a leitor/a poderá refletir sobre a atitude de muitos políticos em Portugal e no mundo, as suas ligações perigosas ao mundo económico e financeiro, o que é determinado de forma obscura para esmagar as populações, a corrupção e o sofrimento a que os políticos muitas vezes nos obrigam.

Para mais informações, consulte o site: www.luismferreira.no.comunidades.net ou o blogue: www.daescritaaleitura.blogspot.com

Luís Ferreira

Julguem Alberto João

Tal como há alguns dias defendi neste blogue o julgamento e prisão de José Socrates por ter levado o país à ruína, agora defendo o julgamento e a punição de Alberto João e seus comparsas por terem levado a Região Autónoma da Madeira à ruína. Não podemos permitir que os políticos e outros cidadãos que se julgam de primeira como foram esses banqueiros do BPN (Oliveira e Costa, Dias Loureiro)ou outros que tais.
Enquanto em Portugal não forem punidos esses senhores que se julgam deuses e acima da lei não haverá justiça, paz social e democracia.
O lugar de Alberto João é na cadeia e não andar de comício em comício a abrir aboca para dizer coisa nenhuma.
Espero que os madeirenses desta vez mudem de atitude e apliquem um severo castigo a Alberto João Jardim e aos seus seguidores. A Madeira não desaparecerá nem o mundo acabará se Alberto João e o seu PSD-Madeira perderem. Além disso para fazer o que Alberto João e os seus seguidores fizeram, há muita gente que faria igual, talvez até o conseguisse fazer.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

A sociedade em rede

A sociedade em rede é um livro da autoria do sociólogo espanho, nascido em 1942, Manuel Castells.
Neste livro, cuja edição que li é de finais de 1999, Castells apresenta o conceito de capitalismo informacional.
A evolução histórica da sociedade apresenta vários momentos, dos quais o autor destaca a fase anterior à Revolução Industrial, a Revolução Industrial e a Revolução da Informação.
Segundo Castells a tecnologia tem um papel determinante no capitalismo moderno e na evolução dos tempos atuais em conjugação com os mercados finaceiros.
A tecnologia foi apontada por este autor como uma das causas da queda do comunismo, do nascimento de grandes grupos económicos multinacionais, bem como da globalização. O autor fala ainda da emergência da China e do poder dos mercados financeiros.
Apesar do livro já ter mais de uma década é importante para podermos compreender o que se está a passar no mundo nos dias de hoje, incluindon na Europa.

sábado, 27 de agosto de 2011

Imposto sobre as fortunas

À semelhança de muita gente, eu sempre defendi que as pessoas com as maiores fortunas e com um património elevado deveriam pagar impostos.
No entanto, os sucessivos governos em Portugal e na generalidade dos países sempre protegeram essas pessoas ilibando-as de pagarem impostos, o argumento e que elas poderiam criar riqueza e postos de trabalho se investissem esse dinheiro ou então era o fantasma da fuga de capitais.
Depois da Europa e dos Estados Unidos da América terem chegado ao ponto é que estão e de alguns multimilionários nos Estados Unidos e em França virem exigir é que os governos estão a repor a justiça que nunca foi feita.
Em Portugal, os mais ricos dizem que são simples assalariados, argumentam que isso não faz sentido, esquecendo-se que foram eles quem mais ganharam ao longo dos anos com a isenção de impostos e com os investimentos que fizeram. Esses senhores esquecem também que foram eles que em primeiro lugar deram a receita para aquilo que os governos fizeram e que levaram a este estado decadente e cheio de pobres, famintos e mendigos.
Está na hora, ainda bem que os diversos partidos politicos, o Presidente da república e agora o governo pensam seriamente no assunto. É certo que isso não irá resolver os problemas sociais, nem o problema do deficce público ou da dívida astronómica do Estado, mas poderão contribuir, aliviando um pouco ou impedindo que mais sacrifícos sejam pedidos a quem já não pode pagar mais.
Afinal em que é que os homens e as mulheres ricos em dinheiro e/ou património são mais do que nós para estarem livres de impostos? Eles são cidadãos como nós, portugueses e iguais em dignidade, direitos e deveres.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Prendam José Sócrates

Durante seis anos, vivemos num estado de ilusão, porque tivemos um primeiro-ministro que nos foi vendendo ilusões, segundo ele nós viviamos no paraíso, mas no final vimos que não, até porque foi ele mesmo a pedir ajuda externa.
Não me esqueço das perseguições, das calúnias,das mentiras, das leis malfeitoras, injustas e persecutórias que esse senhor e os seus seguidores fieram.
Eles perseguiram e maltrataram sobretudo os trabalhadores e dentro destes aos funcionários públicos. Os professores bem souberam o que sofreram, eu próprio enaqunto professor também sofri.
Se a direita está no poder, deve-se mais ao demérito desse PS e ao pânico que as pessoas sentiam em relação a José Sócrates do que ao mérito da direita. Além disso, este governo tem uma política mais coerente com os seus princípios ideológicos, enquanto os governos PS se diziam socialistas e de esquerda e faziam uma política tão ou mais à direita que a deste e de outros governos de direita e entre o original e o contrafeito, prefere-se sempre o original.
O povo português não é um povo, na sua maioria, de direita e descofia do liberalismo económico, até porque sofre com isso, mas o medo de continuar com a política desastrosa do PS levou o país a virar à direita.
Quanto a mim o ex-primeiro-ministro deveria ser detido e julgado por ter levado o país à ruína e ter semeado mais miséria edesemprego em Portugal.
Chegou a hora de julgar os políticos não só nas urnas, mas também nos tribunais. Qum não soube governar e mentiu aos portugueses só deverá ter um destino a cadeia para pagar por aquilo que fez e não uma pós-graduação em Filosofia na bela cidade de Paris.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Portugal não é lixo

A decisão de uma agência financeira em colocar Portugal na categoria de lixo, alegando que o país não irá conseguir pagar as suas dívidas, não tem em conta aquilo que a União Europeia e o governo Português têm feito para implementar o plano de austeridade em clara obediência aos mercados financeiros.
Eu julgo que é tudo combinado lá entre os senhores das agências e dos mercados financeiros internacionais ou melhor dizendo pelos capitalistas especuladores que continuam a mostrar a sua frieza, crueldade e insensibilidade perante as multidões de pessoas que todos os dias trabalham e sofrem para enviar o dinheiro para essa corja de salteadores da dignidade humana.
Quem são esses senhores que agora apareceram para nos impor as suas regras. Antes de eles brilharem, já a Grecia tinha sido o berço da democracia e da filosofia. Antes deles aparecerem já Portugal tinha sido o pioneiro na espansão marítima e na globaliação, por isso, esses senhores que respeitem mais quem tem atrás de si uma longa história.
Para mim, agências finaceiras não passam de lixo mal cheiroso que só serve para nos ir retirando dias de vida e a qualidade de vida a que cada ser humano tem direito.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Copiar nos exames e trabalhos

O recente escândalo dos alunos candidatos à magistratura que copiaram nos exames veio alertar o país para uma realidade muito comum nas escolas e universidades portuguesas.
Infelizmente, a maioria dos nossos jovens assume como natural, normal e bom copiar nos exames e nos testes ou mesmo nos trabalhos.
Ainda agora há dias na rua vi uma adolescente de doze ou treze anos a dizer ao telemóvel que só tinha copiado uma questão.
Já tive problemas com alunos e pais, por ter anulado testes ou por ter dito que alguns estudantes copiavam. Ainda no ano passado tive uma plateia de pais contra mim por eu ter feito queixa dos seus filhos que se portavam mal nas aulas e copiavam nos testes, mesmo com mais um colega meu na sala.
É uma vergonha, é falta de ética e não se julgue que é só nas escolas, no ensino superior é a mesma vergonha. Nas licenciaturas e nos mestrados não é raro ver estudantes a copiar integralmente trabalhos ou os livros dos autores sem quee depois os refiram. Quando nos exames alguns são apanhados e são penalizados ainda se revoltam.
Já fram três dissertações de doutoramento que recorreram ao plágio, uma em Braga, outra no Brasil e outra na Alemanha de um ministro que depois se teve de demitir.
Tudo tem a ver com a falta de valores, com o facilitismo, o desenrascanso, o querer passar por cima de tudo e de todos para alcançar o topo, enfim é o mundo que temos. Em Portugal, até já tivemos um primeir-ministro que terminou uma licenciatura ao domingo!
Espero que as coisas comecem a mudar e que o que aí vem: a catástrofe económica e uma nova aposta no mérito e no trabalho ensinem de novo as pessoas a readquirirem valores, comportamentos e bonsensos.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Regresso à Agricultura

Após anos de abandono da agricultura em que se encerraram escolas, materniadades, centros de saúde, repartições de finanças, etc. nas regiões rurais, fala-se de novo do regrsso à agricultura.
Como é que isso será possível se muita gente não tem terra para cultivar? Como é que será possível se as pessoas não têm dinheiro e se o acesso ao crédito é difícil e pode vir a trazer, no futuro, mais problemas às pessoas.
Como é que se vem agora falar nisso, tarde demais, depois de anos em que se dava subsídios para abandonar as terras. Subsídios esses dados pela PAC (Política Agricola Comum) da União Europeia e que os nossos políticos, sem visão de futuro assinaram e saudaram.
A ideia está certa, mas será que ainda irá a tempo de salvar Portugal 5bancarrota e da catastrofe social e conómica que se avizinha.
Será que irá contribuir para o repovoamento do interior, a descida do desemprego, o aumento da produtividade e a subida das exportações?

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Portugal que futuro

O resultado eleitorais de ontem indicam a vontade de mudança dos portugueses. No entanto, será que o resultado eleitoral irá espelhar essa mudança?
1. Os partidos que ganharam terão de cumprir o acordo com a tróika, tal como se fosse o PS a ganhar;
2. A crise económica e social, o nível de endividamento e o défice estrutral do Estado não dão a ninguém a possibilidade de melhorar substancialmente as coisas;
3. Os partidos que ganharam também não irão facilitar a vida a ninguém, até porque já foram falando na privatização da saúde, da água, etc. bens essenciais à vida humana nas mãos de especuladores e abutres financeiros.
4. O PS que acaba de perder as eleições com uma pesada derrota, uma vez que as pessoas estavam fartas das faltas de verdade e de transparência do primeiro-ministr - José Sócrates que nos trouxe até a esta situação de quase bancarrota. O próprio PS assinou o acordo com a Tróika, por isso, nunca iria fazer muito melhor do que a direita.
5. A esqeurda que está sem força e que se limita a contestar, deveria ter oferecido uma alternativa de governo ao país. Aliás, a esquerda terá de se renovar para, num contexto europeu, uma vez que a esquerda europeia que tem estado em plena queda vai voltar, oferecer uma governação que não esteja unicamente à merê da vontade dos banqueiros, dos mercados financeiros e dos grandes interesses económicos.
Quanto ao futuro o que nos espera?
Nada. temos de trabalhar, não autónomos para encher os bolsos dos capitalistas ou para engordar as clientelas governativas, mas sim para podermos sobreviver e ser autónomos face aos poderes político e económico.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Eleições e futuro

Muitos portugueses estão descontentes e indecisos quanto ao voto do dia 5 de Junho.
De facto, os acontecimentos a que têm ocorrido entre os políticos, dos principais partidos, levam-nos a questionar se vale a pena.
Vale a pena sim, claro que não temos queou regionalistas, votar sempre no PS, PSD ou eventualmente no CDS. Temos a CDU e o BE, mas para quem não gosta destas forças políticas ou da sua ideologia e modelo de sociedade temos forças políticas para todos os gostos desde a extrema-esquerda à extrea-direita, passando por partidos ecologistas, monárquicos, regionais antiaborto, etc.
Sócrates e o PS não podem lá ficar mais, já lá estão há seis anos e foram os principais responsáveis pela situação de pré-falência a que chegou o país.
O PSD tambem não interessa, eles só pensam em privatizar, liberalizar despedimentos, reduzir os pobres a meros objectos de caridade, enfim, instalar a lei do mais forte. Além disso, eles apoiaram, nos últimos anos o governo de Sócrates, chegaram a defender o despedimento de funcionários públicos num congresso, o que até arrancou uma salva de palmas e foi um governo PSD, liderado por Durão Barroso e apoiado e comparticipado por Paulo Portas a trazer para Portugal a crise e as falências e deslocalizações de empresas.
Está na hora da mudança, alternativas existem, está nas nossas mãos, os mesmos não merecem lá ficar, pois já basta trinta e tal cnos de PS, PSD, CDS. Vamos ter a coragem de mudar e de dar uma lição a muitos dos nossos políticos. É claro que melhor não virá, porque o país está falido, mas pior também não virá.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Mataram Bin Laden

Para muitos a captura e morte de Bin Laden foi o fim de uma era, para alguns até foi motivo de festa como se não tivesse morrido um ser humano ainda que mau. Para muitos foi o fim do terrorismo, nada mais errado, porque muitos terroristas se lhe hão-de suceder.
Além dos terroristas profissionais ou amadores que proliferam nas redes clandestinas terroristas que têm sido responsáveis por milhares de mortos e pela destruição de muitas infra-estruturas, temos os terroristas de Estado.
Os terroristas de Estado são bem mais e ainda mais perigosos, porque utilizam os meios do estado, pagos por todos nós para nos destruír.
São duas as categorias de terroristas de Estado:
1º. Aqueles que como Hitler, Mao, Estaline, Bush, Kadaff, Saddam, etc. mataram milhões de seres humanos, muitas vezs da sua própria nação.
2º. Os terroristas soft que não matam directamente ninguém, mas que vão matando silenciosamente, através da gestão criminosa do herário público, obrigando depois os cidadãos a esforços incríveis para repor o equilíbrio das contas públicas. Ou então, aqueles que vão retirando, indexplicavelmente, os direitos dos cidadãos em geral e dos trabalhadores em particular para depois favorecerem uma pseudo-elite que se julga sábia e capaz de nos governar, mas que nada mais faz do que nos causar o sofrimento, impedindo muitas vezess a concretização de projectos de vida e impossibilitando a mobilidade social de de muitos seres humanos com talento ou com trabalho feito, mas que não é valorizado.
Terroristas destes temos muitos não só em Portugal, mas um pouco por toda a Europa e mesmo em outros continente, sendo estes os mais perigosos, porque não actuam na clandestinidade, mas nos bastidores ocultos do poder, utilizando o mesmo para reprimir das mais diversas formas os cidadãos.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Portugal

Caros leitores,
Leiam, se quiserem, o que na Rússia se escreve sobre nós.
É um diagnóstico muito bem feito e está na linha do que eu tenho dito aqui nos últimos anos.

Journal Pravda - Ru

"Se esquecermos que ainda este fim de semana foi realizada a maior feira internacional do LUXO do mundo em Moscovo, e que actualmente (e anteriormente) não são o melhor modelo económico a seguir, se existe capitalismo desenfreado no mundo a Rússia e a China serão o melhor exemplo disso actualmente, mas esquecendo esses pequenos grandes factos, o que está escrito tem algo para pensar.
Até na longínqua Rússia se fazem melhores análises do que se cá passa, do que nós mesmos conseguimos fazer; é triste, mas é verdade!


Jornal Russo Pravda.ru escreve 4 páginas sobre Portugal
por Joao Martins a Quarta-feira, 20 de Outubro de 2010 às 14:05

" Foram tomadas medidas draconianas esta semana em Portugal pelo Governo liberal de José Sócrates, um caso de um outro governo de centro-direita pedindo ao povo Português a fazer sacrifícios, um apelo repetido vezes sem fim a esta nação trabalhadora, sofredora, historicamente deslizando cada vez mais no atoleiro da miséria.

E não é porque eles serem portugueses.

Vá ao Luxemburgo, que lidera todos os indicadores socioeconómicos, e você vai descobrir que doze por cento da população é português, o povo que construiu um império que se estendia por quatro continentes e que controlava o litoral desde Ceuta, na costa atlântica, tornando a costa africana até ao Cabo da Boa Esperança, a costa oriental da África, no Oceano Índico, o Mar Arábico, o Golfo da Pérsia, a costa ocidental da Índia e Sri Lanka. E foi o primeiro povo europeu a chegar ao Japão....e Austrália.
Esta semana, o Primeiro Ministro José Sócrates lançou uma nova onda dos seus pacotes de austeridade, corte de salários e aumento do IVA, mais medidas cosméticas tomadas num clima de política de laboratório por académicos arrogantes e altivos desprovidos de qualquer contacto com o mundo real, um esteio na classe política elitista Português no Partido Social Democrata e Partido Socialista, gangorras de má gestão política que têm assolado o país desde anos 80.
O objectivo? Para reduzir o défice. Por quê?
Porque a União Europeia assim o diz. Mas é só a UE?
Não, não é. O maravilhoso sistema em que a União Europeia deixou-se a ser sugado é aquele em que a agências de Ratings, Fitch, Moody's e Standard and Poor's, baseadas nos estados unidos da América (onde havia de ser?) virtual fisicamente controlam as políticas fiscais, económicas e sociais dos Estados-Membros da União Europeia através da atribuição das notações de crédito.
Com amigos como estes organismos, e Bruxelas, quem precisa de inimigos? Sejamos honestos. A União Europeia é o resultado de um pacto forjado por uma França tremente e com medo, apavorada com a Alemanha depois que suas tropas invadiram seu território três vezes em setenta anos, tomando Paris com facilidade, não só uma vez mas duas vezes, e por uma astuta Alemanha ansiosa para se reinventar após os anos de pesadelo de Hitler. França tem a agricultura, a Alemanha ficou com os mercados para sua indústria.
E Portugal? Olhem para as marcas de automóveis novos conduzidos por motoristas particulares para transportar exércitos de "assessores" (estes parecem ser imunes a cortes de gastos) e adivinhem de qual país eles vêm? Não, eles não são Peugeot e Citroen ou Renault. Eles são Mercedes e BMWs. Topo-de-gama, é claro.
Os sucessivos governos formados pelos dois principais partidos, PSD (Partido Social Democrata, direita) e PS (Socialista, de centro), têm sistematicamente jogado os interesses de Portugal e dos portugueses pelo esgoto abaixo, destruindo sua agricultura (agricultores portugueses são pagos para não produzir) e sua indústria (desapareceu) e sua pesca (arrastões espanhóis em águas lusas), a troco de quê?
O quê é que as contra-partidas renderam, a não ser a aniquilação total de qualquer possibilidade de criar emprego e riqueza em uma base sustentável?
Aníbal Cavaco Silva, agora Presidente, mas primeiro-ministro durante uma década, entre 1985 e 1995, anos em que estavam despejando bilhões através das suas mãos a partir dos fundos estruturais e do desenvolvimento da UE, é um excelente exemplo de um dos melhores políticos de Portugal. Eleito fundamentalmente porque ele éconsiderado "sério" e "honesto" (em terra de cegos, quem vê é rei), como se isso fosse um motivo para eleger um líder (que só em Portugal, é) e como se a maioria dos restantes políticos (PSD/PS) fossem um bando de sanguessugas e parasitas inúteis (que são), ele é o pai do défice público em Portugal e o campeão de gastos públicos.

A sua "política de betão" foi bem concebida, mas como sempre, mal planeada, o resultado de uma inepta, descoordenada e, às vezes inexistente localização no modelo governativo do departamento do Ordenamento do Território, vergado, como habitualmente, a interesses investidos que sugam o país e seu povo.

Uma grande parte dos fundos da UE foram canalizadas para a construção de pontes e auto-estradas para abrir o país a Lisboa, facilitando o transporte interno e fomentando a construção de parques industriais nas cidades do interior para atrair a grande parte da população que assentava no litoral.
O resultado concreto, foi que as pessoas agora tinham os meios para fugirem do interior e chegar ao litoral ainda mais rápido. Os parques industriais nunca ficaram repletos e as indústrias que foram criadas, em muitos casos já fecharam
Uma grande percentagem do dinheiro dos contribuintes da UE vaporizou em empresas e esquemas fantasmas. Foram comprados Ferraris. Foram encomendados Lamborghini. Maserati. Foram organizadas caçadas de javali em Espanha. Foram remodeladas casas particulares. O Governo e Aníbal Silva ficou a observar, no seu primeiro mandato, enquanto o dinheiro foi desperdiçado. No seu segundo mandato, Aníbal Silva ficou a observar os membros do seu governo a perderem o controle e a participarem. Então, ele tentou desesperadamente distanciar-se do seu próprio partido político. E ele é um dos melhores.
Depois de Aníbal Silva veio o bem-intencionado e humanitário, António Guterres (PS), um excelente Alto Comissário para os Refugiados e um candidato perfeito para Secretário-Geral da ONU, mas um buraco negro em termos de (má) gestão financeira. Ele foi seguido pelo diplomata excelente, mas abominável primeiro-ministro José Barroso (PSD) (agora Presidente da Comissão da EU, "Eu vou ser primeiro-ministro, só que não sei quando") que criou mais problemas com seu discurso do que ele resolveu, passou a batata quente para Pedro Lopes ( PSD), que não tinha qualquer hipótese ou capacidade para governar e não viu a armadilha. Resultando em dois mandatos de José Sócrates; um Ministro do Ambiente competente, que até formou um bom governo de maioria e tentou corajosamente corrigir erros anteriores. Mas foi rapidamente asfixiado por interesses instalados.
Agora, as medidas de austeridade apresentadas por este primeiro-ministro, são o resultado da sua própria inépcia para enfrentar esses interesses, no período que antecedeu a última crise mundial do capitalismo (aquela em que os líderes financeiros do mundo foram buscar três triliões de dólares de um dia para o outro para salvar uma mão cheia de banqueiros irresponsáveis, enquanto nada foi produzido para pagar pensões dignas, programas de saúde ou projectos de educação).
E, assim como seus antecessores, José Sócrates, agora com minoria, demonstra falta de inteligência emocional, permitindo que os seus ministros pratiquem e implementem políticas de laboratório, que obviamente serão contra-producentes. Pravda.Ru entrevistou 100 funcionários, cujos salários vão ser reduzidos. Aqui estão os resultados:
Eles vão cortar o meu salário em 5%, por isso vou trabalhar menos (94%). Eles vão cortar o meu salário em 5%, por isso vou fazer o meu melhor para me aposentar cedo, mudar de emprego ou abandonar o país (5%) Concordo com o sacrifício (1%) Um por cento. Quanto ao aumento dos impostos, a reacção imediata será que a economia encolhe ainda mais enquanto as pessoas começam a fazer reduções simbólicas, que multiplicado pela população de Portugal, 10 milhões, afectará a criação de postos de trabalho, implicando a obrigatoriedade do Estado a intervir e evidentemente enviará a economia para uma segunda (e no caso de Portugal, contínua) recessão. Não é preciso ser cientista de física quântica para perceber isso. O idiota e avançado mental que sonhou com esses esquemas, tem resultados num pedaço de papel, onde eles vão ficar. É verdade, as medidas são um sinal claro para as agências de ratings que o Governo de Portugal está disposto a tomar medidas fortes, mas à custa, como sempre, do povo português. Quanto ao futuro, as pesquisas de opinião providenciam uma previsão de um retorno para o PSD, enquanto os partidos de esquerda (Bloco de Esquerda e Partido Comunista Português) não conseguem convencer o eleitorado de suas ideias e propostas.
Só em Portugal, a classe elitista dos políticos PSD/PS seria capaz de punir o povo por se atrever a ser independente. Essa classe, enviou os interesses de Portugal no ralo, pediu sacrifícios ao longo de décadas, não produziu nada e continuou a massacrar o povo com mais castigos. Esses traidores estão levando cada vez mais portugueses a questionarem se deveriam ter sido assimilados há séculos, pela Espanha. Que convidativo, o ditado português "Quem não está bem, que se mude". Certo, bem longe de Portugal, como todos os que possam, estão fazendo. Bons estudantes a jorrarem pelas fronteiras fora. Que comentário lamentável para um país maravilhoso, um povo fantástico, e uma classe política abominável."


Timothy Bancroft-Hinchey

Pravda.Ru

domingo, 9 de janeiro de 2011

Não votem em Cavaco Silva

Desta vez não irei indicar nenhum candidato, muito embora já tenha o meu voto definido e saiba que existem bastantes diferenças entre eles.
Ao longo destes cinco anos, Cavaco Silva nao interveio quando devia, nada disse sobre a gestão ruinosa do BPN, nada disse sobre o sufoco económico, nunca tomou posição sbre a contestação dos funcionários públicos e a revolta dos professores.
Foram cinco anos em que se opõs a medidas progressistas, tendo pelo contrário defendido a caridade para com os pobres, deficientes e outros excluídos, medidas assistencialistas feitas pelas IPSS à semelhança do que já se fazia na Idade Média. ao invés nunca o vi defender serviços públicos de qualidade para todos.
Foram cinco anos de cooperação estratégica com as políticas desastrosas deste governo, mas agora já o critica e as suas palavras na Região Autónoma da Madeira deixam antever que a luz ao fundo do túnel daqui a não muito tempo não será mais do que a destituição deste governo para provocar eleições antecipadas, unicamente com a ideia de colocar lá um governo PSD/CDS.
Desde o final dos anos setenta que a direita portuguesa sempre aspirou ao pleno poder: um governo, uma maioria, um presidente. A direita sempre pretendeu acabar com os serviços públicos, liberalizar totalmente os despedimentos e criar uma sociedade dual, com uma classe de privilegiados, ricos e uma - a maioria - de pobres, trabalhadores que estariam impedidos para sempre de ascender socialmente.
Esta fase de crise e a possibilidade do FMI chegar a Portugal fariam com que a direita estivesse no poder, pudesse fazer aquilo que nunca conseguiu até hooje.
Além disso, o Cavaco é o Cavaco, foi ele e o seu ministro, o santinho do BPN, Dias Loureiro; que mandaram bater aos estudantes que lutavam contra às propinas e depois ainda lhes chamaram geração rasca. Foi ele e os seus bons ministros que reprimiram uma populaçao inteira na Ponte 25 de Abril, usando mesmo fogo real sobre a população, o que aconteceu pela primeira vez desde o 25 de Abril. foi no seu reinado de dez anos que o despesismo público aumentou, Foi no tempo dele que as desigualdades sociais se aprofundaram drasticamente, tendo aparecido de dia para dia numerosos excluídos.
Vão por mim, não votem em Cavaco Silva, ele já esteve muito tempo no poder, vamos dar a vez a outro. Não é com Cavaco Silva que a crise se vai embora. Os outros não irão fazer milagres, mas Cavaco Silva também não, ele que nem uma palavra de condenação para com os agiotas dos especuladores internacionais.