quarta-feira, 25 de julho de 2012

Não governamos para as eleições

Recentemente, o primeiro-ministro de Portugal disse que não governava para as eleições, mas queria salvar Portugal. Salvar Portugal com? De facto existe uma dívida do Estado e ela deve ser paga, pode e deve discutir-se e renegociar-se prazos, juros, etc. No entanto, o dinheiro não é nosso, por isso, é para pagar, mas existem algumas perguntas que se podem fazer? E depois do pagamento da dívida e do controle do défice o que restará? O desemprego, as portas das fábricas, das lojas e das casas fechadas, um novo exército de emigrantes e por cá um exército de pobres e idosos, etc. Muitos disseram em devido tempo que se deveria renegociar a dívida para que se pudesse promover o crescimento económico e com este terminar de pagar o que se deve, mas o governo não aceitou essa hipótese, agora já começa a ser tarde para tal. O governo dizia que pretendia voltar aos mercados em 23 de setembro de 2013, mas dificilmente isso irá acontecer, até porque se isso significava a confiança dos "benditos" para eles, mercados financeiros, significava por outro lado fazer nova dívida. O que nos deve preocupar a todos não é o que o governo pensa ou faz, eles são teimosos e irão continuar o seu caminho, deve-nos preocupar sim, as consequências dessa política: falências, desemprego, destruição do aparelho produtuvo, destruturação das famílias e de parte da sociedade, destruição de profissões como a de enfermeiro ou a de professor, cujas únicas alternativas são o desemprego ou a precarização laboral. Eles até têm sorte, porque o povo português é demasiado pacífico, o que é bom, mas isso permite que os governos abusem e se instale a coruução, a lei do safe-se quem puder e ou souber, isto é a instauração da injustiça e de uma sociedade que, na sua maioria, não tem ideiais nem se rege por valores.

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