quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Pais em rede é um movimento cívico constituído por pais de pessoas com deficiência e por outros cidadãos. Este movimento foi fundado pela escritora Luísa Beltrão, a actual presidente deste movimento, que conta já com instalações em diversas localidades do país e com um site que, entretanto está em remodelação.
Para já a minha contribuição é divulgar a existência de pais em rede.
É fundamental haver estes movimentos, oriundos da sociedade civil, para sensibilizarem, ajudarem e tentarem alterar o rumo dos acontecimentos relativamente às pessoas com deficiência, sobretudo crianças e jovens.
À semelhança de outros cidadãos com fragilidades ou em estado de pobreza, também as pessoas com deficiência devem ser apoiadas na nossa sociedade e não é por caridade ou por pena, é que eles são seres humanos, logo merecem a dignidade a que têm direito nos domínios da educação, saúde, mobilidade, interacção social na cultura e acesso ao emprego.
Muitas pessoas com deficiências físicas, sensoriais e por vezes até psíquicas podem ter uma vida praticamente normal na idade adulta, porém isso depende daquilo que fizermos por elas quando elas são crianças e jovens e do civismo que a sociedade tiver, por exemplo nas questões da mobilidade, acessibilidade e do emprego.
Um cego, pessoa em cadeira de rodas, surdo, etc. pode perfeitamente viver num apartamento, ter um emprego onde é autónomo e participar na sociedade, no entanto, os, postes, posteletes, etc no meio do passeio, os preconceitos no local de trabalho e o não se valorizar o que eles fazem e pensam, fará com que, por vezes, se estejam a desperdiçar talentos e projectos viáveis para a sociedade, economia, cultura, etc. o que para mim é um crime horrendo proóprio de tempos que já lá vão.
Não se deve esquecer que ao ignorar, dificultar ou até gozar uma pessoa com deficiência, se está a fazer aquilo que, a qualquer momento se pode fazer a essas pessoas que o fazem, pois todos nós somos candidatos a deficientes e, se esse dia chegar, depois ninguém gostará de ser rejeitado, humilhado e colocado à margem da sociedade.
No futuro, sobreviverão não os mais fortes ou os mais competitivos como defendem alguns cientistas e sobretudo os economistas, mas sobreviverão aqueles que forem solidários, respeitadores da natureza e do ser humano.

1 comentário:

Isabel Barbosa disse...

Olá Luís,

Sou Isabel Barbosa, mãe da Cecília, menina de 8 anos de idade e com Perturbações do espectro do Autismo.
Sou também membro do núcleo de Lisboa do Movimento PAIS-EM-REDE.

Quero agradecer-lhe toda a divulgação que está a fazer e que poderá vir a fazer, do PAIS-EM-REDE, pois como disse, estas pessoas que também fazem parte da nossa sociedade, devem ter toda a dignidade, respito, aceitação e inclusão por parte da sociedade.
É para isso, que estamos juntos a trabalhar. Afinal, todos juntos, pais especiais e cidadãos solidários com esta causa, iremos ter uma só voz, em defesa, da integridade, dignidade, respeito e inclusão das pessoas com deficiências.

Luís, BEM-HAJA pelo seu contributo com o PAIS-EM-REDE.

Um abraço forte de agradecimento
Isabel Barbosa