Ontem mais de duzentas mil pessoas estiveram na Avenida da Liberdade em Lisboa a manifestar-se contra o novo Código do Trabalho, que prevê entre outras coisas; o despedimento por inaptidão e a criação de um banco de horas para que os horários sejam mais flexíveis, ou seja, para que desapareçam as horas extraordinárias.
Depois das atrocidades aos funcionários públicos, em que o seu futuro profissional e até pessoal estará unicamente dependente da vontade do director de serviço, eis que se dá ainda mais poder aos administradores das empresas para fazerem o que querem dos trabalhadores, isto é, estamos a caminhar para novas formas de esclabagismo.
São as políticas neoliberais ou liberais conforme lhe queiram chamar que colocam o dinheiro e o poder acima das pessoas, sobretudo de quem trabalha.
Lamento que um governo que se diz socialista ainda esteja a fazer pior (em algumas áreas, como por exemplo, nas questões laborais) do que os governos de direita (PSD com ou sem o CDS) que nada dizem sobre este Código do Trabalho e os maus-tratos que se fizeram aos funcionários públicos, a não ser a ideia peregrina de se privatizar tudo, incluindo a Segurança Social e a Saúde.
É legitimo perguntar: Será que temos estado a ser governados por seres humanos?
Portugal está a ser ultrapassado por inúmeros países da União Europeia, de quem é a culpa? Dos trabalhadores como se diz, dos políticos, dos empresários? Devemos reflectir antes de retirarmos conclusões definitivas. O certo é que não podem ser sempre as mesmas pessoas a ser sacrificadas.
sexta-feira, 6 de junho de 2008
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