sábado, 4 de agosto de 2012

Quase 13500 horários-zero

1 de No passado dia agosto foram publicadas as listas provisõrias de candidatos à mobilidade interna de docentes. Já se previa a catástrofe que foi. A constituição dos megaagrupamentos, o aumento do número de alunos por turma (turmas entre 26 e 30), a redução da carga horária de algumas disciplinas e a eliminação de outras teria esta consequência. Qual o objetivo de tudo isto? Unicamente um, poupar, medidas economicistas, mais nada. O ministro diz que só irao contratar os professores indispensáveis, é claro, sempre assim foi, só que os contratos irão reduzir quase a zero, porque serão ainda alguns milhares que a 31 de agosto não terão horário. O ministro diz que todos os horários-zero irão ter ocupação nas escolas a dar aulas, assessorar os colegas ou ainda a dar apoio aos alunos com mais dificuldades. Sempre assim se fez e só e assim, porque o governo não os pode colocar na mobilidade especial para já nem despedir, ate porque teria de criar mecanismos legais e pior do que isso, teria que os indemnizar, mas no futuro se a falta de dinheiro continuar ou se se agravar, estes docentes com horário zero serão candidatos a deixar a função pública. Eu sei que custa ter hora´rio-zero, porque sou professor e já estive nessa situaão e ainda posso vir a estar no próximo ano letivo. Psicologicamente é arrasador, a pessoa sente-se descartável, de segunda e posta à margem. Acho os professores muito passivos, as grandes manifestações, greves, etc já são coisas do passado. Está a acontecer com os professores o que já se passa com os restantes portugueses, ou vão tentanto sobreviver com o emprego ou com o subsídio que têm; ou vão-se agarrando à família, a casa, o carro, umas ´das à praia, etc. ou ainda esperam por dias melhore que nunca mais virão, porque a última finalidade desta política é conduzir-nos a todos à condição de escravos, basta olhar para as alterações do Código de Trabalho que entreram em vigor a um de agosto, aliás os trabalahdores do setor privado, dentro de semanas ou meses irão perceber, mesmo sem terem lido a lei.

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