domingo, 1 de agosto de 2010

Notícias de Verão

Numa altura em que a maioria de nós está de férias fora do país, dentro do país, mas longe de casa ou em casa, eis que as notícias não têm sido animadoras, pelo menos para mim.
Nos últimos dias, foram três as notícias bastante preocupantes:
1º. Ao longo da semana passada foram anunciados os lucros dos maiores bancos privados e das maiores empresas de distribuição portuguesas, todas apresentaram aumentos exponenciais nos seus lucros. Eu pessoalmente não tenho nada contra ao lucro, aliás é normal para qualquer empresa, no entanto há duas coisas que me impressionam: numa altura em que milhares de portugueses passam fome ou sofrem desemprego, não de forma voluntária, mas imposta e numa altura em que são centenas as empresas que fecham as portas por falta de viabilidade, existem meia dúzia de empresas privilegiadas que obtêm lucros astronómicos. Causa-me ainda confusão empresas de distribuição pública como a EDP e a GALP serem privadas, visarem apenas o lucro e a satisfação das exigências dos seus accionistas, ignorando completamente os seus clientes e trabalhadores, exceptuando os administradores que auferem prémios imorais.
A segunda notícias que me chocou foi a compra de submarinos, a qual irá implicar uma acréscimo desnecessário da despesa pública. Muitos dizem que os submarinos são essenciais para a manutenção da soberania portuguesa, ora essa soberania já quase não existe desde que Portugal integrou a Comunidade Europeia e a zona Euro.
Por fim a mudança de regras na atribuição de prestações sociais, eu não sou contra à racionalização e à fiscalização e sou de acordo que uma família com muitas propriedades ou dinheiro não possam receber o Rendimento Social de Inserção, agora não podemos deixar-nos levar por demagogias. Existe muita gente que precisa e é injusto atacar as prestações sociais, as quais são destinadas às pessoas mais fragilizadas e esquecidas da sociedade. É fácil reduzir a despesa pública, retirando aos mais fracos o pouco a que têm direito, difícil é obrigar a contribuir a muitos que ostentam riqueza e luxos resultantes da exploração do trabalho dos outros ou de negócios muitas vezes ilícitos.

Sem comentários: